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Repúdio

Repúdio

Em nota distribuída à imprensa e à comunidade judaica no Brasil, o deputado Coronel Ulysses (União/AC) manifestou total repúdio e indignação à decisão do governo Lula de apoiar ação da África do Sul em ação na Corte Internacional de Justiça – em Haia, na Holanda – contra Israel por suposta prática de genocídio no conflito com o grupo terrorismo Hamas.

Posição

Reafirmando-se cristão e quem jamais renunciou sua fé, Ulysses expressa que, “o desgoverno, que tomou de assalto nosso País, se posiciona de inadequada em relação conflito no Oriente Médio”. Além de censurar a postura do governo brasileiro no conflito, Ulysses ainda condena “os de barbárie cometidos [pelos terroristas do Hamas] contra indefesos e inocentes cidadãos israelenses”. Para o deputado, o governo de Israel apenas exerce o seu direito de defesa contra a agressão terroristas.

Estopim

Relembra o deputado na nota que no dia 7 de outubro do ano passado, um sábado, Israel sofreu um ataque sem precedentes por ar, mar e terra lançado pelo grupo palestino Hamas, que combinou a infiltração de terroristas armados em território israelense, lançamento de foguetes e tomada de reféns. O ataque causou centenas de mortos e mais de 2 mil feridos. A ofensiva terrorista é comparada ao trauma dos atentados de 11 de Setembro de 2001, quando os Estados Unidos foram surpreendidos por terroristas islâmicos que deixaram milhares de mortos.

Simbolismo

Cita, ainda, Ulysses, que o ataque, durante a festividade judaica de Simchat Torah, ocorreu 50 anos e um dia depois da Guerra do Yom Kippur, considerada o último grande episódio que ameaçou a existência de Israel. Na ocasião, forças egípcias e sírias lançaram uma ofensiva durante o feriado judaico do Yom Kippur, em um esforço para recuperar território que Israel havia tomado durante a Guerra dos Seis Dias, travada em 1967.

Mais repúdio

Na nota, Ulysses ainda rechaça, o que chamou de “insana e maliciosa”, as declarações do ex-governador Jorge Viana, do PT, sobre Jesus Cristo. Em entrevista que circula nas redes sociais, o ex-governador vincula Jesus Cristo ao comunismo. Ulysses ressalta que “sua fala é desrespeitosa ao acusar Jesus de Rebelde e ao afirmar que os cristãos são ‘bestas’”.

Argumentos

Ulysses também destaca, na nota, que as principais repúblicas comunistas do antigo Leste Europeu, historicamente, perseguiram os povos cristãos, e buscaram, a todo custo, extirpar o Cristianismo da sociedade. Cita, por exemplo, que “na atual China Comunista de Xi Jinping [presidente daquele país] iniciou-se em 2022 uma repressão sem precedentes aos cristãos”.

Moção

Por fim, Ulysses informa que, com o apoio de outros deputados, protocolou Moção de Repúdio para que a Câmara dos Deputados se manifeste o mais rápido possível contrariamente ao apoio do governo brasileiro à denúncia da África do Sul [contra Israel] na Corte Internacional de Justiça, organismo vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU).

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Fazendo o L

Só falta o presidente do PL, partido que abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro, Valdemar Costa Neto fazer o L com os dedos da mão. O resto, ele já fez. O presidente do PL irritou, ontem, a base bolsonarista ao rasgar elogios a Lula. Para Valdemar, o petista é um “fenômeno” e “um camarada do povo, completamente diferente do Bolsonaro”.

Simpatia

Vale recapitular momentos pretéritos em que Valdemar se uniu ao atual presidente ou fez vista grossa aos deputados do PL que apoiaram Lula. E foram muitos momentos. O PL é onde se encontram filiados Jair e Michelle Bolsonaro. Os dois recebem uma bolada do fundo partidário para atuar como garotos propaganda do partido.

Investida

Se não fosse por Bolsonaro, Valdemar estaria caidinho na do Lula. Os dois ensaiaram uma aliança, no início do governo Lula 3, em troca da indicação de Valdemar para postos no Senado. A reação bolsonarista pôs fim aos planos do petista de seduzir o PL.

A fórceps

A expectativa de formar um batalhão de prefeitos no rastro do bolsonarismo obriga Valdemar a seguir unido ao ex-presidente. O PL espera eleger mais de 1,5 mil prefeitos neste ano, o que levaria a eleição de mais deputados federais daqui a dois anos, e quanto mais político eleito, mais grana do fundo partidário. É tudo business para o chefão do PL.

Lembranças

Ocorre que Valdemar se apega às boas lembranças dos tempos em que era unido ao petista e se esquece das ruins. Uma época em que indicou o empresário José Alencar como vice de Lula na primeira eleição presidencial vencida pelo PT, em 2002. Valdemar conseguiu emplacar o vice-presidente e também Anderson Adauto para comandar o Ministério dos Transportes.

Fechado

Quatro anos depois, em 2006, o PL publicou carta com apoio incondicional à reeleição de Lula. Valdemar tinha passado por maus bocados um ano antes. Se viu obrigado a renunciar ao mandato de deputado federal, em agosto de 2005, para escapar da cassação após admitir recebimento de Caixa 2 do PT. Era o tal escândalo do mensalão, a compra de apoio parlamentar que sempre foi negada pelo Valdemar.

História

Na vez de Dilma Rousseff presidente, em 2010, lá estava ao lado do PT, de novo, o PL. Fato que se repetiu em 2014, na reeleição da presidenta petista. O clima só começa a azedar a partir da queda da Dilma, quando o PL apoia seu impeachment para se tornar, em seguida, base do governo Michel Temer, o vice mais traíra da República. Não era nada pessoal contra a Dilma, era só business.

O jogo do poder

Antes da eleição de 2022, Lula e Valdemar se reuniram em um hotel de Brasília. O PL foi um dos primeiros partidos procurados para compor uma aliança com o atual presidente. Jair Bolsonaro ainda não era da legenda, mas estava com um pezinho ali. Valdemar não tinha escolha, sentia-se encurralado pelos deputados do PL. “Se eu for com você, perco deputado, se eu for com Bolsonaro, eu ganho deputado”, – avisou ao Lula.

Racha

Apesar do PL ser o partido que abriga Bolsonaro e se declarar de oposição, cerca de 30 dos seus 99 deputados votam vez ou outra com Lula, além de negociarem emendas parlamentares com o governo. Claro, com aval e vista grossa de Valdemar.

Trair e coçar...

Exemplos de traíragem do PL à oposição são recorrentes. O projeto de taxação dos super-ricos teve 12 votos favoráveis do Partido Liberal. A medida provisória que reestruturava os ministérios do governo Lula contou com 7 votos dessa legenda. Na aprovação da reforma tributária, foram 20 votos do PL. Outros 16 votos para a medida provisória do governo que aumentava em 9% os salários de servidores públicos federais. E assim segue o jogo. Por mais que as lideranças do PL façam cara de bravo, eles deixam a bola rolar. Business, colega.

Precocidade

Valdemar é um dos maiores líderes do centrão, não apenas do PL. Apelidado de “Boy” no início de sua carreira política em Mogi da Cruzes, aos 28 anos ele já era chefe de gabinete de seu pai, Valdemar Costa Filho, então prefeito da cidade. Promovido a secretário de Obras, Viação e Serviços Urbanos, Valdemar se tornou nome poderoso antes de completar 30 anos. O Boy deixava o pai orgulhoso.

Currículum

Foi o Boy que apresentou uma modelo sem calcinha ao então presidente Itamar Franco na Sapucaí durante desfile de carnaval. Um escândalo que levou à ameaça de mais um impeachment. Foi o Boy que acabou denunciado no Conselho de Ética da Câmara pela própria ex-esposa como um corrupto de mão grande capaz de perder 500 mil dólares num cassino do Uruguai.

Marcas

Foi o Boy que parou no xilindró por receber grana do mensalão. Perdeu direitos políticos, mas se manteve relevante graças ao PL, um partido de um cacique só. Esse Boy tem como marca sempre se aliar a quem está no poder. Se o inelegível Jair Bolsonaro não render o que promete na eleição municipal, não será surpresa ver o Boy correr de volta para os braços de Lula.

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