Rio Branco, AC 27 de dezembro de 2025 04:02
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Caso Moisés Alencastro: 2º suspeito de envolvimento na morte de ativista cultural é preso em Rio Branco

Nataniel Oliveira de Lima, de 23 anos, foi preso no final da tarde desta quinta-feira (25) no bairro Eldorado. Antônio de Sousa Morais foi pego na manhã do mesmo dia na capital

A Polícia Civil do Acre prendeu, no final da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, de 23 anos, apontado como o segundo suspeito de assassinar o ativista cultural e servidor público Moisés Alencastro, de 59 anos, encontrado morto a golpes de faca em Rio Branco no dia 22 de dezembro. (Veja vídeo acima)

O principal suspeito, identificado como Antônio de Sousa Morais, de 22 anos, já havia sido detido na manhã do mesmo dia.

De acordo com a polícia, Nataniel foi localizado no bairro Eldorado e conduzido para Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) onde foi interrogado e, posteriormente, encaminhado à Delegacia de Flagrantes (Defla).

Antes de prendê-lo, o delegado Alcino Júnior, da DHPP, solicitou a prisão preventiva do homem. “Destaco empenho e trabalho técnico desenvolvido por toda equipe da DHPP e a imediata resposta do MP e Poder judiciário no plantão deste Natal”, afirmou ele.

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O trabalho policial, segundo Alcino, avançou a partir da análise do local do crime, de provas periciais e de informações colhidas durante diligências desde a noite em que o corpo foi encontrado.

Inicialmente tratado como possível latrocínio, o caso passou a ser analisado sob outra perspectiva após o avanço das investigações. Para o delegado, a situação indica que a vítima conhecia quem estava no apartamento, já que não havia sinais de arrombamento. O g1 apurou ainda que ambos se seguem nas redes sociais.

“Pelas circunstâncias de não-arrombamento no apartamento, de não ter sinais de que houve violações, faz crer que as pessoas que estavam no apartamento entraram de forma consensual, possivelmente amigos, pessoas que eram do relacionamento da vítima”, frisou.

Ainda conforme o delegado, após o homicídio, os suspeitos teriam se aproveitado da situação para subtrair bens da vítima, o que caracterizaria um homicídio qualificado seguido de furto.

Durante as diligências, a polícia encontrou na residência ligada ao autor objetos pertencentes à vítima, como documentos, controles do veículo e do apartamento, além de roupas com vestígios de sangue.

“Encontramos óculos, controle do veículo, controle do apartamento, documentos, inclusive da vítima, e acabamos aí tendo vários indícios de que, de fato, essa pessoa teria participado do crime”, falou Alcino.

Segundo o delegado, há relatos de que o suspeito teria tentado usar cartões bancários de Moisés após o crime, mas a transação foi negada em um comércio. Imagens também foram coletadas durante a investigação. O carro da vítima foi localizado na Estrada do Quixadá, com um pneu estourado.

Corpo estava em rigidez cadavérica

O delegado informou ainda que, no momento em que o corpo foi encontrado, havia sinais de rigidez cadavérica compatíveis com 18 a 20 horas de morte, embora o laudo oficial ainda não tenha sido concluído. Isto indica que o crime ocorreu na noite de domingo (21).

A vítima foi morta com mais de cinco golpes de faca, segundo avaliação preliminar. O instrumento do crime ainda não foi localizado.