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Política

Mara Rocha critica passaporte sanitário e defende liberdade de cada cidadão em optar ou não pela vacina

Sensibilizada com o temor das mães de adolescentes que ficaram com sequelas por causa da vacina contra o HPV em vacinar seus outros filhos contra a covid-19 e de produtores rurais que têm o acesso ao interior de órgãos públicos negado, como é o caso de Acrelândia onde são impedidos de entrar para comprar vacinas para o gado, a deputada Mara Rocha fez um duro pronunciamento na Câmara dos Deputados.

“A decisão de vacinar ou não, é única e exclusivamente do cidadão. O Estado não tem amparo legal para proibir a entrada em órgãos públicos e o acesso aos serviços de saúde para os não vacinados”, disse Mara Rocha.

A deputada esclarece não ser contra as vacinas e reconhecer a eficácia delas no combate a inúmeras doenças como é o caso da poliomielite erradicada através de campanhas de vacinação: “defendo que seja providenciado o número suficiente de vacinas para os que querem ser vacinados, mas que o direito de não se vacinar também seja respeitado. Eu mesma fui autora de diversos projetos para garantir a prioridade de categorias mais expostas, mas entendo que a decisão é pessoal. O Estado não pode obrigar. Isso é tirania”.

No caso específico das mães de adolescentes que apresentaram sequelas após a vacina contra o HPV, a deputada acreana diz que é preciso compreender o que leva à opção por não se vacinar e não vacinar os outros filhos, pois enfrentaram mortes, viram suas filhas perderem os movimentos, muitas ficarem presas a cadeiras de rodas, outras perderem a visão e as famílias há anos buscam em vão, tratamento para essas jovens.

Na avaliação de Mara Rocha a exigência do passaporte sanitário estigmatiza, a partir do momento em que divide a sociedade em duas classes- a dos que podem circular livremente em ambientes públicos e privados e a dos não podem, o que constitui na avaliação dela uma violação à liberdade de locomoção.

A parlamentar mencionou ainda uma medida que teria sido adotada no Hospital do Juruá em Cruzeiro do Sul onde só aceitariam pacientes para cirurgia condicionado à apresentação da carteira de vacina anticovid-19 atualizada: “se isso for verdade é uma atitude criminosa pois constituiu omissão de socorro”.

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