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Polícia

Duas cidades do Acre estão entre as 15 mais violentas do país; Rio Branco é a 1ª no ranking

Dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que divulgou na quarta-feira (23) uma nota técnica que traz um levantamento que ordena os 120 municípios mais violentos do país, com dados referentes aos anos de 2018 a 2020

Duas cidades do Acre estão entre as 15 mais violentas do país e são elas; a capital acreana, Rio Branco, em primeiro lugar no ranking, em relação à média anual de homicídios dolosos e na taxa dessa média por 100 mil habitantes entre 2018 e 2020.

Além de Rio Branco, a segunda maior cidade do estado, Cruzeiro do Sul, aparece em sexto lugar no ranking. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que divulgou na quarta-feira (23) uma nota técnica que traz um levantamento que ordena os 120 municípios mais violentos do país.

O indicador produzido pelos pesquisadores do Ipea considera os 120 municípios com maiores números de homicídios dolosos entre 2018 e 2020, segundo os dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp).

Conforme os dados, no período analisado, Rio Branco teve 386 homicídios dolosos registrados e taxa de 93,4, e nota 10 no geral, ocupando o primeiro lugar. Já Cruzeiro do Sul registrou 131 mortes, com taxa de 146,7 e nota geral de 9,1, o que a deixou em sexto lugar.

Porém, levando em consideração apenas a taxa média de homicídios dolosos no período do estudo, Cruzeiro do Sul fica no topo das cidades mais violentas com a taxa de 146,7 e Rio Branco em segundo com 93,4, e lideram o ranking.

violenia 002 webDados mostram Rio Branco em 1° e Cruzeiro do Sul em 6° lugar no ranking — Fotos: Reprodução

Ano mais violento

O secretário de Segurança Pública do Acre, Paulo César Santos, disse que os dados foram impulsionados pelos homicídios praticados em 2018, o que ele classificou como um dos anos mais violentos no estado.

“É importante ressaltar que esse relatório tem como base os anos de 2018 e 2020 e que consequentemente, pelo fato de 2018 ter sido um dos maios violentos do Acre, estes números foram impulsionados”, disse.

Em 2018, o Acre registrou 333 mortes entre janeiro e foi o 4º com a maior taxa de mortes violentas do país, segundo o Monitor da Violência, ferramenta criada pelo G1, que permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país.

Santos disse que naquele ano foram mais de 400 mortes e, por isso, os dados elevaram as cidades acreanas no ranking do Ipea.

“É importante ressaltar que em 2018 tivemos mais de 400 homicídios registrados e neste ano, devemos fechar com menos de 240, ou seja, uma redução muito significativa que não reflete esse relatório do Ipea que apresenta um período de avalição não alinhado com a atual realidade vivenciada no estado do Acre”, pontuou.

Outros estudos também colocaram a capital como uma das mais violentas. Em abril deste ano, um estudo divulgado pela ONG Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal do México, Rio Branco estava em 33° lugar entre as cidades mais violentas do mundo. O levantamento mostrou as 50 cidades mais violentas do planeta em 2020.

O estudo apontou que em 2020, a capital do Acre registrou 173 homicídios, e, com esse número, ficou com taxa 41,85.

Orientação

Os dados do estudo, de acordo com o Ipea, devem ser utilizados utilizados para orientar o Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP) em relação ao Programa Nacional de Enfrentamento de Homicídios e Roubos que tem como objetivo combater a violência urbana, ao articular iniciativas de prevenção e repressão à criminalidade, nas áreas que concentram as maiores taxas de homicídios no território nacional.

Além desses critérios, o estudo também sugere levar em conta aspectos institucionais, relacionados ao envolvimento, cooperação e adesão aos esforços de enfrentamento da criminalidade violenta nos níveis subnacionais.

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