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Teatro do absurdo

Teatro do absurdo

O vereador João Marcos Luz (PL), líder do prefeito Tião Bocalom (PL) na Câmara Municipal de Rio Branco, lançou nota pública reagindo de forma ácida ao vídeo em que o vereador Fábio Araújo (MDB) fez divulgar nas redes sociais, fingindo-se de morto para não assinar o pedido de empréstimo aprovado pela Câmara de Vereadores solicitado pelo poder municipal.

Encenação

O vídeo de Araújo faz alusão ao caso do idoso Paulo Roberto Braga, de 68 anos, que foi levado morto pela sobrinha Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, que se diz cuidadora do idoso, a uma agência bancária na cidade do Rio de Janeiro, para assinar a contratação de um empréstimo.

Censura

Na nota, o vereador João Marcos Luz diz que considera o comportamento do colega parlamentar “equivocado e lamentável”. “Considero o comportamento do vereador Fábio Araújo equivocado e lamentável, pois faz chacota com o sonho de milhares de pessoas, que é ter uma casa própria”, diz em um trecho da nota pública.

Pesos e medidas

Para relembrar, João Marcos foi o autor do projeto que deu ao ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, o título de Cidadão Rio-branquense, em fevereiro último. Em suas lives, em março de 2021 e em 6 de maio do mesmo ano, no auge da pandemia da Covid-19 no Brasil,o ex-presidente Bolsonaro, de forma abjeta, simulou pacientes morrendo asfixiados pela falta de oxigênio. Cabe resgatar que o colapso na saúde pública foi causado pela renegação à ciência promovida pelo governo de Bolsonaro, recentemente homenageado com honrarias por Marcos Luz.

Sanção

A propósito do empréstimo pleiteado pela Prefeitura de Rio Branco, ontem, sexta-feira, 19, foi divulgado no Diário Oficial a sanção do prefeito Tião Bocalom (PL) ao projeto de lei que autoriza o empréstimo de R$ 37 milhões, junto à Caixa Econômica Federal, para a construção de casas populares.

Destinação

Os recursos irão custear o programa ‘1001 Dignidades’ que prevê moradias feitas de madeira para a população sem casa própria ou que precisou deixar suas residências devido a desastres naturais, como a enchente histórica que aconteceu no início deste ano em Rio Branco.

Revisão

O projeto de lei já havia sido apreciado e aprovado na Câmara no final do ano passado, porém, voltou à pauta para readequações. Além dos R$ 37 milhões a serem emprestados à prefeitura, a gestão investirá R$ 40 milhões em recursos próprios no programa.

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Bandeira branca

O desconforto entre a deputada federal Socorro Neri e seu correligionário, Gladson Cameli, ambos do PP, parece ter sido contornado. Na última quinta-feira, 18, eles jantaram em Brasília e colocaram a termos as questões conflitantes, após tensões relacionadas à pré-disputa eleitoral em Rio Branco e Brasiléia.

O pomo da discórdia

Para resgatar, no início da semana a parlamentar entregou uma carta renunciando ao comando do PP da capital, sem explicar os motivos. Procurada pela imprensa, Neri alegou desgastes e expôs divergências com o chefe do Executivo estadual.

Postura

Segundo ela, Gladson estaria condicionando a pré-candidatura de Alysson Bestene (PP) aos termômetros das pesquisas eleitorais, nas quais o secretário de Governo aparece com poucas intenções de voto. As mensagens dúbias sobre os rumos do partido nas eleições municipais desagradaram Neri, que, publicamente, sempre deixou claro que Alysson é o plano A da legenda.

Tibieza

No início do mês, quando várias peças do tabuleiro fizeram importantes movimentações (como os apoios do União Brasil a Bocalom e do PSD a Marcus Alexandre), a executiva estadual do PP, presidida por Cameli, colocou em dúvida sua posição no jogo.

Jogo duplo

Primeiro, fez contato com o gabinete de Bocalom e pediu que este enviasse um representante à sede do partido, em um gesto de retomada do diálogo, abalado após a dramática desfiliação do prefeito. Paralelo a isso, o governador anunciou que também vai chamar Marcus Alexandre para a conversa, algo que, até o final do ano passado, era tido por Socorro Neri como “fora de cogitação”.

Ingerência

Em março, Neri já havia dado claros sinais de descontentamento ao denunciar, em um grupo no WhatsApp formado por dirigentes do PP, que o comando do partido em Brasiléia não só havia sido destituído para dar lugar ao grupo político da recém-filiada Fernanda Hassem, atual prefeita, como teve suas decisões atropeladas pela executiva estadual no que diz respeito à pré-candidatura da sigla para aquele município.

Réplica

Em nota pública, o governador respondeu de forma firme, dizendo que cabe a ele decidir os rumos da agremiação no estado e que suas decisões colocam “o bem coletivo acima dos interesses particulares”. Mesmo em aparente paz com o governador, após o jantar desta quinta, 18, Neri manteve sua decisão de sair da presidência municipal do PP e vai focar no mandato.

Incógnita

Fato é que a questão envolvendo a candidatura do PP à Prefeitura de Rio Branco ou mesmo os rumos que o partido irá tomar em relação ao apoio de uma outra candidatura continua indefinida.

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Mais do mesmo

A Polícia Federal (PF) avalia que investigados no inquérito das milícias digitais estão se reorganizando, após terem os perfis bloqueados nas redes sociais. O alerta foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). O delegado Fábio Alvarez Shor afirma que o grupo montou estrutura fora do Brasil, para escapar de novos reveses na Justiça, e vem tentando “obter a aderência de parcela da comunidade internacional com afinidade ideológica”.

Enfrentamento

O objetivo, segundo a Polícia Federal, é “impulsionar o extremismo do discurso de polarização e antagonismo aos poderes constituídos”. “Os investigados intensificaram a utilização da estrutura da milícia digital fora do território brasileiro com os objetivos de se furtar ao cumprimento das ordens judiciais e tentar difundir informações falsas”, afirma a Polícia Federal.

Suporte

As informações fazem parte de um relatório enviado ao STF na investigação que se debruça sobre as ameaças da empresa Elon Musk, dono de rede social X, de reativar perfis bloqueados por ordem judicial. Segundo a PF, a plataforma vem permitindo que contas suspensas por determinação do STF façam transmissões ao vivo.

Ação continuada

“Os investigados nunca cessaram suas condutas criminosas. No entanto, nesse momento, vislumbra-se uma reorganização da milícia digital dentro dos limites da jurisdição brasileira, com a reativação dos perfis na plataforma X, por meio da disponibilização aos usuários brasileiros de links para acompanharem lives transmitidas fora do País pelos investigados”, diz a Polícia Federal.

Estratégia

Os investigadores destacaram que o modo de agir do grupo é o mesmo do “gabinete do ódio” – impulsionamento de notícias falsas e ataques virtuais coordenados nas redes sociais para manter apoiadores mobilizados. Essas campanhas seriam organizadas às custas de “espantalhos”, ou seja, de alvos pré-determinados.

Exemplos

A PF cita como exemplos os casos da subprocuradora Deborah Duprat, que se opôs ao homeschooling, do ex-ministro Carlos Alberto Santos Cruz, que contrariou a ala ideológica do governo Jair Bolsonaro, e do ex-governador João Doria e do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia por críticas ao ex-presidente na gestão da pandemia.

Foco

“Fica evidenciado a utilização do mecanismo que tem pré-determinado seu elemento subjetivo, qual seja, a ‘destruição’ de reputações e a disseminação de notícias falsas para atingimento de um propósito.” A PF concluiu que a influência dos investigados nas milícias digitais não pode ser considerada “meramente secundária ou coadjuvante” para “induzir ou instigar a prática de infrações penais por terceiros”.

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