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Saúde

Sem reagente, Lacen suspende análise de exames de Covid-19 no Acre

Laboratório Central do Acre atende demanda da Sesacre e está sem insumos para fazer testes. Comunicado diz que equipes solicitaram o material com urgência e aguarda chegada

O Laboratório Central de Saúde Pública do Acre (Lacen), que atende demandas da Secretaria de Saúde Estadual (Sesacre), está sem insumos para fazer análise dos testes de Covid-19. A informação foi divulgada nesta terça-feira (1º) pela gerência da unidade.

Desde agosto do ano passado que os exames de Covid da rede pública se concentram apenas no Lacen. A parceria com o governo do estado chegou ao fim após o encerramento de quatro contratos.

A informação, apesar de ser antiga, não era divulgada pela Sesacre nos boletins diários, até janeiro deste ano.

O comunicado do Lacen diz que, a partir desta terça, ‘as amostras de swabs recebidas para realização do exame de RT-PCR para Covid-19 terão o processamento adiado por falta de reagente para realização e, consequentemente, teremos atrasos na liberação dos resultados’.

A gerência destaca que aguarda a chegada do material que será enviado pelo Ministério da Saúde para voltar a fazer os testes. Esse material, segundo o comunicado, foi solicitado com urgência, mas ainda não há data exata para o recebimento.

“Ressaltamos que as análises serão retomadas normalmente assim que os meses chegarem”.

Conforme o boletim da Sesacre divulgado nesta terça, há 427 exames de RT-PCR à espera de análise no Lacen.

Centro de infectologia também ficou sem insumo

Outro laboratório que está sem insumos é o Centro de Infectologia Charles Mérieux (CICM), que atende demandas particulares, dos Distritos Sanitários Especiais (Dseis), da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da emergência da Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre).

O gerente-geral do CICM, Daniel da Matta, explicou que as equipes estão sem insumos há mais de uma semana, mas que nesta terça-feira (1º) o material chegou e a demanda será atendida novamente. No período em que a unidade ficou sem insumos foram feitos apenas testes manuais de emergência.

“Existem dois tipos de exames: aquele que é o automático, que é como se fosse uma fábrica, e existe o manual. A diferença está no número produzido. O problema dos insumos é no sistema automatizado. O manual, para as emergências, a gente nunca deixou de fazer”, destacou.

Com circulação da variante Ômicron, nº de casos de Covid-19 aumenta quase 90% em um ano

A gerência do CICM informou que as equipes da Funai fazem testes para saber se estão com Covid antes de entrar nas aldeias para desafogar o Lacen. Existe ainda a demanda de atendimento dos pacientes de emergência da Fundhacre, quando não há tempo de enviar os exames para o laboratório do estado.

“São paciente que vão operar, por exemplo. Antes de internar, temos a preocupação de dar o suporte para o que for necessário. Não tem nada a ver com a Sesacre, é laboratório prestando assistência para a Fundhacre. Damos suporte para essas emergências”, falou.

Matta contou também que, com a circulação da variante Ômicron no estado, a demanda também aumentou no centro de infectologia. Em dezembro do ano passado, antes do aumento de casos positivos, as equipes analisavam 20 amostras por semana.

“Com o aumento da demanda a gente chegou a processar, em um só dia, mais de 200 amostras. Isso ficou assim por umas duas semanas. Não tínhamos insumos para uma demanda tão grande. O problema de trabalhar com biologia molecular é que a validade desses insumos, para alguns, é de apenas seis meses. Não adianta você comprar 20 mil testes que vencem em seis meses. Não podemos torcer por uma onda de Covid, temos que estar preparados para ela”, argumentou.

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