O prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim (UB) esteve reunido com o superintendente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Acre, Marcos Esteves preocupado com a perda de milhões nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), por conta de moradores na região de divisa do seu município com o Amazonas.
Mazinho explicou que Sena Madureira por ter limites territoriais com o município Amazonense de Boca do Acre pela linha Cunha Gomes que redefine os limites dos territórios dos dois Estados, pode ficar no prejuízo, tendo em vista que Sena Madureira atende moradores da região com os serviços públicos e pode perder recursos dos repasses federais se esses cidadãos forem contabilizados no censo do IBGE pertencentes ao município vizinho.
“Temos um problema com essa linha Cunha Gomes, cerca de 8 mil pessoas que nasceram em Sena Madureira são atendidos pelos nossos serviços públicos, além de serem eleitores do município, mas estão sendo contabilizados como habitantes do Amazonas. E quem cuida e fornece toda a assistência com serviços de saúde, educação e demais atendimentos somos nós do Acre”, esclareceu o prefeito.
Preocupado com a situação, Serafim propôs ao superintendente do IBGE uma audiência pública com o Ministério Público Federal (MPF), Assembleia Legislativa do Acre e gestores dos municípios que estão passando pela mesma situação. “Em parceria com o deputado Gilberto Lira (UB) que também está preocupado com o problema que temos que resolver, vamos pedir para Assembleia Legislativa chamar uma audiência pública e definirmos esta situação. Não podemos é perder recursos, já que esse repasse é que garante o atendimento público a estas pessoas que mesmo estando em território amazonense no município de Boca do Acre são atendidas por Sena Madureira, justamente porque os serviços das administrações de Boca do Acre e do governo amazonense não chegam na região”, destacou Mazinho.
Segundo o prefeito, os municípios como Porto Acre, Guajará no Amazonas na divisa com Cruzeiro do Sul e outros tem sido afetado com as finalizações dos dados do IBGE. “Vamos perder mais de 8 mil pessoas que tem todos seus registros em Sena Madureira, nasceram no hospital João Câncio Fernandes, usam as unidades básicas de saúde e tem seus filhos estudando em nossas escolas. Então é preciso reavaliar a forma de não deixar nosso município sem esses repasses que vão garantir o atendimento público a essas pessoas”, frisou Serafim.
Ainda de acordo com Mazinho, o deputado Gilberto Lira vai solicitar uma audiência pública para debater o assunto. “Se não resolvermos isso, não teremos como atender essa população, mesmo sendo eleitores do município. Os gestores do Amazonas tem que assumir suas obrigações e chegar com os serviços na região, que até hoje não abriram se quer um ramal, ou então nos garanta esse repasse para atender a demanda que existe”, finalizou o prefeito.
