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Saúde

Febre maculosa: repelentes funcionam contra o carrapato-estrela?

Febre maculosa: repelentes funcionam contra o carrapato-estrela?

A prevenção da doença inclui evitar o habitat do transmissor e utilizar roupas adequadas

As mortes causadas pela febre maculosa em Campinas (SP), nesta semana, colocaram em destaque um personagem que antes estava nos bastidores: o carrapato-estrela.

Transmitida pela espécie Amblyomma cajennense, a febre maculosa geralmente se manifesta com um quadro febril agudo, mas tem a capacidade de mimetizar doenças neurológicas, dificultando o diagnóstico.

A prevenção da doença é fundamental e envolve evitar áreas infestadas por carrapatos, como matas densas e gramados altos. No entanto, surge a questão: e se não for possível evitar tais áreas? Nesse caso, a pergunta que surge é: os repelentes são eficazes contra esse tipo de carrapato?

Em 2022, o Ministério da Saúde elaborou uma cartilha com o objetivo de fornecer orientações para os estados e municípios implementarem medidas de vigilância, prevenção e controle da febre maculosa no Brasil. Intitulada “Febre maculosa - Aspectos epidemiológicos, clínicos e ambientais”, essa cartilha oferece informações precisas e diretrizes relevantes sobre o assunto.

Conforme orientações da pasta, é recomendado o uso de repelente, uma vez que esse recurso auxilia na redução da possibilidade de picadas pelo carrapato.

O uso do produto pode ser realizado na aplicação em roupas e calçados, porém, é importante ter cautela, pois a maioria dos compostos químicos pode ser tóxica para os seres humanos.

Recomenda-se utilizar repelentes naturais, como calda de fumo de rolo, erva-cidreira ou capim-limão. Além disso, existem repelentes químicos com dosagens já conhecidas e consideradas seguras para o uso humano, como a permetrina.

É fundamental seguir a orientação de nunca aplicar o produto diretamente sobre a pele com as roupas ou calçados ainda vestidos e jamais utilizá-lo antes de secar completamente.

E se eu for picado por um carrapato? O que fazer?

É importante ficar atento aos sintomas que podem surgir, tais como febre, dor no corpo, dor de cabeça, desânimo, diminuição do apetite e o aparecimento de pequenas lesões avermelhadas. Caso algum desses sintomas se manifeste, é recomendado buscar imediatamente atendimento em uma unidade de saúde e informar sobre a picada. Os sinais clínicos geralmente se manifestam de sete a 10 dias após o contato com o carrapato.

É crucial ressaltar que o prognóstico do paciente e a gravidade da doença estão diretamente relacionados à rapidez no início do tratamento.

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