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Saúde

Em seis anos, Acre registra mais de 3,8 mil casos de hepatites virais, aponta saúde

Entre janeiro e novembro de 2020 foram registrados 129 casos. É o número mais baixo registrado no balanço que inclui os últimos seis anos

Pelo menos 3.831 pessoas foram diagnosticadas com algum tipo de hepatite viral entre os anos de 2015 até novembro de 2020 no Acre. Dados são do Núcleo de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre).

Neste ano de 2020, de janeiro a novembro, foram registrados 129 casos, é o número mais baixo registrado no balanço que inclui os últimos seis anos, isso por causa da redução nos diagnósticos, devido à pandemia de Covid-19, segundo ressaltou a coordenadora do núcleo, Suilane Meire. O maior número foi em 2015, com 844 casos.

No Acre, os tipos mais registrados são hepatites A, B, C e D (Delta). De acordo com os dados, a população de adultos jovens é a mais afetada. A faixa etária com maior concentração de casos é de 20 a 32 anos e de 35 a 49 anos.

“A hepatite A é muito relacionada à infraestrutura do município. Rede de esgoto, higiene pessoal, então, ela é muito específica e sazonal, ela acontece em determinados momentos do ano e é mais comum em pessoas que residem em bairros que não têm um estrutura adequada de esgoto e saneamento. E depois vem as B, C e Delta que já tem um tratamento exclusivo na média e alta complexidade”, explica coordenadora do núcleo, Suilane Meire.

Entre os quatro tipos que ocorrem no estado, a que têm maior proporção é a hepatite B, com 2.137 casos, seguido da C, com 762.

Em relação a 2019, o estado registrou 637 casos a menos, de acordo com o boletim. A coordenadora do núcleo disse que alguns fatores como a pandemia contribuíram para essa redução significativa.

“Várias questões a gente pode estar fazendo apontamento para essa redução dos números, a gente não pode dizer que é porque caiu o índice de infecção das pessoas, não podemos afirmar isso porque a gente está passando por esse ano atípico e deixamos de fazer atividades extra muros”, pontuou.

Veja número de casos nos últimos anos:

  • 2015: 844 casos;
  • 2016: 715 casos;
  • 2017: 659 casos;
  • 2018: 718 casos;
  • 2019: 766 casos;
  • 2020: 129 casos até novembro.

A coordenadora disse que todos os municípios do estado recebem testes rápidos e insumos estratégicos de prevenção como preservativos e realizam ações pontuais em locais específicos para diagnosticar esses casos, só que nada disso foi feito neste ano.

Além disso, as pessoas saíram menos de casa e também o redirecionamento de profissionais para atendimento da Covid-19 e essa mudança contribuiu para a queda dos números.

“Para todos os agravos relacionados às IST’s, a gente identificou puxando os dados parciais de 2020, porque muitas informações ainda não se encontram no sistema, porque o ano ainda não fechou, mas, mesmo sendo parcial, a gente vê que houve uma queda e isso está relacionado a essa pandemia que a gente está passando ainda”, concluiu.

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