Diretora da Urap Roney Meireles explica que ideia surgiu por conta da alta demanda de pacientes com sintomas de dengue na unidade. Diariamente, 400 pessoas em média procuram a unidade para esse atendimento
Com alta nos casos de dengue, uma das unidades de referência no tratamento da doença em Rio Branco precisou inovar para acolher os pacientes. A equipe da Unidade de Referência em Atendimento Primário (Urap) Roney Meireles decidiu oferecer soro caseiro em um bebedouro no corredor da unidade para auxiliar na hidratação de quem apresenta sintomas de dengue.
O líquido consiste na mistura de água mineral, sal e açúcar, e ajuda a combater a desidratação. A diretora da Urap, Clicia Moreno, explica que a ideia surgiu com o crescimento da demanda de pacientes com sintomas de dengue na unidade.
“Essa ideia surgiu por mim e pela enfermeira Gleice, e a equipe toda acatou essa ideia. Como estamos com a referência para dengue e uns dos tratamentos é bastante líquido e soro de reidratação, então achamos importante oferecer para os pacientes na Urap”, conta.
Em meio ao aumento dos casos de dengue com a chegada do inverno, a Urap Roney Meireles registra uma média de 400 atendimentos diários de pessoas com sintomas da doença. Essa média já chegou a ficar entre 500 e 600 pacientes, mas ainda é preocupante.
“O soro de reidratação é eficiente para repor a água e os sais minerais no organismo. Sua utilização é muito comum em viroses e casos de dengue”, acrescenta a diretora.
Emergência
O governo decretou situação de emergência no Acre por conta do aumento de 106,6% dos casos de dengue. O decreto foi publicado em uma edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE) nessa sexta-feira (5) e é válido por 90 dias.
Conforme dados do Núcleo de Doenças de Transmissão Vetorial da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), entre janeiro e início de dezembro de 2023 foram notificados 5.445 casos de dengue no estado acreano. Destes, 3.755 deram positivos.
No mesmo período de 2022, as notificações de casos prováveis da doença totalizavam 2.635, uma variação de 106,6% entre os períodos avaliados.
O levantamento mostra ainda que as notificações dos casos começaram entre 1º e 7 de outubro. O pico dos casos ocorreu entre 26 de novembro e 2 de dezembro, quando foram registrados 575 casos prováveis da doença.
