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Polícia

Após quase dois meses, polícia ainda não prendeu suspeitos de morte de ex-prefeito no AC: ‘crime complexo’

Gedeon Barros foi assassinado na manhã do dia 20 de maio, no bairro Santa Inês, no Segundo Distrito de Rio Branco, quando dois homens chegaram em uma moto e o executaram

Em um caso considerado complexo, a Polícia Civil do Acre segue com as investigações que apuram a morte do ex-prefeito de Plácido de Castro, Gedeon Sousa Barros, de 52 anos. Após quase dois meses, ninguém foi preso pelo crime.

Barros foi assassinado na manhã do dia 20 de maio, no bairro Santa Inês, no Segundo Distrito de Rio Branco. Dois homens chegaram em uma moto e executaram o ex-gestor, fugindo em seguida para o bairro Belo Jardim, onde se concentraram as buscas da polícia, na época.

Responsável pelas investigações, o delegado Marcus Cabral, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), informou nesta quinta-feira (15) que são apuradas várias linhas de investigação e que ele não pode passar mais informações porque o processo corre em segredo de justiça. O delegado decidiu falar após saírem boatos de que os suspeitos da morte teriam sido presos.

“A Polícia Civil tem várias linhas de investigação e também corre em segredo de justiça e o que podemos afirmar é que as investigações estão céleres, dentro das possibilidades da Polícia Civil e também do Poder Judiciário, no que tange a alguns pedidos cautelares, o rito processual normal está seguindo”, disse.

O delegado afirmou ainda que já há suspeitos pelo crime, mas afirmou que ainda não pode afirmar sobre a autoria e que investiga informações de que os executores foram identificados.

“Suspeitos a gente pode afirmar que tem, a gente já apurou e estamos investigando as várias linhas de investigação. É um crime muito complexo de elucidar, mas, em breve estaremos apontando todos os autores, finalizando o inquérito e encaminhando ao judiciário para as devidas providências”, acrescentou.

Crime

Barros estava dentro do carro e foi atingido com disparos de arma de fogo na cabeça. A esposa do ex-prefeito prestou depoimento na Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) no mesmo dia que o marido foi morto.

Em junho, a Polícia Civil informou que pediu à Justiça do Acre a quebra do sigilo bancário e telefônico de alguns investigados no assassinato. A Justiça tinha um prazo de 15 dias para responder a solicitação. Nesta quinta, o delegado preferiu não falar sobre o pedido.

No dia 31 de maio, o delegado responsável pelo caso, Marcus Cabral, revelou que tinha ouvido oito pessoas sobre o crime até aquele momento. As investigações do caso seguem em segredo de Justiça.

morte webGedeon Barros foi morto dentro do carro em Rio Branco no dia 20 de maio — Foto: Eldérico Silva/Rede Amazônica Acre

Ameaças

A polícia informou que o ex-prefeito estaria sofrendo ameaças. No entanto, segundo o delegado, ainda não tinha sido confirmado nenhum registro de boletim de ocorrência relatando as supostas ameaças.

“As guarnições que chegaram no local, colheram informações de que dois indivíduos em uma motocicleta vermelha se aproximaram do veículo onde a vítima estava e sem anunciar assalto, esses indivíduos efetuaram por volta de dois disparos”, informou o tenente da Polícia Militar Karllos Antoniete na época.

O corpo de Barros foi transladado para a cidade da Palmas (TO) na tarde de sexta-feira (21). No sábado (22), foi levado para a cidade Fátima, onde foi sepultado no mesmo local onde o pai dele está enterrado.

Ex-gestor era investigado pela PF

Barros foi prefeito da cidade de Plácido de Castro entre os anos de 2017 a 2020, quando ele concorreu à reeleição, mas foi derrotado nas urnas no ano passado. O ex-prefeito era empresário e foi gestor da cidade apenas por um mandato.

Durante a gestão, Barros teve o nome divulgado em uma lista de nove prefeitos de nove cidades do Acre, como ficha suja do Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE-AC), de agosto do ano passado. Os gestores têm condenações transitado em julgado nos últimos oito anos. As condenações incluem diversos processos, entre os quais desvios ou problemas na administração do dinheiro público.

Investigações da Polícia Federal na Operação Contágio, também apurou supostas irregularidades em licitações que teriam ocorrido no primeiro semestre do ano de 2020 no município. Conforme a PF, um dos contratos investigados envolvia mais de R$ 500 mil para a compra de equipamentos de proteção individual (EPI’s) para profissionais da saúde que atuavam no combate à pandemia causada pela Covid-19, na mandato dele.

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