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Repúdio

Repúdio

A Câmara Temática de Culturas Ayahuasqueiras, órgão do Conselho Municipal de Cultura de Rio Branco, ontem, 12, veio à público expressar repúdio ao ex-deputado e dirigente estadual emedebista João Correia, que num programa veiculado pela repetidora da TV Cultura, a TV Rio Branco, na segunda feira, 11, apresentado pelo jornalista Evandro Cordeiro, expressou que a Ayahuasca contém substâncias alucinógenas. 

Conceito equivocado 

No dizer da Câmara, comparar a bebida Ayahuasca a droga ou entorpecente demonstra profundo desconhecimento sobre o assunto e ainda desrespeito e ideias preconceituosas em relação a uma cultura indígena milenar, originária da terra amazônica; relembra, também, que existem milhares de pessoas de bem que fazem uso da bebida, conhecida como Daime e Vegetal.

Palpite infeliz 

Repisa a associação que dentre as pessoas que fazem uso de Ayahuasca no Estado encontram-se profissionais da mais alta índole e reputação ilibada que trabalham no Sistema de Segurança Pública, a exemplo de Desembargadores, Juízes, Promotores e Policiais, prestando relevantes serviços à sociedade, justamente combatendo o uso e o tráfico de drogas, a corrupção e outros males que assolam a sociedade.

História 

Finaliza dizendo que “Desde a década de 1960, um dos fundadores de uma dessas religiões ayahuasqueiras assegurou, em documento público, que todos os filiados da sua religião que tivessem mais de 60 dias como efetivo estavam isentos de alcoolismo e outras condutas perniciosas à formação moral do homem. E é isso que se vê em quem faz uso sério de Ayahuasca”.

Em nome do pai

Ontem, terça feira, 12, o Diário Oficial do Estado trouxe a nomeação na Secretaria de Turismo e Empreendedorismo do Turismólogo Marcos Luiz Chiquito de Lima, em Cargo Comissionado (CEC) 5. Marcos é filho presidente da Assembleia de Deus do 1º Distrito, pastor Luiz Gonzaga.

“Mim dê papai”

O ato, que para a maioria dos mortais representaria nestes tempos bicudos a sorte grande, inusitadamente, foi renegado pelo rebento do religioso, chegando a imprensa a versão que “a nomeação não obedece a interesses da denominação religiosa”. Foi-se ver, a decisão tem fundo político, vez que o jovem pleiteia cargo nas eleições de outubro próximo e não quer ligação com a senadora Mailza Gomes (PP), ‘dona’ da secretaria de Turismo estadual. Agora, resta descobrir quem teve a ideia de nomear o guapo, que, de pronto, esnobou o mimo bancado com o dinheiro do contribuinte. 

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Apresentando armas 

Ontem a imprensa nacional repercutiu que as Forças Armadas aprovaram pregões para a compra de 35.320 comprimidos de um medicamento usado, normalmente, para tratamento de disfunção erétil, conhecido como Viagra. Os dados estão disponíveis no Portal da Transparência e no painel de preços do governo federal e foram compilados pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO).

Descalabro 

O parlamentar solicitou ao Ministério da Defesa explicação sobre os pregões. “No início do mês tivemos um reajuste alto no preço dos remédios, os hospitais sofrem com a falta de medicamentos e Bolsonaro e sua turma usam dinheiro público para comprar o ‘azulzinho’. É um tapa na cara dos brasileiros”, disse pelo Twitter.

Mais aberrações 

A propósito, o deputado Elias Vaz, e o senador Jorge Kajuru, do Podemos do mesmo estado, pedirão investigação ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Ministério Público Federal (MPF) para determinar por que o Exército comprou 60 próteses penianas infláveis no valor de R$ 3,5 milhões.

Pesos e medidas 

O Portal da Transparência e o Painel de Preços do governo federal apontam que foram feitos três pregões eletrônicos no ano passado para comprar os produtos, cujo comprimento varia entre 10 e 25 centímetros.

Vale quanto pesa 

O primeiro pregão teve a compra de dez próteses, autorizada no dia 2 de março de 2021, no valor de R$ 50.149.72 cada, para o Hospital Militar de Área de São Paulo. O fornecedor foi a empresa Boston Scientific do Brasil LTDA.

Reforço 

Um segundo certame estabeleceu, no dia 21 de maio de 2021, a aquisição de 20 próteses, ao custo de R$ 57.647,65 cada, para o Hospital Militar de Área de Campo Grande (MS). A empresa fornecedora foi a Quality Comercial de Produtos Médicos Hospitalares LTDA.

Homem ao mar 

A maior parte dos comprimidos, 28.320 comprimidos, são destinados a Marinha. Outros cinco 5 mil comprimidos foram aprovados para Exército e outros 2 mil, para Aeronáutica.  O remédio também é usado no tratamento da hipertensão arterial pulmonar. 

Vida mais ou menos 

Na semana passada, um outro levantamento feito pelo deputado Elias Vaz mostrou que as Forças Armadas consumiram, no período entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022, na gestão do ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, apenas em filé mignon, 557,8 mil quilos, para atender aos comandos da Marinha, da Aeronáutica e do Exército. Outras compras foram feitas, em valores bem menores, para custear remédios para calvície.

Investigação 

A propósito da farra com o dinheiro público no âmbito das Forças Armadas, o deputado federal Bira do Pindaré (PSB-MA) começou, ontem, terça-feira (12/4), a colher assinaturas para instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) a fim de investigar o inusitado das aquisições de medicamentos de órgãos vinculados ao Ministério da Defesa e os respectivos indícios de superfaturamento nas compras.

Elevando o debate 

São necessários 171 signatários para que o requerimento seja encaminhado à Presidência da Câmara dos Deputados. O parlamentar sugeriu chamar o colegiado de “CPI do Viagra”. No requerimento, Pindaré afirma que há “inegável” relevância constitucional e legal na instalação da comissão e que o pedido decorre das “mais elementares premissas que devem reger a administração pública”.

Pormenorizando

“A exemplo disso, a nova Lei de Licitações, que em atenção ao princípio da eficiência e da moralidade, estabelece expressamente que os itens de consumo adquiridos para suprir as demandas das estruturas da administração pública deverão ser de qualidade comum, não superior à necessária para cumprir as finalidades às quais se destinam, vedada a aquisição de artigos de luxo”, defende o deputado.

Escárnio 

Além disso, segundo o congressista, a “relevância social resta indiscutível, notadamente pela situação econômica do país, agravada pela escalada inflacionária”. “Se impõe à população brasileira mais pobre se alimentar de ossos e carcaças, enquanto os cofres públicos financiam banquetes regados à picanha, filé mignon e cerveja”, completa. 

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