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Visita presidencial

Visita presidencial

Ontem (18) pela tarde, o presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpriu agenda Rio Branco. O presidente não trouxe recursos, tampouco anunciou edificações de obras no Acre. Como destaque a entrega de 500 Títulos Definitivos, a partir do programa de Regularização Fundiária do Incra - documentos concedidos à agricultores -, e a participação do presidente na inauguração do Complexo de Comunicação Amazônia-Boas Novas, em prédio recém-construído em Rio Branco. (Assista ao vídeo)

Barraco

Outro destaque na agenda presidencial ficou por conta de um acontecimento negativo: o desentendimento ocorrido entre o governador Gladson Cameli e o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, ambos partidários do PP. 

Zombaria

Tudo aconteceu durante solenidade de entrega dos Títulos no estádio Arena da Floresta. Durante a fala do prefeito Tião Bocalom e após, por ocasião do discurso do governador Gladson Cameli, quando o presidente Jair Bolsonaro e o prefeito tinham seus nomes citados, um grupo de manifestantes dirigia apupos à dupla. 

Rififi 

Ao encerrar o discurso, Gladson Cameli foi cumprimentar Bocalom, tencionando, após, dirigir-se ao assento na mesa composta pelo cerimonial. Ao cumprimentar Bocalom, ouviu do prefeito, em off, que as vaias que lhes eram dirigidas tinham origem na “turma de Gladson”. Irritado, Gladson voltou ao microfone e retrucou a fala de Bocolom. Disse em viva voz que o expediente não fazia parte de suas práticas e que decidirá as eleições vindouras no voto e não com baixaria. Por fim, recomendou ação do prefeito: “o senhor tem que parar de falar isso. Vamos tapar os buracos da cidade, eu estou à disposição”. 

Papelão 

Por conta do entrevero público, partidários e assessores do prefeito Bocalom e do governador Cameli tiraram o restante do dia para bater boca nas redes sociais. Certo é que a comitiva presidencial levou a pior impressão possível de nossas lideranças políticas. Detalhe: todo o barraco foi transmitido ao vivo para todo o território nacional pela TV Brasil, a rede de televisão pública do Poder Executivo Brasileiro. 

Karma 

Estagnado na casa dos 6% e tecnicamente empatado na terceira colocação na corrida presidencial, o ex-juiz Sergio Moro incluiu a falta de um palanque no Paraná, seu estado de origem, na já não pequena lista de adversidades enfrentadas por sua campanha ao Palácio do Planalto. 

Mais problemas 

O motivo: a saída do presidente estadual da sigla Cesar Silvestri Filho para filiar-se ao PSDB criou um palanque não-programado para a campanha de João Dória (PSDB) e foi o catalisador para que desandassem também as negociações com o governador Ratinho Junior (PSD), que trabalhava para oferecer apoio duplo a Moro e o presidente Jair Bolsonaro no estado. 

Atrás do prejuízo 

O simbolismo de correr o risco de não ter estrutura política para a campanha dentro de sua própria casa e do estado natal da Operação Lava-Jato levou apoiadores do ex-juiz a tentarem viabilizar, de última hora, uma solução. 

Solução paliativa 

Com o novo xadrez eleitoral, o senador Alvaro Dias passou a ocupar a presidência estadual do Podemos e, faltando pouco mais de seis meses para o primeiro turno, o próprio Alvaro, na tentativa de dar algum palanque a Moro no Paraná, não tem descartado, em conversas com interlocutores, disputar o governo local.

Simbolismo 

Na reta final de seu mandato como senador, o parlamentar trabalhava para ser mais uma vez reeleito ao posto – ele está no cargo desde 1999 – mas nos últimos dias disse a auxiliares que está cansado na vida política em Brasília. Agora, pode partir para o sacrifício, lançando candidatura ao governo, numa tentativa de criar um palanque para Moro em seu estado natal. 


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Aliança natimorta

O ex-presidente Michel Temer continua sendo um dos expoentes do MDB na esfera nacional. Investido nessa condição, sua opinião tem relevância nos rumos do partido. A quem lhe pergunta, Michel Temer é direto: não há chance decolar a federação entre MDB, PSDB e União Brasil. Quem diz o contrário está vendendo terreno na lua. O ex-presidente tem simpatia por uma coligação com os dois partidos e, além disso, não quer aliança com o PT no primeiro turno.

Moda antiga

Diferente da grande maioria dos políticos da atualidade, o ex-presidente Lula (PT) ainda resiste a usar aplicativos de troca de mensagens difundidos no Brasil, como o WhatsApp e o Telegram.

Segundo pessoas próximas, o petista sequer tem um celular próprio. Sempre que precisa falar com aliados e auxiliares, opta por ligar usando aparelhos de terceiros ou por conversar presencialmente.

Posição

A posição de Lula é diferente da de outros ex-presidentes da República e de Jair Bolsonaro. O atual presidente costuma se comunicar ativamente com seus ministros, auxiliares e aliados por esses aplicativos. Apesar de pessoalmente não usar WhatsApp e Telegram, Lula possui canais nos dois aplicativos para distribuição de materiais e mensagens políticas. A administração é feita por seus assessores.

Grampo

Em 2016, a Lava Jato interceptou e levantou o sigilo de uma conversa telefônica entre Lula e da então presidente Dilma Rousseff (PT) no dia em que ela nomearia o petista como ministro da Casa Civil. Na época, a Lava Jato informou que o celular usado por Lula era de um de seus seguranças. A divulgação do diálogo acabou levando o Supremo Tribunal Federal (STF) a derrubar a nomeação do petista para o cargo.

Martelo batido 

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, deixou claro a aliados, nos últimos dias, estar decidido a renunciar ao cargo até 2 de abril para disputar a Presidência da República este ano. A grande questão que tenta resolver é encontrar o melhor discurso para justificar aos eleitores gaúchos o porquê de estar renunciando ao governo antes do final do mandato para o qual foi eleito em 2018.

Nó górdio 

A solução para esse problema passa necessariamente pela definição partidária de Leite. O governador, como vem mostrando a coluna, tem duas opções: o PSDB, partido ao qual é filiado desde 2001, ou o PSD. Segundo aliados, Leite tem dúvidas se seus eleitores entenderão ele deixar o governo com o argumento de que ainda tentará convencer o PSDB a trocar João Doria pelo tucano gaúcho como candidato ao Planalto.

Saídas 

Caso se filie ao PSD, a avaliação do governador é de que teria um discurso mais assertivo para o eleitor gaúcho de que estará renunciando ao cargo com um projeto presidencial já definido. 

Ao mesmo tempo, porém, Leite teme que a troca de partido reforce a tese já propagada por seus adversários no PSDB de que é um “mau perdedor” das prévias tucanas, quando foi derrotado por Doria. 

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