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Saúde

Doações de sangue supera média em fevereiro, mas ainda precisa crescer

Hemorio precisa de 300 doações por dia, mas média no último mês, apesar do resultado melhor do que nos anos anteriores, ficou em menos de 240

As doações de sangue no Hemorio em fevereiro deste ano superaram o número do mesmo mês de 2020, antes da pandemia. Foram coletadas 6.640 bolsas de sangue entre os dias 1º e 28 de fevereiro de 2022, contra 6.051 no mesmo período do ano passado e 6.389 de 2020. No entanto, os estoques do mais importante banco de sangue do estado do Rio ainda estão abaixo da meta. Para atender a própria demanda e a dos outros hospitais de todo o estado que recebem sangue colhido no Hemorio, o instituto precisa de 300 doações por dia. A média no último mês, apesar do resultado melhor do que nos anos anteriores, ficou em menos de 240.

Segundo o Ministério da Saúde, ocorre uma baixa de até 20% nos estoques disponíveis para transfusões. Além disso, a demanda por bolsas de sangue aumenta devido ao maior número de acidentes na cidade durante as festividades. O diretor geral do Hemorio, Luiz Amorim, celebrou o resultado, mas ressaltou que ainda precisa melhorar.

“Concluímos o mês de fevereiro com um saldo positivo de doações em comparativo ao mesmo período dos dois últimos anos. Para nós é muito gratificante ver que, com o avanço da vacinação, a população se sente mais confortável em voltar a praticar um ato tão importante quanto a doação de sangue. Apesar dos bons resultados, ainda precisamos ficar atentos pois não chegamos aos 300 doadores diários que gostaríamos e, somente após a participação geral alcançar esses índices, é que podemos ficar mais tranquilos em relação aos estoques no Estado”, explica.

O Hemorio espera que uma mudança nas regras para doação de sangue que começou a valer neste mês de março possa atrair mais voluntários. Agora, pessoas que tenham se tatuado ou colocado piercing poderão doar sangue 6 meses após o procedimento, em vez dos 12 meses da regra anterior. A nova norma, no entanto, não vale para os que usam piercing na região oral ou genital, que continuam impedidos de doar enquanto usarem a peça.

“Estamos muito animados com essa campanha e em comunicar essa novidade aos moradores do Rio de Janeiro. Tenho certeza de que era uma mudança muito aguardada por nossos doadores e agora, após todos os estudos necessários, podemos anunciar com segurança. Espero com isso que muitos novos doadores possam nos visitar e fazer a diferença para tantos que precisam”, disse o diretor geral do Hemorio, Luiz Amorim.

Na última sexta-feira, dia 25, o Hemorio lançou a primeira etapa da campanha “Você Faz Meu Tipo”, com objetivo de atrair doadores de sangue durante o carnaval. A iniciativa vai contar com o apoio do Tinder, que irá incentivar os usuários do aplicativo no Rio de Janeiro a darem match com o perfil do hemocentro. A ideia é alertar de forma divertida sobre a importância das doações através de frases como “se você ama a vida e quer que outros tenham a chance de viver ao máximo também, você faz muito meu tipo”.

De acordo com os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), para manter os estoques regulares é preciso que 1,5% a 3% da população doe regularmente. O Brasil tem hoje 1,8% de doadores. Em todo país são coletadas, por ano, uma média de 3,5 milhões de bolsas de sangue.

Somente em janeiro deste ano, por causa da pandemia, epidemia de gripe e fortes chuvas, o Hemorio registrou queda de mais de mil bolsas de sangue em relação ao mesmo período de 2021. A doação é fundamental para garantir suporte às principais emergências, maternidades e unidades de saúde do estado do Rio.

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