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Anitta: o que se sabe sobre uma possível fraude de “Envolver” no Spotify

Anitta: o que se sabe sobre uma possível fraude de “Envolver” no Spotify

O megahit Envolver, que impulsionou a cantora Anitta ao ponto mais alto da lista global do Spotify, pode ser objeto de uma possível fraude para que a música alcançasse o maior êxito possível na plataforma de streaming. As suspeitas tiveram início após uma reportagem da coluna Tilt do portal UOL que aponta uma campanha para […]

O megahit Envolver , que impulsionou a cantora Anitta ao ponto mais alto da lista global do Spotify , pode ser objeto de uma possível fraude para que a música alcançasse o maior êxito possível na plataforma de streaming.

As suspeitas tiveram início após uma reportagem da coluna Tilt do portal UOL que aponta uma campanha para afetar os algoritmos do Spotify , que determinam os singles que devem ir ao topo de suas listas, mais conhecidas popularmente como charts.

A publicação reportou que, em vez da cantora assumir a autoria da campanha, ela a “delegou” para os seus fãs. Para isso, no dia 14 de março, sua conta oficial no Twitter retuitou um seguidor que, segundo a publicação, ensinava como criar mais de uma conta na plataforma e elaborar playlists em que a faixa Envolver pudesse ser tocada por inúmeras vezes, durante horas. Isso seria uma forma de driblar as regras do Spotify.

Para se ter uma ideia, o site Rest Of World chegou a identificar mais de 100 playlists com nomes relativos ao single como Stream Envolver, Envolver Stream Party e Envolver 20x, com o intuito de levar Anitta ao topo do Spotify. Contudo, um comportamento fora do comum é identificado pelo sistema da plataforma, que pode considerar essa atuação como um trabalho de bots (robôs).

O jornal Folha de São Paulo reportou que os dados do Spotify identificaram que a grande maioria dos ouvintes de Anitta eram brasileiros e não os países os quais eram o foco para o mercado internacional – esse sempre foi o objetivo da artista em consagrar sua carreira internacional, depois de assinar um contrato com a Warner Records , empresa da Warner Music Group , sediada em Nova York (EUA).

Contudo, há de se observar, que esse cenário não pode desabonar o empenho de Anitta em realizar um trabalho robusto para o mercado global. Seu empenho e de sua equipe permitiu que artistas internacionais como Madonna e Cardi B participassem de seu projeto.

Desgaste da imagem de Anitta

Com tudo isso acontecendo no momento em que Versions Of Me chega ao mercado, a coluna do jornalista Ricardo Feltrin do UOL consultou profissionais especializados em direitos autorais. São eles: Fernanda Rosa Picosse , especializada em propriedade intelectual e Alexandre Trihaim , especializado em marcas e patentes. Ambos fazem parte da Iplatam Marcas & Patentes , que trabalham com artistas no Spotify.

É consenso entre os profissionais de que Anitta pode ser muito prejudicada por esta suposta fraude, ainda que ela não tenha nenhuma culpa.

“Se comprovada a possibilidade de fraude, a condição de Anitta se complica”, analisam os especialistas. “Ela pode ser banida das plataformas e não receber os royalties pelas reproduções (supostamente) fraudulentas. Esse tipo de manipulação (quando há a comprovação) pode causar prejuízo para a plataforma, pois gera reproduções “fakes” da música. Isso resulta em pagamentos de royalties indevidos, como a reprodução da música por meio dos robôs, e não por ouvintes reais”, explicam.

Investigação do Spotify

Feltrin, ainda em sua coluna no UOL, revelou que Envolver passará por uma avaliação do Spotify. Esse tipo de investigação acontece com todos os casos que chegam ao topo da plataforma digital.

A coluna também informou que o Spotify chega a pagar valores que ultrapassam US$ 150 mil (cerca de R$ 750 mil no câmbio atual).

A carta aberta de Paulo Pimenta, assessor de comunicação da cantora, à Rolling Stone

“Muito se fala sobre “Envolver e seu sucesso que dura até hoje no top 50 global do Spotify. A primeira cantora latina a chegar a posição #1 de forma solo é brasileira e se chama Anitta. Foi ela mesma que lá atrás uma vez me disse que uma minoria sempre tende a elevar um artista só para depois ter o prazer de diminui-lo. Infelizmente, ela tem razão.

Vamos aos números de “Envolver” nos *últimos 28 dias*? Reparem que o país que mais ouviu “Envolver” foi o Brasil: 38.420.876 de plays. Mas se você QUISER realmente estudar os resultados, a perspectiva muda. Somados, os streamings dos 9 países que mais ouviram “Envolver” resultam em um número relevante e global: 42.801,642. O Brasil é o segundo mercado consumidor de música do mundo em número de ouvintes digitais e sua população e território são continentais. Logo, existe uma lei de proporcionalidade. Seria óbvio que uma cantora tivesse tal resultado em seu próprio país? Não necessariamente. Mas, se tratando da Anitta, tudo muda de figura.

“A matemática não mente” – Paulo Pimenta, assessor de comunicação de Anitta

Enxergamos aqui outro fenômeno. A cantora arrebatou seu país com um ritmo que não é brasileiro e em língua espanhola – não muito falada por aqui. Um posicionamento internacional de dentro para fora. Há quem diga que os fãs brasileiros ouviram muito Envolver. Mutirão. Mas isso é ruim? Vale ressaltar que Anitta tem mais ouvintes mensais nos Estados Unidos do que grandes cantoras americanas – é só QUERER pesquisar.

Algumas poucas notícias sobre Envolver ainda podem revelar a teoria citada no início do texto. Mas ainda bem que a matemática não mente e que a grande maioria dos brasileiros ainda tem orgulho dos artistas nacionais e se envolveu com a Anitta ao ponto de quebrarem juntos barreiras nunca antes ultrapassadas”.

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