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Economia

Gás de cozinha compromete quase 10% do salário mínimo, diz pesquisa

Gás de cozinha compromete quase 10% do salário mínimo, diz pesquisa

Levantamento do Observatório Social da Petrobras mostra que o botijão de 13kg já é vendido no país a um valor médio de R$ 113,48

O preço do GLP (gás liquefeito de petróleo), o gás de cozinha, bateu novo recorde histórico em abril, atingindo a maior média mensal real (descontada a inflação) desde março de 2001, quando foi iniciada a série histórica, segundo levantamento do Observatório Social da Petrobras (OSP), organização ligada à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

O botijão de 13kg é vendido no Brasil a um valor médio de R$ 113,48, representando 9,4% do salário mínimo, atuamente em R$ 1.212, maior percentual de comprometimento desde 2007, segundo a OSP.

Naquela época, o botijão custava R$ 33,06 e o salário mínimo era de R$ 350.

Em março, o gás de cozinha já tinha alcançado o maior preço médio real da série  histórica, vendido a R$ 109,31.

O gás de cozinha voltou a comprometer o salário mínimo na mesma proporção de 2007, segundo o economista do OSP Eric Gil Dantas, acrescentando que nos últimos 15 anos, houve queda nessa proporção, com uma inversão de cenário a partir de 2017. 

Dantas ressalta ainda que essa mudança trouxe um primeiro efeito imediato, que foi o crescimento do uso de lenha pelas famílias brasileiras.

Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostram que a partir de 2017 a população voltou a consumir mais lenha do que o gás nas residências do país.

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