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Polícia

Após ameaças de facções, Urap Maria Barroso não terá mais horário estendido em Rio Branco

Após ameaças de facções, Urap Maria Barroso não terá mais horário estendido em Rio Branco

Prefeitura anunciou que houve ameaças de facções criminosas e, para garantir a segurança dos servidores, decidiu suspender o atendimento até às 22h

Por medida de segurança, a Secretaria de Saúde de Rio Branco (Semsa) decidiu, nesta sexta-feira (7), que não vai mais abrir a Urap Maria Barroso, no bairro Ayrton Sena, na região da Baixada da Sobral, até às 22h. A unidade de saúde estava entre as três Uraps que tiveram o horário de funcionamento estendido para atender a população durante a enchente do Rio Acre.

“A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), comunica que, em decorrência de ameaças de facções criminosas, assim como para preservar a segurança de seus servidores, a Unidade de Saúde Maria Barroso, não funcionará até às 22h conforme havia sido anunciado anteriormente”, diz o comunicado da gestão municipal.

Na última segunda (3), a Semsa precisou fechar sete unidades de referência em atenção primária e unidades de saúde da família por conta da cheia do Rio Acre na capital.

  • Urap Augusto Hidalgo de Lima, no bairro Palheral
  • Urap Eduardo Assmar, no bairro Quinze
  • USF Triângulo Novo
  • USF Belo Jardim 3
  • USF Aeroporto Velho
  • USF Mário Maia, no bairro Cidade Nova
  • Urap Ary Rodrigues, no bairro Seis de Agosto

Com isso, algumas unidades passaram a funcionar em horário estendido, das 7h às 22h, com médicos e policiais cedidos pelo governo do estado. A vacinação contra a Covid-19 também era aplicada nesta unidades. Com o fechamento no período noturno da Urap Maria Barroso, agora ficam as seguintes unidades abertas:

  • Urap Cláudio Vitorino
  • Urap Roney Meireles

Enchente

Apesar da baixa no nível, a Defesa Civil de Rio Branco informou que cerca de 75 mil pessoas seguem atingidas pela enchente, que foi a maior dos últimos oito anos. A cota de transbordo na capital é de 14 metros e o rio ultrapassou essa marca no último dia 23 de março.

Mais de 12,1 mil pessoas estão desalojadas, ou seja, em casas de parentes e amigos.

Ao todo, 42 bairros da zona urbana de Rio Branco estão atingidos pela cheia do Rio Acre. Além disso, 27 comunidades rurais estão isoladas, com 7,5 mil pessoas de mais de 1,8 mil famílias.

Com a subida do Rio Acre e o acúmulo de balseiros, a Ponte Juscelino Kubitschek, conhecida como Ponte Metálica, foi interditada no dia 27 de março em Rio Branco por medida de segurança. A Ponte Coronel Sebastião Dantas também chegou a ficar fechada de sábado (1) até a manhã de terça-feira (4), quando foi reaberta e está em mão dupla.

Também por conta da enchente, a Secretaria Estadual de Educação suspendeu as aulas nas escolas públicas estaduais da capital por tempo indeterminado. A Secretaria Municipal de Educação de Rio Branco também suspendeu as aulas.

Oito municípios acreanos decretaram situação de emergência: Rio Branco, Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri, Sena Madureira, Porto Acre, Capixaba. No dia 25 de março, o governo federal reconheceu a situação de emergência em Rio Branco por causa dos estragos causados pelas chuvas e no dia 29 de março fez o reconhecimento da situação de emergência de Brasiléia, Epitaciolândia e Xapuri. Nessa terça (4), a união reconheceu o decreto de Assis Brasil.

No dia 26 de março, os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva e o secretário nacional da Defesa Civil, Wolnei Wolff, chegaram ao Acre para um sobrevoo pelas áreas alagadas. Eles percorreram os bairros, conversaram com moradores e garantiram a liberação imediata de R$ 1,4 milhão para ajuda humanitária.

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