O fato do governo Bolsonaro, que não tem o menor compromisso com o clima e muito menos com a Amazônia, não ter apresentado nenhum plano para aumentar o compromisso do país com o clima mundial,
o Brasil foi vetado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para discursar na cúpula do clima da instituição, a se realizar na próxima segunda-feira, dia 23, em Nova York, nos Estados Unidos.
Dada à jornalista Ana Carolina Amaral pelo enviado especial da Secretaria-Geral da ONU, Luis Alfonso de Alba, a informação virou uma das principais manchetes do site do jornal Folha de São Paulo desta quarta-feira, dia 18, quando mais uma vez ficou claro ao mundo o descompromisso do atual governo brasileiro com o clima do planeta, mesmo sendo o país um dos signatários do Acordo de Paris sobre o clima mundial.
Segundo a matéria do jornal paulista, o veto ao Brasil de discursar no evento climático da ONU, que também será estendido a outros países, como os Estados Unidos - cujo presidente Donald Trump prometeu parceria com o presidente Jair Bolsonaro para transformar a floresta amazônica em grandes campos de soja, de gado e de mineração - se deu porque o país não enviou um plano para aumentar a ambição dos seus compromissos climáticos.
“É bem-vinda a decisão da ONU. Atores globais devem demonstrar compromisso com o clima para merecer um espaço na mesa”, disse Jennifer Morgan, diretora-executiva internacional do Greenpeace, ao acrescentar que “ficou bem claro que apenas os países que apresentem planos ou ações adicionais terão oportunidade de falar e acho que essa referência é correta para uma cúpula de ambição climática”.
Estrategicamente agendada para a véspera da realização da Assembleia-Geral da ONU, que começa na próxima terça (24), em Nova York (EUA), a cúpula do clima foi convocada pelo secretário-geral da organização, Antônio Guterres, com objetivo de encorajar a ambição dos países, em uma conversa direta com os chefes de Estado do mundo.
(*) Editor do site www.expressoamazonia.com.br, com blog de Ana Carolina Amaral.
