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Política

Mesmo sem vice, União Brasil decide lançar Marcio Bittar para concorrer ao governo do Acre

Mesmo sem vice, União Brasil decide lançar Marcio Bittar para concorrer ao governo do Acre

Partido anunciou que sairia com chapa completa nesta sexta-feira (5). Candidato ainda não escolheu o vice

Mudando o posicionamento de que não sairia como candidato ao governo, o União Brasil (UB) lançou, nesta sexta-feira (5), o senador Marcio Bittar, presidente do partido no estado, para concorrer ao cargo do Executivo. No mesmo evento, o deputado federal Alan Rick, foi apresentado para concorrer uma vaga em Senado, mas a chapa não tem um vice definido.

A convenção ocorreu na tarde desta sexta na sede do partido, no bairro Bosque, em Rio Branco após um impasse dentro do próprio partido. Alan Rick era cotado para sair vice na chapa do Progressistas encabeçada por Gladson Cameli, que vai concorrer à reeleição ao governo este ano. Porém, o presidente do UB destituiu Alan do diretório e, com isso, foi mudado o cenário. Um dia antes da convenção, Marcio decidiu que sairia para o governo e Alan confirmou sua disputa para o Senado. Porém, afirmou que a manobra de Bittar foi um “golpe” e uma decisão “arbitrária”.

A oficialização das candidaturas ocorreu no último dia do prazo estipulado pelo Tribunal Regional Eleitoral. Após isso, todos os partidos precisam encaminhar os documentos ao tribunal.

Propostas

Marcio Bittar destacou que considera a pobreza e a fome os principais problemas do estado atualmente. Ele diz que pretende apostar na geração de empregos para, assim, fazer com os jovens não acabem na criminalidade.

“Somos um estado que quase metade da população é pobre. Temos mais pessoas hoje cadastradas no auxílio emergencial do que com carteira assinada, então esses são os verdadeiros problemas do Acre, é sobre isso que devemos nos debruçar. Temos aqui proximidades com os países que nesse momento nos deixa mais preocupante, porque, ao passo que temos milhares de jovens sem ocupação laboral, temos dois países vizinhos que produzem cocaína e fazem o narcotráfico, isso juntando as duas coisas, jovens sem emprego com narcotráfico resulta nisso que estamos vivendo, que é o domínio das facções criminosas”, destacou.

Caso seja eleito, ele diz que pretende governar com apoio da bancada e do governo federal para conseguir a captação de recursos para apostar na economia do estado.

“Um governo dirigido por mim vai ser um governo que tenha rigor na capacidade técnica, aliança com a bancada e governo federal, porque a bancada federal hoje tem acesso a volume de recursos independente de quem é o presidente da República, então você precisa fazer uma parceira com ela de forma transparente, discutindo com a sociedade, porque é muito dinheiro”, destacou.

Alianças

A aliança é formada pelo União Brasil, PL e Republicanos no Acre.

Trajetória

Marcio Miguel Bittar tem 59 anos, nasceu em Franca (SP) e é formado em história e agropecuarista. Ele iniciou a carreira política em 1981 como secretário-geral da Juventude do PMDB, tendo militado, como estudante, no antigo PCB. Foi eleito deputado estadual em 1994 e deputado federal em 1998. Em 2002, candidatou-se a uma vaga no Senado, mas terminou em terceiro lugar.

Em 2004, disputou a prefeitura de Rio Branco, mas não se elegeu. Conquistou seu segundo mandato de deputado federal em 2010, com a maior votação da história do Acre. Em 2006, disputou o governo do estado, porém, ficou em segundo lugar, com 35,12% dos votos.

Na disputa para o Senado em 2018, Marcio Bittar ficou em segundo lugar, com 23,28% dos votos - 185.066 dos votos. Apresentou-se como oposição ao PT, que governou o Acre por 20 anos. Na Câmara dos Deputados, ocupou o cargo de primeiro-secretário e foi titular na Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia e na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

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