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Saúde

Conitec aprova inclusão de primeiro medicamento contra a Covid no SUS

Conitec aprova inclusão de primeiro medicamento contra a Covid no SUS

Cabe ao Ministério da Saúde tomar a decisão final. Baricitinibe já é usado contra artrite reumatoide e dermatite atópica nas formas moderada e grave

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) deu aval nesta quarta-feira para a incorporação do baricitinibe no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento da Covid-19. É o primeiro remédio aprovado pelo órgão contra a doença. Cabe ao Ministério da Saúde tomar a decisão final, já que o comitê tem caráter consultivo.

A análise final veio em reunião extraordinária nesta quarta, após a consulta pública que colheu contribuições da sociedade. A Conitec já havia dado parecer inicial favorável à inclusão do fármaco. Agora, a discussão do tema segue para a Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos (SCTIE).

A indicação do medicamento, fabricado pela eli Lilly, é para pacientes adultos internados que necessitam de oxigênio por máscara ou por cateter nasal ou, ainda, de alto fluxo de oxigênio ou ventilação não invasiva.

A Anvisa aprovou o baricitinibe para a Covid-19 em setembro do ano passado. Para receber o aval para a nova indicação, a empresa Eli Lilly do Brasil Ltda. apresentou dados que sustentaram a eficácia e a segurança do medicamento para essa finalidade.

“Com a incorporação de Olumiant (baricitinibe), a expectativa é de que, em breve, o tratamento possa estar disponível gratuitamente no mercado público para os brasileiros hospitalizados por COVID”, diz a nota da Lilly.

O remédio é um inibidor de determinadas enzimas envolvidas na comunicação de células, na inflamação e na função imunológica do corpo, segundo dados divulgados pela agência sanitária. Antes, já era utilizado em quadros moderado e grave de artrite reumatoide e de dermatite atópica.

Ao todo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já autorizou o uso de oito medicamentos contra a Covid-19, mas dois foram suspensos temporariamente na última segunda e um teve a liberação revogada em fevereiro. Nenhum deles está disponível na rede pública para a doença, como mostrou O GLOBO.

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