Dados são de janeiro a 17 de agosto. Ações tentar reduzir as queimadas da região
O Acre já acumula, de janeiro a 17 de agosto, 497 focos de queimadas e 48% desses registros foram somente nos 17 dias de agosto. Cruzeiro do Sul é a cidade que mais queima, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). E agora, o Vale do Juruá recebe, pela primeira vez, a operação Fogo Controlado.
Considerando o acumulado do ano, o município de Feijó lidera com 80 focos, já Cruzeiro do Sul tem 73 focos e Tarauacá, com 59 focos. Já se comparar os dados somente de agosto, Cruzeiro do Sul ainda aparece entre as cidades com mais registros.
De 1 a 17 de agosto, foram registrados 237, sendo que Feijó lidera com total de 44 focos, Tarauacá com 34 focos e Cruzeiro do Sul com 30 focos.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a operação tem como objetivo evitar perdas socioeconômicas, ambientais e também tentar reduzir os impactos causados na saúde da população.
O plano operacional ainda estabelece diretrizes de atividades relacionadas à fiscalização, prevenção e combate a incêndios ambientais a serem desenvolvidas na cidade.
José Carlos Barbosa, primeiro tenente do Corpo de Bombeiros em Cruzeiro do Sul, disse que a operação Fogo Controlado ocorre na capital acreana e no interior do estado com atividades preventivas juntos às comunidades.
“Essa operação é uma parceria do governo do estado com o Corpo de Bombeiros, é uma operação que acontece em ciclos, que está acontecendo agora do início de agosto a novembro, com rodízio de guarnições em oito cidades do estado do Acre”, disse.
O aumento das queimadas fez com que o governo do Acre a declarasse situação de emergência ambiental no início do mês de julho. Além disso, o estado também enfrenta seca severa, alta nas temperaturas e queda na umidade relativa do ar. Cruzeiro do Sul está entre as 10 cidades que tiveram emergência declarada.
Conforme o decreto, a emergência declarada é válida entre os meses de julho a dezembro de 2023. Para a medida, o governo considerou os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que, segundo a publicação, apontam um aumento de 127% no desmatamento no Acre entre os anos 2018 e 2021, comparado com o quadriênio anterior.
O governo também levou em consideração as condições climáticas adversas, tais como estiagens prolongadas, altas temperaturas, ondas de calor, baixa umidade relativa do ar e intensos ventos, que favorecem as ocorrências de incêndios florestais.
