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Polícia

Em ato inédito, réu julgado em dois processos ao mesmo tempo no AC é condenado a mais de 40 anos

Em ato inédito, réu julgado em dois processos ao mesmo tempo no AC é condenado a mais de 40 anos

Ele foi condenado a 21 anos em cada homicídio, totalizando 42 anos de pena. Francimar Conceição da Silva passou por dois júris nessa terça-feira (3), no Fórum Criminal de Rio Branco

Julgado em dois processos simultaneamente nessa terça-feira (3) no Fórum Criminal de Rio Branco, o réu Francimar Conceição da Silva foi condenado a penas que, somadas, ultrapassam os 40 anos. Ele responde por dois homicídios ocorridos em 2017 e 2018 no bairro Taquari, região do segundo distrito de Rio Branco.

As sessões ocorreram, ao mesmo tempo, na 1ª e 2ª Vara do Tribunal do Júri em Rio Branco. Como as varas ficam uma ao lado da outra no fórum, o réu foi interrogado nos dois julgamentos. Conforme o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), essa foi a primeira vez que ocorreu júris de um mesmo réu de forma simultânea.

Na 1ª Vara, Francimar foi julgado junto com Antônio Francisco da Silva pelo assassinato de Edson Pereira da Silva. A vítima foi executada a tiros no dia 1 de abril de 2018. Segundo a Justiça, Antônio foi absolvido do crime e Francimar foi condenado a 21 anos por homicídio qualificado por motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima.

Conforme a denúncia do Ministério Público, Edson foi morto após se recusar a dirigir um carro para levar Antônio à maternidade por estar sob efeito de bebida alcoólica. Contrariados, os denunciados saíram da casa da vítima com intuito de despistá-la e, pouco tempo depois, um deles entrou de surpresa pelos fundos e efetuou os disparos de arma de fogo.

Na 2ª Vara, Francimar Conceição foi julgado pelo assassinato de João Souza de Oliveira, ocorrida em janeiro de 2017 também no Taquari. A investigação apontou que a vítima foi morta por dívida de drogas. Com relação a esse caso, ele também foi condenado a 21 anos de prisão por homicídio qualificado.

Nas duas condenações, o réu Francimar deve cumprir as penas em regime fechado e os magistrados negaram a ele o direito de apelar da sentença em liberdade.

Francimar tem extensa ficha criminal, inclusive, com condenações por tortura e por homicídios, sendo uma delas a 77 anos pelo triplo homicídio e ocultação de cadáver dos três adolescentes que desapareceram após saíram da Expoacre no dia 5 de agosto de 2018. Ele também é condenado por pertencer a organização criminosa.

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