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Saúde

Saúde de Rio Branco participa de estudo sobre a prevalência do HPV em público de 16 a 25 anos

Saúde de Rio Branco participa de estudo sobre a prevalência do HPV em público de 16 a 25 anos

Equipes vão estar fazendo coletas gratuitamente no Setor Médico da Ufac entre segunda (24) e sexta-feira (28) das 8h às 15h

A Saúde de Rio Branco está participando de uma pesquisa do Ministério da Saúde sobre a prevalência do HPV na população da faixa etária de 16 a 25 anos, tanto homens quanto mulheres. O objetivo da pesquisa é mudar as políticas públicas de vacinação em relação ao HPV.

Três Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital acreana tentam coletar 440 amostras de DNA para enviar para um laboratório no Rio Grande do Sul (RS). O resultado será divulgado em dois meses pela internet.

A pesquisa é uma iniciativa do governo federal, do Hospital Moinhos de Vento (RS) e da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.

Para alcançar esse público, as equipes de saúde disponibilizam o teste em instituições e órgãos públicos. Entre os dias 24 e 28 deste mês, uma equipe estará no Setor Médico, da Universidade Federal do Acre (Ufac), das 8h às 15h, fazendo a coleta gratuitamente.

A enfermeira da USB Maria Aurea Vileva Narjara Campos, que faz parte das equipes treinadas pelos pesquisadores, explicou que o participante responde um questionário social e assina um Termo de Consentimento Livre (TCL) antes de fazer a coleta do DNA.

Em mulheres, a coleta se assemelha ao exame do papanicolau. Já os homens fazem sua própria coleta com um cotonete, que consiste em retirar o DNA na região do pênis. “Tiramos todas as dúvidas do paciente, assina o termo e a gente procede com o procedimento. Após a aplicação do questionário, fazendo o teste rápido pra HIV, Hepatite B, C e sífilis e em seguida fazemos a coleta do material biológico”, complementou.

O material genético é congelado e enviado para o Rio Grande do Sul. A pesquisa é feita apenas nas capitais dos estados brasileiros. “Esse exame de DNA do HPV é recomendado pela Organização Mundial de Saúde desde 2014. É um padrão ouro na medicina para detectar HPV. É realizado na Europa e nos EUA e pode ser muito caro, o SUS não paga. Ele utiliza essa tecnologia de análise do DNA”, complementou.

Estudo

Uma das prerrogativas para fazer parte do estudo é que a pessoa precisa ter tido pelo menos uma relação sexual. No caso das mulheres, as participantes não podem ter sofrido nenhum tipo de aborto nos últimos três, nem filhos e nem câncer uterino.

“O pré-requisito é ter dito, pelo menos, uma relação sexual na vida. O HPV é um vírus transmitido na relação sexual e temos mais de 100 tipos deles, mas apenas quatro é que causa oncogeneticista. Nessa técnica de análise do HPV, vai dizer se naquela pessoa estudada tem ou não tem. O fato de algum exame dar positivo não significa que a pessoa vai desenvolver a doença, isso chamamos na epidemiologia de risco”, destacou.

As equipes de saúde vão acompanhar e monitorar essas pessoas. “Na epidemiologia, a gente trabalha muito o risco e a chance. Já fizemos essa ação na Policlínica da Polícia Militar, ficamos dois dias na Urap Ary Rodrigues ofertando para o máximo de pessoas. Vejo que tem muita resistência, as pessoas não entendem a importância de um exame desse. No particular o exame vale mais de R$ 2 mil e estamos oferecendo de graça”, concluiu.

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