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Amazônia

Acre tem aumento de 120% no número de focos de calor em um ano, aponta Inpe

Acre tem aumento de 120% no número de focos de calor em um ano, aponta Inpe

Dados são de janeiro até 2 de maio deste ano. Esse é o maior número de focos de calor neste período dos últimos 7 anos

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o número de focos de calor no Acre aumentou em 120% comparando o período de janeiro a 2 de maio deste ano com o mesmo período do ano passado. O levantamento mostra que no ano passado eram 15 focos neste período e já este ano já são 33.

O número de incêndios começa a ser uma preocupação, já que o Acre está no período de transição entre o chamado “inverno amazônico”, que é um período de chuvas fortes para o “verão amazônico”, período de seca.

No ano passado, mais de 8,8 mil focos de queimadas foram registrados no território do Acre, segundo o Inpe, que contabiliza os registros desde 1998.

No relatório anual, feito pela SOS Amazônia, a ONG destaca que o uso do fogo para desmatamento em outras atividades humanas está diretamente ligado à perda de biodiversidade.

“Com a redução dos focos de incêndio, é possível perceber o tamanho do impacto. Contudo, órgãos governamentais e não governamentais não possuem estimativas de animais silvestres mortos ou feridos durante incêndios, que se intensificam nos meses mais secos (de julho a outubro). Centenas de milhares de animais são afetados anualmente pela atividade do fogo em larga escala. É difícil quantificar as espécies mortas e feridas, e os impactos são inestimáveis se não sabemos quais espécies ou quantos indivíduos são afetados a cada ano”, destaca o relatório.

E é por isso que a SOS Amazônia tem o projeto Brigadas Amazônia, em parceria com o WWF-Brasil, que tem suporte operacional para enfrentamento às queimadas, por meio da contratação de brigadistas para atuarem em conjunto com o Corpo de Bombeiros, além de treinamentos dos brigadistas, articulações com os órgãos ligados ao tema para maior integração entre os mesmos.

Só no ano passado, este projeto beneficiou 80 pessoas e formou 15 brigadistas.

“Os impactos imediatos pós-fogo, no período de maior incidência de incêndio na Amazônia, são observados na perda de cobertura vegetal e morte a longo prazo de grandes árvores, que por vezes permanecem mortas decompondo em meio a pastagens e plantações. Durante o período das maiores taxas de focos de incêndios, além da preocupação com o desmatamento e conversão de floresta, um componente não tão enfocado em anos anteriores ficou evidenciado - o impacto sobre a fauna silvestre”.

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