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Jamaxi

Será?

PT e PSDB, que polarizaram a vida política nacional até o golpe contra Dilma Roussef em 2016, quando os tucanos perderam importância e ficaram numa postura subalterna, podem sentar à mesa e abrir conversações para derrotar Jair Bolsonaro. 

Diálogo 

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou ao jornal O Estado de S.Paulo que “se depender de mim, vamos trabalhar para isso. Sou a favor de que a gente coloque o Brasil acima das nossas divergências políticas secundárias”. Também ao Estadão, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse que “da minha parte estou aberto a conversar. 

Pacificação 

É necessário. Na minha concepção, é preciso definir quem é o inimigo principal. Se é o Bolsonaro, como a gente ganha dele?”. Lideranças dos dois partidos já admitem estar juntas no segundo turno da eleição presidencial de 2022. Articula-se uma reunião entre Lula e FHC, sem data por enquanto.

Conteúdo 

As declarações de Rui Costa e FHC foram publicadas nesta segunda-feira (22). Para o ex-presidente, além de discutir como derrotar Bolsonaro nas eleições de 2022, é preciso dialogar sobre programa: “ganhar para fazer o quê? Essas são as duas questões postas”. 

Momento crítico 

Para Rui Costa, a eleição de 2022 terá características especiais que justificam o diálogo com o PSDB: “Estamos tratando de um projeto de salvação nacional. A lógica da disputa da eleição no Brasil será semelhante à dos Estados Unidos. É a democracia contra a barbárie e o ódio. A sociedade do bem vai prevalecer contra a lógica miliciana de condução do País.”

Simpatia é quase amor!

O descongelamento das relações entre os dois partidos tem acontecido no âmbito do Fórum dos Governadores, onde petistas e tucanos têm se apoiado mutuamente e até trocado elogios.

João Doria, que se elegeu em São Paulo com o “Bolsodoria” e com ataques violentos ao PT, abriu mão de sua política eleitoral e defendeu a escolha do governador Wellington Dias (PT), do Piauí, como coordenador das discussões o combate à pandemia no Fórum de Governadores.

Força aglutinadora 

A relação entre os governadores se estreitou ainda mais após Bolsonaro acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação de inconstitucionalidade para tentar derrubar os decretos de restrição de locomoção de pessoas adotados pelos governadores do Distrito Federal, da Bahia e do Rio Grande do Sul para combater o coronavírus.


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Tragédia 

Hecatombe significa uma “destruição ou desgraça em grande escala”. E é o termo usado pelo médico, neurocientista e professor catedrático da Universidade Duke (EUA) Miguel Nicolelis para descrever a situação do Brasil em meio à pandemia da Covid-19. Segundo ele, se não forem implementadas medidas restritivas imediatamente, o Brasil deve alcançar a marca de 500 mil mortes em julho. Segundo o ex-coordenador do Comitê Científico do Consórcio Nordeste para a Covid-19, além do colapso sanitário, já ocorre um colapso funerário.

Tsunami 

“A explosão de forma sincronizada em todo o Brasil é decorrente das eleições (municipais, em novembro) e das aberturas indiscriminadas. Com as festas natalinas e o carnaval, explodiu de vez. Como medidas mais rígidas não aconteceram, infelizmente as previsões se concretizaram, e chegamos a um colapso. Hoje é difícil prever qual vai ser a taxa de óbitos daqui a duas, três semanas. A gente não consegue ver limite ou pico”, diz Miguel Nicolelis.

Leitura 

O jornal Folha de S. Paulo contratou uma pesquisa do seu instituto Datafolha e em reportagem publicada nesta segunda-feira, 22, a Folha informa que 57% dos brasileiros considerariam justa a condenação de Lula, sem informar que a absoluta maioria dos juristas do Brasil e do mundo já divulgou manifestos contra a prisão política do ex-presidente. 

Omissão 

A Folha também não informou que líderes globais de vários países, como os presidentes da Argentina e do México, Alberto Fernández e López Obrador, assim como o senador estadunidense Bernie Sanders, entre vários outros líderes globais, comemoraram o fim das condenações arbitrárias do ex-presidente, que tiveram como única finalidade retirá-lo da disputa de 2018, abrindo caminho para a vitória de Jair Bolsonaro.

Leitura 

A soldo do jornal Folha de S. Paulo, o instituto de pesquisa Datafolha divulgou que a maioria vê o ex-presidente Lula culpado no caso do tríplex e reprova a decisão do ministro Edson Fachin, do STF, que anulou condenações do petista.

Dados 

Segundo o Datafolha, para 57% dos pesquisados estes dizem que foi “justa” a condenação dada pelo ex-juiz Sergio Moro a Lula no âmbito da Lava Jato, enquanto, na mesma pesquisa, 51% consideram que Fachin agiu “mal” ao declarar incompetente a 13ª Vara Federal de Curitiba.

Desejo íntimo 

A Folha cravou o seu desejo na conta dos pesquisados do Datafolha ao afirmar que “51% não querem petista candidato”. No entanto, o Datafolha não fez a pergunta cuja resposta correta vale um milhão de dólares: ‘você acha justo condenar alguém sem provas?’

Detalhes 

Além do foro ser incompetente, ex-presidente Lula foi condenado sem provas. Quando existiu provas [em um grampo] de que o tríplex não era do petista, segundo a Operação Spoofing, os procuradores esconderam essa informação dos autos.

Retrato 

Portanto, a sondagem do Datafolha tem objetivo de dar ordem unida a banqueiros e barões da mídia. É mais uma torcida do capital especulativo do que uma realidade. O Datafolha foi realizado nos dias 15 e 16 de março. Foram entrevistadas 2.023 pessoas, e a margem de erro é de dois pontos, para mais ou menos.

Retrato 

Já o instituto Paraná Pesquisas afirma nesta segunda-feira (22/3) que é um “mito” a polarização política entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula. Ao menos nas torcidas. O instituto apurou que apenas 28% dos entrevistados se consideram bolsonaristas ante 23% se assumem como lulistas. 

Muito pelo contrário 

A Paraná Pesquisas assegura que 46% se declaram “nenhum dos dois”, ou seja, nem bolsonaristas nem lulistas e 4% não souberam responder. A sondagem da Paraná Pesquisas ouviu 2.100 pessoas de 26 estados e o Distrito Federal entre os dias 15 e 19 de março de 2021. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Ponto importante 

Fato é que ao se ler corretamente o resultado de uma pesquisa de opinião é preciso responder antes de tudo uma pergunta: a quem ela serve. Mais grave do que isso, a Folha não fez uma pesquisa eleitoral com Lula na disputa presidencial, ao contrário do que fizeram a Fórum e o instituto Data Poder 360. Nos dois levantamentos, Lula foi apontado como o candidato com a menor rejeição e com maiores chances de derrotar o neofascismo bolsonarista.

Fotografia real 

Se a eleição fosse hoje o ex-presidente Lula venceria Jair Bolsonaro no segundo turno e ficaria à frente já no primeiro em um cenário mais concentrado com apenas quatro candidatos, sendo os outros dois Ciro Gomes e João Doria. É o que mostra a 8ª edição da Pesquisa Fórum, realizada entre os dias 11 e 15 de março, em parceria com a Offerwise. Num eventual segundo turno Lula teria 38% e Bolsonaro 33.8%.

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