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Política

Após ser preso pela PF por fraude em licitação, ex-vereador de Rio Branco é exonerado de cargo no Deracre

Após ser preso pela PF por fraude em licitação, ex-vereador de Rio Branco é exonerado de cargo no Deracre

Anderson Sandro Pessoa e Silva foi preso em abril por suspeita de uso de documentos falsos em Brasiléia. Silva, que é filho do provedor da Santa Casa de Misericórdia do Acre, foi liberado no dia seguinte e responde em liberdade

O ex-vereador de Rio Branco Anderson Sandro Pessoa e Silva, preso pela Polícia Federal no dia 13 de abril por apresentar documentos falsos em uma licitação da prefeitura de Brasiléia, no interior do Acre, foi exonerado de cargo no Departamento de Estradas e Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre) em decisão publicada no Diário Oficial do Estado nessa terça-feira (6).

A decisão suspendeu a nomeação que havia ocorrido no dia 7 de março deste ano, antes da operação da Polícia Federal. O cargo ao qual o ex-vereador havia sido nomeado é classificado como referência Cargos em Comissão de Chefia, Assistência e Assessoramento Superior (CAS) 3, com remuneração prevista na tabela da administração pública de R$ 2.951,76.

Silva é filho de José Aleksandro Silva, diretor da Santa Casa de Misericórdia do Acre. Nesta quarta-feira (7), José Aleksandro informou que Silva foi liberado um dia após ser preso e responde em liberdade. O g1 não conseguiu contato com a defesa do ex-vereador até esta publicação.

Operação da PF

Silva e um outro envolvido foram presos em flagrante e levados à delegacia da PF em Epitaciolândia. “Foram presos em flagrante e estão à disposição da justiça”, diz a nota da polícia.

Segundo a PF, após uma denúncia anônima, foi constatada a inconsistência de certidões negativas, documento que atesta a existência ou não de ação civil, pública ou federal contra um indivíduo.

O procurador-geral de Brasileia, Luiz Bertoleto, disse que a prefeitura já havia inabilitado a empresa por questão da documentação e destacou que todo o processo de licitação é transparente.

“Essa empresa participou da sessão pública, apresentou documentos, os quais não foram possíveis atestar a veracidade desses documentos, então nossa equipe inabilitou essa empresa para ser credenciada. Posteriormente, a Polícia Federal, em razão da denúncia anônima recebida em sua sede, compareceu até a prefeitura e conduziu os representantes dessa entidade até sua sede para prestar esclarecimentos”, disse.

À época, o diretor do hospital confirmou a prisão do filho e negou irregularidades, além de afirmar que “essa armação será desmantelada”.

O caso é investigado como uso de documentos falsos, artigo 304 do Código Penal, com pena que pode chegar a 6 anos de reclusão.

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