Rio Branco, AC 29 de dezembro de 2025 18:18
HOME / JAMAXI / Problema crônico

Problema crônico

A súbita elevação dos níveis do Rio Acre, cá em Rio Branco, colocou em alerta máximo o governo do Estado e a Prefeitura de Rio Branco. Hoje pela manhã o manancial marcou 15,32 metros, desalojando, aproximadamente, bairros de Rio Branco que registram impactos diretos. Mais de duas mil famílias foram atingidas, exigindo uma resposta imediata e contínua dos poderes.

Vigilância

De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Falcão, todo o trabalho de socorro às famílias atingidas pela enchente está sendo conduzido com monitoramento permanente e ações simultâneas em diversas frentes.

Ação contínua

“Desde o transbordamento do Rio Acre, a prefeitura, por meio da nossa Defesa Civil Municipal, está atuando de forma ininterrupta. Temos equipes de remoção, monitoramento dos igarapés e do rio, acompanhamento de áreas com risco de desmoronamento e suporte direto às famílias. Hoje, são 20 bairros atingidos, com mais de duas mil famílias impactadas. A situação ainda inspira muita atenção, porque o rio não estabilizou”, diz Falcão.

Dedicação

O prefeito Tião Bocalom (PL) destacou o trabalho integrado das equipes municipais e reforçou que todas as providências vêm sendo adotadas desde o início das ocorrências. “Não é com prazer, é com tristeza. Mas fazer o quê? Infelizmente, as chuvas chegaram e as inundações começaram a aparecer. A prefeitura está fazendo a sua parte, como sempre fizemos, junto ao governo do Estado e à Defesa Civil. Fazemos tudo com dor no coração, porque sabemos o quanto é difícil para as famílias, mas seguimos firmes para garantir apoio a quem mais precisa”, ressaltou o prefeito.

Integração

Da parte do governo estadual, durante reunião convocada pelo governador na sexta-feira, 26, que tratou do plano de contingência diante da elevação do Rio Acre e das chuvas acima da média registradas em toda a bacia que cobre o estado, Gladson Cameli e a vice-governadora Mailza Assis reforçaram a necessidade de antecipação, integração entre órgãos e foco absoluto na proteção da população.

Empenho

“O que eu queria pedir para a equipe é que a gente não perca tempo. Se tiver alguma prefeitura criando dificuldade, que a gente faça a nossa parte e o nosso dever”, afirmou. Cameli alertou ainda para o risco de politização do tema, especialmente em um período pré-eleitoral, e foi enfático ao afirmar que o momento exige responsabilidade. “Aqui a autorização é para salvar vidas. O que tiver que fazer, vamos fazer”, declarou Cameli ao cobrar empenho total de secretarias, forças de segurança e órgãos de apoio.

Estabilidade

A avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue praticamente inalterada em relação às pesquisas anteriores realizadas pelo Instituto Paraná Pesquisas. De acordo com o levantamento, 50,9% dos entrevistados desaprovam o governo Lula, ao passo que 45,6% afirmam aprovar a gestão. Em novembro, a desaprovação também era de 50,9%, enquanto a aprovação alcançava 45,9%, o que reforça a percepção de estabilidade no humor do eleitorado ao longo dos últimos meses. As informações são do Metrópoles.

Gestão

A pesquisa detalha ainda a avaliação qualitativa do governo. Apenas 12,9% dos entrevistados classificam a administração como ótima, enquanto 19,8% a consideram boa. Por outro lado, 34,8% avaliam o governo como péssimo, e 8,0% o definem como ruim. A avaliação regular foi registrada por 23,1% dos participantes, enquanto 1,4% não soube ou não opinou.

Ficha técnica

O levantamento ouviu 2.038 eleitores em 163 municípios distribuídos pelos 26 estados brasileiros e pelo Distrito Federal. A coleta de dados foi realizada entre os dias 18 e 22 de dezembro. A pesquisa tem grau de confiança de 95% e margem de erro estimada em 2,2 pontos percentuais para os resultados gerais.

Guerrilha

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), não resistiu e respondeu a uma postagem na qual o ex-governador Anthony Garotinho anuncia que vai começar a publicar uma série de denúncias contra o alcaide e seu irmão, Guilherme Paes, sócio do banco BTG Pactual.

Alta voltagem

Garotinho insinua que houve irregularidades, com a participação de Guilherme, na concessão de cemitérios da cidade à empresa Rio Pax, integrante de um grupo econômico que, mais recentemente, também venceu uma licitação na Comlurb. Paes respondeu na postagem, e disse que Garotinho será processado: “Vagabundo presidiário (5x). Minha família não depende da política igual a você e sua corja”.

Beligerância

Garotinho disse que em “longo e minucioso trabalho investigativo” apurou detalhes do que chamou de negociata na concessão dos cemitérios à Rio Pax. “Manobras licitatórias, ameaças a concorrentes”, dispara o ex-governador, sem, no entanto, apresentar provas. Segundo ele, a partir de março publicará a série “Nem os mortos escapam”. A postagem é ilustrada com fotos de Paes, seu irmão Guilherme e um carro funerário da Rio Pax.

Marcha a ré

Os movimentos neonazistas representaram a ameaça de “maior potencial de crescimento” no Brasil entre 2019 e 2020, período que coincide com o início do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação faz parte de documentos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e que foram obtidos após uma longa batalha judicial pela ‘Fiquem Sabendo’, organização sem fins lucrativos especializada em transparência pública.

Mapeamento

Num relatório sobre os riscos do terrorismo e dos atos de violência no Brasil e no mundo, de 6 de abril de 2020, a Abin traçou um mapa das diferentes correntes extremistas no país e seu potencial de representar um risco para segurança pública.

Extremismo

Naquele ano (2020), a Abin alertava para o fato de que “ataques perpetrados por indivíduos ou grupos inspirados por ideologias extremistas, não necessariamente de caráter islâmico, vêm ganhando espaço no Brasil, como se verificou no massacre de Suzano, em 13/03/2019, e nas ameaças da célula ecoextremista Sociedade Secreta Silvestre (SSS) a autoridades públicas brasileiras em 2019. “Adeptos desses movimentos compartilham uma visão radicalizada de mundo e defendem o uso da violência como meio de promoção de seus ideais”, alertou a Abin.

Ameaça global

Ainda que o risco fosse identificado em outros grupos ideológicos também, a Abin era explícita ao mencionar a ameaça da extrema direita. “Com relação ao ultranacionalismo e ao neonazismo, esses movimentos se fortaleceram em 2019, com o aumento de ataques em diversos países do mundo”, disse. “No âmbito internacional, o crescimento dos grupos ultranacionalistas tem como principal motivação o aumento da imigração no continente europeu. Esses grupos são contrários ao que acreditam ser uma “islamização da Europa” e respondem a essa “ameaça” com ataques violentos”, restou explicado no relatório.

Efeito cascata

De acordo com a agência, o crescimento mundial do neonazismo estava influenciando a reorganização de grupos no Brasil, como o Crew 38 e Hammerskin Nation, o Misanthropic Division e o Combat 18/Blood & Honour/Aryan Strikeforce. “Recentemente, houve aumento de ataques pontuais contra indivíduos que não se enquadram no estereótipo defendido por esses grupos. Desde a realização das operações policiais Azov e Hateless, em 2016 e 2017, respectivamente, os neonazistas brasileiros adotaram medidas de segurança para dificultar as ações policiais e de Inteligência”, constatou a Abin.