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Filhas de Palmirinha travam brigam entre si por herança milionária

Filhas de Palmirinha travam brigam entre si por herança milionária

Tania Rosa e Nanci Balan contestam os valores da conta bancária da cozinheira administrados por Sandra Bucci

Quase um ano após a morte de Palmirinha Onofre, a briga por sua herança milionária está longe de acabar. A cozinheira nos deixou em maio de 2023, aos 91 anos, em decorrência do agravamento de problemas renais. Duas semanas depois de sua morte, suas três filhas passaram a travar uma disputa na Justiça pelos bens da mãe, com acusações de omissões de informações, ocultação de valores do espólio e má-fé.

Sandra Bucci é a herdeira mais nova e responsável pelo inventário de Palmirinha. Entretanto, suas irmãs Tania Rosa e Nanci Balan não concordam com a administração e contestam como a irmã informou ao juiz os bens da cozinheira, resumidos a uma conta bancária com R$ 8,13 e cotas da empresa Artes Culinária Palmirinha Ltda, que totalizam R$ 5.100.

A coluna teve acesso ao processo de partilha que começou em maio, 18 dias após o falecimento da apresentadora. Em julho, Tania e Nanci se revoltaram com a falta de transparência da inventariante. “Sandra não menciona direitos autorais e de imagem, assim como venda de livros, temperos e alimentos, além de direitos de uso de marca, royalties e monetarização de redes sociais (…) o que causa estranheza”, pontuaram.

As irmãs ainda queixaram que não conseguem acesso, desde a morte de Palmirinha, à prestação de contas e contratos. As duas não receberam nenhum centavo da empresa, enquanto Sandra teria recebido um empréstimo da mãe, em 2014, no valor de R$ 1,5 milhão para a compra de um apartamento, e nunca comprovou a devolução da dívida. Com isso, Tania Rosa e Nanci Balan pediram a impugnação do processo de inventário.

“A promessa de pagamento da quantia efetivamente emprestada a Senhora Sandra Bucci, seria ressarcida quando a mesma vendesse um outro apartamento que era proprietária na Rua Souza Ramos, 171, 2º. Andar, número 21, matricula 138.711 do 14º CRI da Capital. Referido apartamento foi vendido pela Inventariante em 01 de novembro do ano de 2017 pelo valor de R$ 1.200.000,00. Consta que na época, houve o pagamento/devolução de parte do valor do empréstimo, todavia, não se sabe realmente o quanto foi devolvido para a Senhora Palmira e de que forma (...) Assim notamos que, houve sem sombras de dúvidas, omissão quando da elaboração das primeiras declarações, o que com certeza, causará prejuízos de elevada monta às demais Herdeiras, fato da mais alta relevância, com o que a Justiça não pode coadunar”.

Por outro lado, Sandra reforçou que nunca recebeu o empréstimo e que ela foi quem mais cuidou da mãe em seus últimos anos de vida. Após a morte, ela teria pago R$ 165 mil para cada irmã, referente ao quintão do empréstimo, acrescido de juros, que omitiram a informação do juiz: “A vida empresarial da minha mãe nunca foi de interesse de suas outras filhas”.

A caçula ainda acusou as duas irmãs de obter empréstimos nunca pagos pela mãe e afirmou que as três dividiram cerca de R$ 5 milhões, referentes a aplicações financeiras.

Em outubro de 2023, as três tentaram um acordo, mas não obtiveram sucesso. Dois meses depois, Tania pediu a condenação de Sandra por litigância de má-fé e não pagamento de impostos dos empréstimos, além da exclusão da caçula do inventário, por sonegação de herança.

A irmã inda solicitou o bloqueio das contas bancárias da mãe, “diante do risco de dilapidação de patrimônio”. “Frisa-se que o que se pretende é o impedimento da Inventariante de gravar ou alienar os bens, com a finalidade de assegurar o resultado útil do processo”. Nenhum dessas solicitações foi apreciada pela Justiça.

As duas irmãs questionaram os motivos da inventariante não apresentar os valores recebidos pela mãe. Palmirinha ainda é aclamada nas redes sociais, e elas questionam onde estão os frutos das empresas.

O processo está longe de acabar, mas a última etapa solicitou-se que a herdeira Tânia seja a penalizada “em razão de suas omissões prejudicarem diretamente as demais herdeiras”. “Nanci e Tania deliberadamente omitiram que conforme acima narrado praticamente todo o patrimônio da De Cujus foi convertido em moeda corrente (...) Tania sempre teve por hábito solicitar empréstimos à sua mãe”.

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