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Saúde

Na Itália, modelo acreana relata falta de itens básicos e exigência de autorização para sair de casa devido ao novo coronavírus

Itália é o país mais afetado pela doença, com mais de 1 mil mortes e mais de 15 mil casos confirmados. Jovem relata mudanças de comportamento das pessoas no país europeu

A modelo acreana Rita Diniz, de 20 anos, está a trabalho desde janeiro deste ano na Itália, país europeu com o maior número de mortes em decorrência do novo coronavírus.

A pedido do G1, nesta sexta-feira (13), a jovem gravou um vídeo contando que o país está em alerta total por causa da doença e relatou a falta de itens básicos de higiene e alguns alimentos. Além disso, só é permitido sair de casa com autorização.

O último balanço divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta sexta, apontou que a Europa se tornou o novo epicentro da pandemia de coronavírus. O país mais afetado é a Itália, que ultrapassou as mil mortes e já tem mais de 15 mil casos confirmados.

“A gente começou a sentir falta de itens básicos de higiene pessoal, como papel higiênico e sabão. No mercado, quando eu fui ontem [quinta,12], já não tinha muitas coisas. Está faltando também alguns alimentos, como leite, café, macarrão, tudo isso já está começando a faltar, pelo menos aqui no mercado perto de casa”, afirmou.

Em um vídeo enviado ao G1, ela falou sobre as mudanças de comportamento das pessoas e disse que as ruas estão vazias e a orientação é se proteger.

A modelo contou que viajou para o país europeu para a semana de moda de Milão e está com a volta marcada para o próximo dia 31 de março, mas não sabe como vai ser, já que a Itália está em quarentena.

“Vim fazer temporada aqui desde janeiro. Em janeiro e fevereiro estava tudo correndo bem, vida de modelo correndo super bem, até que de repente veio aquele pequeno surto de pessoas com medo, fazendo estoque de comida, de água e máscara. Só que ainda não estava uma situação tão grave como está agora. Agora, para sair de casa tem que ser com autorização”, relatou a jovem.

Ela disse que sempre que precisa sair de casa, tanto ela como as outras três meninas que estão no mesmo flat, precisam escrever em um papel o nome, data de nascimento e colocar o endereço, além da justificativa para estarem saindo.

“Quem for pego sem esse papel é preso ou multado por não ter justificativa suficiente para sair de casa nesse momento. O que está aberto agora é só farmácia, tem alguns restaurantes que estão funcionando, mas o fluxo diminuiu muito nas ruas, a rua aqui da minha casa está completamente deserta, porque tem muitas pessoas que realmente estão com medo”, afirmou.

Apesar da situação, a jovem disse que está bem. “Não imaginaria que isso estaria na minha vida logo agora, mas agora o que a gente tem que fazer é ter fé que isso vai passar. Eu estou bem e minha família também está bem. Era para eu voltar agora dia 31 de março, mas eu não sei como vou fazer isso, se vou poder pegar o avião, se não vou. Mas, isso são coisas que vou estar resolvendo essa semana”, concluiu.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus informou, nesta sexta, que o número de casos confirmados por dia na Europa já é maior que os confirmados na China.

Ao lembrar que o número de mortes no mundo em decorrência do coronavírus superou a marca dos 5 mil nesta sexta, Tedros afirmou que é “impossível” dizer quando a pandemia alcançará o seu pico.

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