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Economia

Descontos em eletrodomésticos têm que vir só após Desenrola, diz Tebet

Descontos em eletrodomésticos têm que vir só após Desenrola, diz Tebet

Segundo a ministra, não faz sentido dar descontos se as famílias ainda estão endividadas; segunda etapa do Desenrola chega só em setembro

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que o governo federal ainda não tem cálculos sobre o programa para reduzir os preços de eletrodomésticos, e que a medida não pode acontecer antes do Desenrola estar em completa operação.

“O mais importante e primordial para que isso [descontos em eletrodomésticos] aconteça é, antes, acontecer o Desenrola. As famílias estão endividadas, então não adianta lançar uma linha branca com desconto. As pessoas não vão comprar ou vão pedir empréstimos com juros caríssimos”, disse a ministra nesta quinta-feira (13).

Nesta sexta-feira (14), o Ministério da Fazenda confirmou que o Desenrola inicia suas operações na próxima segunda-feira (17). Neste primeiro momento, porém, apenas a Faixa 2 do programa, destinada a pessoas com renda mensal de até R$ 20 mil, estará em funcionamento.

A Faixa 1, que beneficiará as famílias mais pobres que têm dívidas de até R$ 5 mil, só terá as operações iniciadas em setembro. É provável, portanto, que o programa de descontos em eletrodomésticos fique para depois deste prazo.

Na quarta-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que sugeriu ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, um programa para baratear eletrodomésticos.

“Falei com o Alckmin: que tal a gente fazer uma aberturazinha para linha branca outra vez? Facilitar a compra de geladeira, televisão, máquina de lavar roupa. As pessoas de quando em quando precisam trocar seus utensílios domésticos. Quando a geladeira velha está batendo, não está gelando a cerveja bem, e está gastando muita energia, você tem que trocar. E, se está caro, vamos tentar baratear, vamos encontrar um jeito”, disse o presidente.

Na ocasião, Lula ainda cobrou Tebet publicamente para que o programa seja viabilizado. “Simone, você e o Aloizio [Mercadante, presidente do BNDES] abram a mão um pouquinho para a gente poder facilitar a vida desse povo que quer ter acesso às coisas”.

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