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Saúde

Ômicron: duas novas subvariantes mais transmissíveis são detectadas

Ômicron: duas novas subvariantes mais transmissíveis são detectadas

Derivadas da BA.2, subvariantes foram detectadas no estado de Nova York, nos Estados Unidos

O Departamento de Saúde do Estado de Nova York, nos Estados Unidos, anunciou nesta semana que duas novas subvariantes da Ômicron foram identificadas na região, que tem visto um aumento no número diário de casos de Covid-19. Segundo as autoridades de saúde, as mutações BA.2.12 e BA.2.12.1 – que derivam da BA.2 e são ainda mais transmissíveis – podem explicar a piora do cenário epidemiológico nas últimas semanas. 

Ao todo, o departamento informou que a BA.2 representa 80,6% dos diagnósticos de Covid-19 no estado – as novas subvariantes sendo parte deste percentual. De acordo com o comunicado, estima-se ainda que a BA.2.12 e a BA.2.12.1 sejam entre 23% a 27% mais transmissíveis que a BA.2, que por sua vez já era mais contagiosa que a BA.1, primeira versão identificada da Ômicron.

Mais especificamente na região central de Nova York, durante o mês de março, as duas mutações representaram sozinhas 70% dos casos, e dados iniciais de abril sugerem um aumento para 90% de prevalência. Porém, o departamento ressalta que “neste momento, não há evidência de aumento da gravidade da doença por essas subvariantes”.

“Estamos alertando o público para duas subvariantes Ômicron, recém-emergidas e se espalhando rapidamente no Norte do estado de Nova York, para que os nova-iorquinos possam agir rapidamente”, disse, em comunicado, a comissária estadual de saúde, Mary Bassett, que reforçou: “Embora essas subvariantes sejam novas, as ferramentas para combatê-las não são”.

As medidas citadas pela comissária são completar o esquema vacinal e receber a dose de reforço; realizar testes caso seja exposto ao vírus, tenha sintomas ou realize viagens; considerar o uso de máscaras em espaços públicos internos e consultar o médico sobre as opções de tratamento caso o teste dê positivo.

Avanço da BA.2 e novas subvariantes

Nesta semana, os Centros para Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) informaram que a BA.2 já representa 86% de todos os casos do país. Segundo um estudo dinamarquês, ela é significativamente mais transmissível que a primeira versão da Ômicron, a BA.1. Agora, as novas sublinhagens da BA.2, que podem ser ainda mais contagiosas, foram detectadas em Nova York. Desde o dia 15 de março, a média diária de diagnósticos no estado aumentou aproximadamente em três vezes.

Especialistas explicam que as mutações que levam ao surgimento de novas variantes e subvariantes são um processo comum, especialmente quando a circulação do vírus é alta, como é o caso do Sars-CoV-2 – agente causador da Covid-19. Recentemente, uma recombinação entre a BA.1 e BA.2, que segundo estimativa da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA) pode ser 20% mais transmissível que a BA.2, foi detectada no Brasil, a chamada XE. No entanto, apenas um caso foi relatado no país até então. 

As autoridades reforçam que todas essas novas mutações encontradas até o momento continuam sendo parte da Ômicron e, portanto, não se espera um comportamento significativamente diferente. Até que levem a um maior escape vacinal ou a quadros mais graves da doença, as orientações seguem as mesmas. Por isso, as novas sublinhagens não se tornaram, ainda, variantes de preocupação na escala da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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