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Saúde

Com aumento de internações, Saúde do Acre abre novos leitos de UTI e enfermaria para pacientes com Covid

Sesacre divulgou abertura de 10 leitos UTI Covid no Into-AC, em Rio Branco; 10 leitos de enfermaria e cinco semi-intensivos no Hospital Regional do Alto Acre, em Brasileia, interior do estado

Com aumento de internações e de casos positivos desde o início do ano, a Saúde do Acre decidiu abrir mais leitos de enfermagem e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para atender a demanda. Os leitos serão abertos no Instituito de Traumatologia e Ortopedia do Acre (Into-AC), em Rio Branco, no Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, e no Hospital Regional do Alto Acre, em Brasileia, no interior.

A previsão da Secretaria de Saúde do Estado (Sesacre) é a ampliar as vagas de UTI e enfermaria da seguinte forma:

  • Rio Branco - abrir 10 novos leitos de UTI Covid no Into-AC. A unidade já dispõe de 40 leitos de enfermaria e, com a abertura dos novos leitos, o número de vagas na UTI sobe para 20;
  • Brasileia - abrir mais 10 leitos de enfermaria e cinco semi-intensiva. O hospital tinha apenas três leitos de enfermaria;
  • Cruzeiro do Sul - segue com 10 leitos de UTI Covid e 10 leitos de enfermaria.

A assessoria de comunicação da Sesacre afirmou que os leitos UTI Covid do Into foram abertos na tarde desta quinta-feira (27).

Apesar disso, o boletim de leitos divulgado diariamente pela Saúde não mostra os 40 leitos de enfermaria no Into-AC e traz apenas 10 leitos UTI Covid. Conforme os dados do governo, nesta quinta, há apenas um leito de UTI Covid vago na unidade de saúde.

Ainda conforme as informações do portal, o Into-AC tem 34 pessoas internadas. Com isso, a taxa de ocupação de leitos enfermaria chegou a 230%, levando em consideração a contabilização de apenas 10 leitos clínicos e não 40. O boletim de dados diz também que o percentual de ocupação de leitos de UTI Covid está em 100%.

Há lotação também no Hospital Regional do Alto Acre, em Brasileia. Segundo o governo, seis leitos de enfermaria estão ocupados, sendo que a unidade só disponibiliza três, assim, a taxa de ocupação está em 200%.

Já em Cruzeiro do Sul atualmente apenas um dos dez leitos UTI Covid está ocupado, mas a enfermaria está lotada. O boletim aponta que há 12 pessoas internadas nos leitos clínicos, porém, a unidade só dispões de 10 leitos destinadas para pessoas com Covid-19, então a taxa de ocupação está em 120%.

A assessoria destacou que o site será atualizado com os novos dados.

Em todo o estado há 56 pessoas internadas, sendo 54 com teste positivo. A taxa de ocupação da UTI nas unidades de saúde é de 65%. Dos 20 leitos existentes, 13 estão ocupados. São 10 leitos de UTI em Rio Branco e 10 em Cruzeiro do Sul.

Piora na ocupação de leitos

A capital do Acre, Rio Branco, aparece na zona crítica sobre a ocupação de leitos de UTI para pacientes com Covid-19. Um Boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontou que o município estava com 80% dos leitos de UTI ocupados para esses pacientes. O documento foi divulgado na quarta e apontava

O estudo da Fiocruz mostrou também uma piora no ocupação de leitos de UTI nos estados e municípios do país. Sete estados estão na zona crítica, com mais de 80% dos leitos da rede pública ocupados. O Acre está entre os 8 estados na zona de alerta.

Os pesquisadores atribuem essa piora a rápida à disseminação da variante Ômicron.

“Não se pode ignorar que o quadro está piorando, apesar de estar claro que o cenário com a vacinação é muito diferente daquele observado em momentos anteriores mais críticos da pandemia, nos quais se dispunha de muito mais leitos”, aponta o boletim.

Os pesquisadores apontam também que, dos 27 estados, seis e o Distrito Federal estão na zona de alerta crítico, outros 12 aparecem na zona de alerta intermediário e oito na zona de alerta.

Além da capital acreana, também aparecem na zona crítica as seguintes cidades:

  • Porto Velho (89%);
  • Macapá (82%);
  • Fortaleza (93%);
  • Natal (percentual estimado de 89%);
  • Belo Horizonte (95%);
  • Rio de Janeiro (98%);
  • Cuiabá (89%);
  • Brasília (98%).

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