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Amazônia

Em Cruzeiro do Sul, 18º Festival Vete Noke Koî celebra 39 anos de demarcação da Terra Indígena Katukina

Em Cruzeiro do Sul, 18º Festival Vete Noke Koî celebra 39 anos de demarcação da Terra Indígena Katukina

O 18º Festival Vete Noke Koî iniciou-se nesta quinta-feira, 27, na Aldeia Shava Vena – Terra Indígena (TI) Campinas Katukina, em Cruzeiro do Sul. O evento, que conta com o apoio do governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Turismo e Empreendedorismo (Sete), comemora os 39 anos de demarcação da terra.

“Este é o grande momento de fortalecermos a cultura do povo Noke Koî. Até hoje mantemos nossas cantorias, medicina, pintura, arte e artesanato. E o governo do Estado sempre tem nos apoiando e aberto portas”, disse Adriano Rosa da Silva, cacique local e assessor-articulador do Município.

indios 002Festival Vete Noke Koî celebra 39 anos de demarcação da Terra Indígena Katukina. Foto: Marcos Santos/Secom

Marcelo Messias, titular da Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo (Sete), explica que a pasta firmou um termo de cooperação técnica com a Associação das Terras Indígenas Campinas Katukina. “Estamos apoiando o festival, que já é muito tradicional, como também apoiaremos todas essas iniciativas. As pessoas estão cada vez mais com interesse em vivenciar esse tipo de experiência; é o etnoturismo, que está cada vez mais alta. E aproveito para reconhecer os trabalhos que as comunidades estão fazendo”, afirmou.

indios 002Secretário Marcelo Messias: “As pessoas estão cada vez mais com interesse em vivenciar esse tipo de experiência”. Foto: Marcos Santos/ Secom

Noke Koî significa “gente verdadeira” e é o nome dado a uma população estimada em mais de 820 pessoas, todas falantes de um mesmo tronco linguístico, o pano. O povo se divide em 11 aldeias: Kamawa, Shava Vena, Waninawa, Vari Peo, Varinawa, Shonoya, Satanawa, Maseheya, Pino Hoshoya, Vari Isko e Maniya.

indios 004Festival atrai turistas para conhecer a cultura local. Foto: Marcos Santos/Secom

Zequinha Lima, prefeito de Cruzeiro do Sul, prestigiou o evento e, para ele, é importante incentivar, valorizar e contribuir com a cultura dos povos originários. “O Povo Katukina tem uma histórica e uma cultura rica, ele preserva a sua língua, participa da gestão e promove o turismo aqui no município”, observou.

A professora Luzia de Oliveira participa do festival desde 2019 e conta que gosta da experiência que o evento proporciona. “Atrai vários turistas para compartilhar a cultura dos povos originários, que são pessoas simples e acolhedoras. Eu gosto muito”, relatou.

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