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Suspiro final

Suspiro final

A data de 7 de setembro está sendo tratada por aliados de Jair Bolsonaro como “a última pesquisa” antes da eleição, no dia 2 de outubro. A campanha do presidente quer dar ao evento um “caráter plebiscitário” e, por isso, deseja colocar mais pessoas nas ruas do que no passado – se a participação popular for igual, seria sinal de que algo deu errado. 

Marola 

Um dos desafios que já foram mapeados é que os efeitos do pacote de bondades, como o aumento do Auxílio Brasil e do vale gás, podem se tornar mais perceptíveis só depois da data. Por isso, ainda que digam não contar com a ajuda deles no Bicentenário, querem que pelo menos provoquem uma “onda” capaz de turbinar o presidente na reta final do 1º turno.

Volta

Uma das estratégias da campanha do presidente para tentar resgatar votos de bolsonaristas arrependidos é focar nas questões econômicas. Para eles, a rejeição de Bolsonaro se deve em grande parte à crise, enquanto a rejeição de Lula estaria mais enraizada no antipetismo, mais difícil de acionar.

Terra arrasada

A equipe de economistas que trabalha na campanha de Lula está monitorando as manobras feitas sob Bolsonaro que impliquem no aumento despesas ou na retirada de receitas do próximo governo, a exemplo da antecipação de dividendos de estatais.

Tanque vazio

“Tem gente nossa fazendo um mapeamento de todas essas questões, das heranças caóticas que o próximo governo vai receber. É uma novidade quase que por semana”, diz Guilherme Mello. 

Apologia

A médica que ganhou a alcunha de “capitã cloroquina” na pandemia, por propagandear o uso do remédio que é inútil contra a Covid, a doutora Mayra Pinheiro, será homenageada por Jair Bolsonaro com a Ordem do Mérito Médico, em evento organizado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no próximo dia 5.

Profeta

A homenagem não deixa de ser também um ato de campanha eleitoral, uma vez que Mayra é candidata a deputada federal pelo PL, o mesmo de Bolsonaro, no Ceará.

Pelas costas

O Partido Liberal (PL), sigla do presidente Jair Bolsonaro, tem comemorado o distanciamento do vereador Carlos Bolsonaro do dia a dia da campanha do pai.

Funções

Carlos de fato só tem alimentado as redes sociais do pai, conforme havia sido acordado. Não tem se intrometido na articulação política, a cargo de Flávio Bolsonaro, nem no restante da comunicação. A cúpula do PL e o marketing da campanha têm visto com alívio a contenção de Carluxo. 

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Adesão 

ACM Neto (União Brasil), ex-prefeito de Salvador e candidato ao governo do seu Estado, telefonou, ontem, para Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás e candidato à reeleição. Conversaram sobre a disposição do presidente do União Brasil, o deputado federal Luciano Bivar (PE), de retirar-se da sucessão presidencial e apoiar a candidatura de Lula.

Interesses 

Ideologia é para a militância. Para as cúpulas vale a conveniência. O foco de Lula é tentar atrair a União Brasil para a base do governo. Há uma expectativa de dirigentes partidários de que a legenda consiga eleger mais de 50 deputados. O partido de Bivar detém a maior fatia de fundo eleitoral e o maior tempo de propaganda de rádio e televisão. Para aliados de Lula, conseguir mais espaço na TV traria um impacto importante para a campanha petista e aumentaria as chances de uma definição ainda no primeiro turno. Para Bivar, importa o apoio de Lula não apenas numa eventual busca pela presidência da Câmara no ano que vem, mas também para que ele seja reeleito deputado.

Ocasião

Na mais recente pesquisa de intenção de votos Datafolha, Bivar sequer conseguiu pontuar. A candidatura dele nunca foi para valer. Era para passar o tempo à espera de uma melhor oportunidade. E ela apareceu. Lula ofereceu-se para garantir sua reeleição, e uma vez que ela aconteça, a condição de seu candidato à presidência da Câmara dos Deputados caso ele derrote Bolsonaro.

Arca recheada 

Bivar passou o dia no Recife conversando à esquerda e à direita. Esteve com o prefeito João Campos (PSB) e com Fernando Bezerra Coelho (MDB), ex-líder do governo Bolsonaro no Senado. Não só pediu apoio como ofereceu o do União Brasil, o maior partido do país, com o maior tempo de propaganda no rádio e na TV, e o mais rico. Tem 1 bilhão de reais para gastar nesta eleição.

Bem-vindo 

Para ACM Neto, secretário-geral do União Brasil, estaria de bom tamanho o apoio de Bivar a Lula, arrastando ou não o apoio informal do próprio partido. Garantiria sua eleição na Bahia. 

As pesquisas indicam que ACM deverá se eleger, mas o apoio de Lula a um candidato do PT o deixa inseguro. Quando vinculado a Lula, o candidato do PT cresce e ameaça ACM Neto.

Estratégia 

Nas negociações de Bivar com Lula poderia entrar a remoção do candidato do PT ao governo baiano ou a certeza de que Lula não se empenhará tanto para elegê-lo. Tudo é possível. Caiado não gosta da ideia de ver seu partido ligado a Lula. Ele quer manter distância de Lula e de Bolsonaro para atrair votos de eleitores dos dois, e lidera com folga as pesquisas.

Fiasco 

Em Goiás, Bolsonaro apoia a candidatura ao governo do deputado federal Major Vitor Hugo (PL), o quarto colocado nas pesquisas de intenção de voto. Esteve com ele, ontem, em Goiânia. 

Chegou de moto à sede do clube onde o deputado lançaria sua candidatura. A festa foi um fracasso de público. Bolsonaro disse as mesmas coisas de sempre e voltou a Brasília.

Topa tudo

“Bivar é um político capaz de dar voltas em qualquer um”, observa Paulo Câmara (PSB), governador de Pernambuco. Poderia dizer o mesmo de Lula que quer liquidar a fatura ainda no primeiro turno. 

Retrato

Em relação aos postulantes à presidência, o deputado federal André Janones, candidato do Avante a presidente com 2% dos votos, fechará acordo com Lula na próxima semana. Decidiu apoiá-lo sem fazer maiores exigências. Ciro Gomes, candidato do PDT, anunciou que esta será a última vez que disputa uma eleição presidencial. Disputou três e perdeu. Não consegue alcançar os dois dígitos nas pesquisas. Simone Tebet, candidata do MDB, não consegue passar nas pesquisas dos 2% das intenções de voto.

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