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Amazônia

Polícia ambiental usa drones no combate a crimes ambientais no AC e já atuou em mais de 80 ações

Ações ocorrem depois de o BPA receber drones, computadores e treinamento do WWF-Brasil. Uso dos equipamentos ocorrem desde setembro do ano passado e otimiza ações

Uma ação do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) da Polícia Militar (PM-AC), feito como o apoio da WWF-Brasil tem levado a uma série de ações de fiscalização e combate a crimes ambientais em várias áreas do estado, com uso de drones, principalmente em locais isolados e de difícil acesso. Em pouco menos de um ano, foram mais de 80 ações.

As ações ocorrem depois de o BPA receber drones, computadores e treinamento do WWF-Brasil. As operações começaram em setembro do ano passado durante o período de queimadas no estado. Objetivo das ações é realizar o monitoramento ambiental e coibir a caça ilegal em áreas protegidas.

“Nós utilizamos eles nas operações. Usamos na floresta do Antimary, em Acrelândia, na Operação Focus do Imac, no ano passado nas ocorrências de queimadas e desmatamento. Recebemos em agosto e começamos a usar em setembro em florestas públicas. Então, estas 82 fiscalizações fazem parte destas ações e resultou em muita coisa, identificamos polígonos de desmatamento, queimadas, invasões de terras. Então, facilitou muito o nosso trabalho”, contou o comandante do BPA, major Kleison Albuquerque.

Uso de tecnologia

Conforme informações do WWF-Brasil, o uso da tecnologia nesse trabalho de fiscalização otimiza as ações. Antes, as equipes chegavam a fazer percursos de até 20 quilômetros diariamente. Agora, foram reduzidos e o acesso pode ser feito com os equipamentos que fazem a captura de imagem e quando necessário as equipes se deslocam ao local.

“Antes a gente andava muito pelo mato para identificar estas situações. Por outro lado, estamos vivendo um processo intenso de invasão de terras e as pessoas invadem os lugares mias remotos porque são mais difíceis de localizar. Situações que a gente andava muito, faz tudo pelo aparelho, então, a gente foi para outro patamar e estamos com visão aérea também. Economizou nosso tempo, recursos, bem estar dos policiais”, acrescentou o major.

Os equipamentos direcionados ao BPA fazem parte de um projeto de expansão do uso da tecnologia para monitoramento territorial. Desde o fim de 2019, o WWF-Brasil doou 20 drones para 18 organizações de 5 estados da Amazônia, com um investimento de cerca de R$ 300 mil.

Para o Acre, foram enviados dois drones e o equipamento de comunicação via satélite e também dois tablets, uma impressora térmica, computadores, dois notebooks, dois celulares, aparelho de GPS e dois projetores.

“A gente decide apoiar estas organizações porque a gente acredita que são organizações que estão fazendo alguma coisa importante na ponta, tentando reverter os impactos de todos estes ilícitos e crimes ambientais que ocorrem na região amazônica”, disse Osvaldo Barassi Gajardo, especialista de conservação do WWF-Brasil.

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