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Polícia

Mais de um mês após grávida ser morta asfixiada no AC, namorado é indiciado por feminicídio e segue foragido

Mais de um mês após grávida ser morta asfixiada no AC, namorado é indiciado por feminicídio e segue foragido

David de Oliveira Rodrigues é procurado desde a madrugada de 1º de janeiro por ser o principal suspeito pela morte de Luzia Costa, de 42 anos, e tem passagens pela polícia por violência doméstica

Pouco mais de um mês após a morte de Luzia da Costa Silva, de 42 anos, na madrugada do dia 1º de janeiro no bairro Conquista, na capital acreana, o namorado da vítima, David de Oliveira Rodrigues, apontado como principal suspeito pelo enforcamento da mulher, foi indiciado por feminicídio pela delegada Kelcinaira Araújo, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).

A informação foi confirmada ao g1 pela delegada, que informou ainda que o suspeito segue foragido. Rodrigues é considerado responsável pelo enforcamento da mulher que estava grávida de oito semanas, e tem pedido de prisão preventiva em aberto.

“A gente continua na busca, não paramos. Vamos continuar [as buscas] até ele ser localizado. Estamos investigando tudo, quando tem informação, a gente vai atrás. Não podemos informar [sobre a possível localização de Rodrigues], mas ainda estamos no encalço”, disse.

Ainda segundo a delegada, todas as testemunhas do caso foram ouvidas, e a polícia manteve o entendimento de que o namorado de Luzia é o responsável pela morte dela.

Mesmo com o inquérito finalizado e entregue à Justiça, as equipes seguem em busca do cumprimento da prisão de Rodrigues.

Prisão preventiva decretada

Rodrigues teve a prisão preventiva decretada pela Vara de Plantão da Comarca de Rio Branco ainda em janeiro, quando seguia foragido, de acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Civil.

A decisão, assinada pelo juiz de Direito Danniel Bonfim, foi emitida no dia 5 daquele mês e concorda com parecer apresentado pelo Ministério Público do Acre (MP-AC). No documento, o magistrado cita que a suspeita sobre Rodrigues é reforçada pelos depoimentos de testemunhas, que afirmam não terem visto outra pessoa na casa além dele.

“Colhe-se ainda que a vítima Luzia Costa da Silva deu entrada no Hospital de Urgência e Emergência já sem os sinais vitais e, consoante o laudo de fls. 52/53, a falecida foi morta por asfixia mecânica por constrição cervical compatível com esganadura atípica, sendo o representado o suspeito do crime, uma vez que as testemunhas ouvidas relataram não terem visto qualquer outra pessoa entrar na residência, estando o companheiro sozinho com a vítima e apresentando histórico de pessoa agressiva e violenta, além de usuário de drogas”, diz.

Morte

Luzia estava em casa com o namorado na madrugada após o Réveillon, quando o filho chegou, por volta das 7h, e chamou por ela. Rodrigues, que estava com ela no quarto, respondeu que a mulher estava desacordada. O filho, então, arrombou a porta do quarto e ainda tentou reanimá-la.

Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel em Urgência (Samu) foi acionada e levou a mulher já sem vida para o necrotério do pronto-socorro de Rio Branco. Apenas após a chegada do corpo no Instituto Médico Legal (IML) a família foi informada sobre as marcas de enforcamento encontradas na mulher.

A delegada Kelcinara Mesquita, responsável pelo inquérito, disse no dia 5 de janeiro que o suspeito tem passagens pela polícia por violência doméstica.

“Constam passagens dele por violência doméstica, outras agressões contra mulheres e outros crimes também. Após a morte, o corpo da Luzia foi encaminhado ao IML, o médico analisou e observou que foi morte por estrangulamento. Daí, a gente começou as investigações, ouvimos todo mundo, e o namorado foi indicado como suspeito”, informou.

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