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Saúde

Saúde do AC investiga mais um caso suspeito de varíola dos macacos; paciente tem 27 anos e viajou para Feijó

Saúde do AC investiga mais um caso suspeito de varíola dos macacos; paciente tem 27 anos e viajou para Feijó

Mulher buscou atendimento médico na noite dessa terça-feira (16) na UPA da Sobral. Ela apresentava febre, dor no ouvido e feridas na pele

O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da Regional de Saúde do Acre (Cievs) investiga mais um caso suspeito de varíola dos macacos em Rio Branco. Uma mulher de 27 anos procurou atendimento médico com os sintomas na noite dessa terça-feira (16).

Ela reclamava de dor no ouvido, febre e também feridas na pele. A paciente falou que viajou para a cidade de Feijó, interior do estado, semana passada. As equipes da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Sobral repassaram as orientações e colocaram a mulher em isolamento domiciliar.

Com esse novo caso, o número de notificação chegou a 15, sendo 6 casos descartados, um confirmado e oito suspeitos.

O primeiro caso da doença foi confirmado no dia 25 de julho. O paciente, de 27 anos, viajou para o exterior, e em seu retorno apresentou febre, cansaço físico e pápulas espalhadas pelos braços e abdômen, sendo notificado no di 11 do mesmo mês pela Unimed.

Macaco não é transmissor

Apesar do nome da doença, o chefe do Departamento de Vigilância em Saúde do Acre, Gabriel Mesquita, reforça que a doença não tem ligação com o macaco e que é considerada leve. Ele faz o alerta para que as pessoas não façam nenhum tipo de mal ao animal.

“Na verdade, foi consenso para definição do nome para Monkeypox justamente pelos macacos não terem envolvimento nesse processo de transmissão e para evitar que as pessoas façam esse mal com o macaco. Eles não são reservatórios da doença, não fazem essa transmissão direta, então, por isso, que decidiu-se pela comunidade científica que o nome seria Monkeypox para evitar esse estigma aos animais que não tem nada a ver”, pontua.

Ele destaca ainda que a transmissão da doença é feita de forma bem direta, com contato muito próximo.

“É uma doença de transmissão baixa, lenta, e é preciso ter um contato muito próximo, toque na pele, com secreção que sai das fístulas, secreções orais, então é uma doença que pode ser facilmente evitada com uso de máscara, evitar estar muito próximo a pessoas que estiveram em região que está tendo essa circulação de casos”, orienta.

Sintomas e transmissão

Os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão.

Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.

As lesões passam por cinco estágios antes de cair, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. A doença geralmente dura de 2 a 4 semanas.

O que é um diferencial indicativo: o desenvolvimento de lesões – lesões na cavidade oral e na pele. Elas começam a se manifestar primeiro na face e vão se disseminando pro tronco, tórax, palma da mão, sola dos pés”, completa Trindade, que é consultora do grupo criado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações para acompanhar os casos de varíola dos macacos.

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