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Jamaxi

Tempo de semeadura 

O ex-candidato a prefeito de Rio Branco pelo PSDB em 2020, Minoru Kinpara, que disputou o pleito  com o apoio do vice-governador Major Rocha, ora vivendo uma relação tensa com o governador Gladson Cameli, na terça-feira, 17, fez uma visita ao governante em seu local de trabalho, o Palácio Rio Branco, e declarou apoio ao governador em seu projeto de reeleição em 2022.  Kimpara foi acompanhado na visita pela esposa Degmar Kinpara e do presidente estadual PSDB, Manoel Pedro, o Correinha. 

Simples assim 

O ex-candidato encaminhou entendimento político com Gladson. O teor do acerto político foi confirmado pelo Secretário de Articulação política do governo, Alysson Bestene. “Eles vieram confirmar o apoio ao governador Gladson Cameli”. Por seu turno, Minoro Kimpara foi pragmático: “Estamos no PSDB e o PSDB apoia o governo. Portanto, nós também apoiamos o governo”. 

Colhendo os frutos 

Ontem, não por acaso, foi revelado o nome da mais nova presidente do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais do Acre (IMC): vem a ser a professora Degmar Kinpara, esposa de Minoru Kinpara. A escolha, ocorrida após o encontro, foi feita pelo governador Gladson Cameli e anunciada por ele em entrevista exclusiva ao site ContilNet.

Impressões 

A nomeação deve sair na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira (19). “Ela tem muita competência e vai me ajudar na condução do IMC. Sempre tive muito respeito e admiração pelo trabalho dela e do Minoru, só que tínhamos as questões político-partidárias atravessando tudo isso”, disse o chefe do executivo.

Função precípua 

O atual presidente do IMC é o procurador do estado, doutor Érico Mauricio Pires, um dos responsáveis pela criação do SISA no Acre – Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais, por meio da lei nº 2.308, de 22 de outubro de 2010.  A Lei que instituiu o IMC foi criada com o objetivo de fomentar a manutenção e a ampliação da oferta dos serviços ecossistêmicos quanto ao carbono, à beleza cênica natural, à sociobiodiversidade, à água, ao solo, ao clima, à cultura e ao conhecimento tradicional ecossistêmico da região.

Retorno às origens 

Érico Maurício retorna à Procuradoria-Geral do Estado devido ao grande volume de demandas na instituição, ajudando, assim, a reforçar os serviços jurídicos de maior relevância, no momento, junto à administração pública estadual.

Roda mundo 

Resta lembrar que em 2020, quando Minoru postulou a Prefeitura de Rio Branco, a ação firme da deputada federal Mara Rocha e do seu irmão, o vice-governador Wherles Rocha (PSL), foram fundamentais para a manutenção da candidatura de Minoru, confrontando, inclusive, a candidata do governador, a atual secretária de Educação Socorro Nery, que se lançou à disputa pelo PSB.

O passado manda lembranças 

Indagado sobre aliança, o vice-governador Wherles Rocha (PSL) disse que acha “interessante” a decisão do líder tucano. “Eu só acho interessante que na eleição passada, quando o Minoru foi candidato a prefeito, acho que quem mais trabalhou contra a candidatura do Minoru foi o Gladson. Eu lembro que chegou a exonerar muita gente do PSDB por apoiar o Minoru. É interessante a postura hoje”, pontuou com ironia.

Outro momento 

Rocha relembrou e condenou, ainda, que em 2020, quando muitos tucanos foram demitidos do governo por declarar apoio a Minoru, o partido deixou de tomar uma postura mais dura com relação as canetadas de Cameli. “Outra coisa: até o próprio partido em muitas situações se omitiu. Eu até entendo, com medo de perder cargos, havia esse temor da retaliação que, em alguns casos, se confirmou. Mas, assim, faz parte do mundo da política”, ponderou.

Remember 

Mesmo aceitando o posicionamento político adotado por Kinpara, Rocha repisou que nas eleições municipais do ano passado, o ex-reitor só foi candidato graças à firmeza da deputada federal Mara Rocha e do apoio dele. “Na eleição passada, se não fosse a firmeza da deputada Mara Rocha e o apoio nosso, trazendo o PSL para essa aliança, acho que não seria possível a candidatura do Minoru. De resto dizer que respeito, é da democracia. O PSDB está na base. Vida que segue. Vamos ver lá na frente como isso fica”.     


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Convescote

Um jantar na terça-feira, 17, encaminhou a ida do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para o PSD de Gilberto Kassab. Hoje no DEM, o senador é a aposta do PSD para o fortalecimento de uma terceira via em meio à polarização Lula-Bolsonaro para a eleição de 2022.

Anfitrião 

Pacheco foi recebido no encontro promovido pelo deputado Domingos Neto (CE) em celebração pelo aniversário de Kassab (no último da 12). Parlamentares, prefeitos e nove dos 11 senadores do partido participaram (as exceções foram Omar Aziz e Otto Alencar). Nos últimos dias, o senador lucrou politicamente com a crise do voto impresso no Congresso e com a defesa enfática das instituições diante das ameaças bolsonaristas contra ministros do STF.

Potência 

Se a possível candidatura de Pacheco a presidente for bem-sucedida, o PSD pode se tornar a mais estruturada força de centro do País. Além das conversas com o presidente do Senado, o PSD já tem candidatos a governador em 15 Estados. No Acre o PSD dá como certo a candidatura do senador Sergio Petecão à sucessão de Gladson Cameli (PP). Em São Paulo, uma foto divulgada por Kassab em que ele aparece junto de Geraldo Alckmin, Paulo Skaf e Márcio França indica o caminho a ser seguido para 2022. 


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Indomável 

Há um certo incômodo entre alguns ministros do Supremo em relação à atuação do amortecedor Ciro Nogueira. A reclamação é que ele promete, tenta, mas não consegue segurar os (cada vez mais frequentes) arroubos de Jair Bolsonaro. 

Causa e efeito 

A alguns ministros do STF Ciro tem explicado que tem feito a sua parte, pedindo moderação ao presidente. O desconforto dos ministros da Corte é resumido assim por um deles: “Não basta nos explicar que ele pede ao presidente para baixar o tom. Se o presidente não o ouve, de que adianta? Assim, ele se desmoraliza”.

Mais do mesmo 

A propósito, ontem em viagem pelo Amazonas e Pará, Bolsonaro manteve-se no prumo. Mas hoje, quinta-feira, é dia de live — a primeira depois de ele ter prometido pedir o impeachment de Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. A expectativa é grande. Como disse um ministro do STF a um interlocutor ontem à noite: “Em geral, o Bolsonaro não decepciona nessas lives...”

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