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Prioridades

A cidade de Bauru, município brasileiro do interior do estado de São Paulo, cidade mais populosa do Centro-Oeste paulista que em 2020 somava 379.297 habitantes, recebeu do senador acreano Márcio Bittar (MDB) aporte de recursos na ordem de R$ 300 mil, via emenda parlamentar, ferramenta esta que possibilitar o direcionamento de recursos do orçamento público pelos membros do Congresso Nacional para finalidades públicas, geralmente relacionada ao interesse temático e eleitoral de cada parlamentar.

Bauru agradece

Por conta da ação, a prefeita da cidade paulista, jornalista Suéllen Rosim (Patriotas), fez publicar em sua rede social agradecimento ao parlamentar acreano e também àqueles que carrearam recursos para a rica cidade paulista. “Agradeço a todos os Deputados (as) e Senadores (as) que via emendas puderam enviar recursos para a saúde em Bauru. Os recursos são para custeio e equipamentos e já constam no FNS (Fundo Nacional de Saúde)!”. 

A diferença é grande...

No mês de maio o senador acreano já houvera sido notícia na imprensa nacional por ter destinado R$ 20 milhões para uma pequena cidade goiana chamada Gameleira de Goiás, (GO). O município tem 3,8 mil habitantes e está localizado a pouco mais de 200 quilômetros de Brasília (DF). Na contramão das prioridades de Bittar, eleito com o voto dos acreanos, até a presente data não foi noticiado que o parlamentar tenha sido magnânimo em direcionar recursos para os paupérrimos municípios acreanos, como, por exemplo, Santa Rosa do Purús, listado pelo IBGE como um dos municípios de menor IDH (Indíce de Desenvolvimento Humano) do país. 

Estratégia   

O gesto extremo e estratégico de Omar Aziz (PSD-AM), político experimentado, tira momentaneamente o foco de algo preocupante para o ‘G7’ e a oposição: para além de depoimentos, a CPI da Covid tem dificuldade em avançar em investigações que tragam à luz fatos relevantes. 

Percalço

Aziz deu um tapa no tabuleiro em partida encalacrada, com o ‘G7’ enredado na trama um tanto bizarra protagonizada por um cabo da PM-MG e que tem como coadjuvantes, entre outros, um reverendo, um tenente-coronel e, agora, um bode expiatório, Roberto Dias.

Freio

A prisão foi estratégica por criar sensação de “vitória” e sinalizar que ninguém está para brincadeira. Também dá tempo de o ‘G7’ redefinir caminhos e parar de girar em falso na plantação dos depoimentos.

Basta

Presidente da CPI, Aziz disse: “Os depoentes que vierem a partir de agora vão ter mais cuidado. Não vou tolerar perjúrio”.

Basta 2

Aziz havia dito, em jantar na sua casa, que não aceitaria mais mentiras na comissão. Segundo relatos, estava indignado. Perdera na véspera mais um amigo para a covid-19.

A ver

Para outros senadores, contudo, a consequência é que os próximos depoentes chegarão munidos de habeas corpus e ficarão em silêncio total.

Ação

Quem tem larga rodagem em CPIs, porém, lembra que depoimentos são só a face “midiática” das comissões: quebras de sigilo, análise de documentos e sólida equipe de técnicos costumam promover resultados mais concretos.

Fase ruim

A última grande vitória da CPI foi o depoimento dos irmãos Miranda, com o ponto marcado na última hora pela senadora Simone Tebet. Desde então, só bola nas costas.

Esperança

Governistas comemoraram o fato de que não foram todos os independentes e oposicionistas que concordaram com a decisão de Omar Aziz.

Juntos

Otto Alencar (PSD-BA) discordou da prisão, mas disse ver divisão futura. “Teve mérito para a prisão, mas antes interrogamos uma corporação de criminosos e ninguém foi preso”, disse o senador.

Sem…

Antes de nomes, temas: reunidos em Brasília, os nove partidos que iniciaram entendimentos na busca de uma candidatura presidencial de centro decidiram por um posicionamento comum contra a reforma tributária proposta pelo governo Bolsonaro.…mais impostos

Segundo participantes da reunião, o presidente está propondo o aumento da carga tributária e a consequente punição ao setor produtivo e à classe média. Baleia Rossi (MDB), Roberto Freire (Cidadania) e ACM Neto participaram do encontro.

Diagnóstico 

Em entrevista ao site Metrópoles, o ex-ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta fez duras críticas ao trabalho realizado por militares da ativa nomeados para cargos administrativos da pasta da Saúde — órgão que chefiou de janeiro de 2019 até abril de 2020. O ex-deputado federal pelo DEM afirmou que “praticamente a totalidade dos que foram fazer uma intervenção militar no Ministério da Saúde não tinham preparo para o assunto”.

Partícipes 

Mandetta disse que há “uma relação direta entre a ocupação militar burra [do Ministério da Saúde] com as mortes [que poderiam ter sido evitadas com a vacinação mais célere]” (confira a partir de 11’50”). “Os militares não são cúmplices, são coautores”, afirmou. “No episódio desse Roberto [Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde] eu só escuto coronel fulano, general não sei o quê. Eles são os responsáveis, sim. Eles mandaram membros da ativa do Exército para cumprir essa missão. E me parece que essa missão está eivada de vícios”, destacou  Regras

O ex-ministro defendeu a aprovação de uma legislação que determine que militares só possam assumir cargos públicos civis após deixarem formalmente as forças às quais são vinculados. “Não dá para ficar nesse limbo”, avaliou. “Somando salários. E isso incorpora para a aposentadoria. Quer dizer, uma coisa mesquinha”, completou 

Panorama 

Na última quarta-feira (7/7), o ministro da Defesa, Walter Braga Neto, e os comandantes das Forças Armadas divulgaram nota em repúdio a declarações do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM). Aziz disse, durante a sessão para ouvir Roberto Dias, que “há muitos anos o Brasil não via membros do lado pobre das Forças Armadas envolvidos em falcatrua dentro do governo”. Na nota, Braga Neto e os comandantes afirmaram que o parlamentar desrespeitou as Forças Armadas e que “não aceitarão qualquer ataque leviano”.

Significado 

Para Mandetta, o texto é uma ameaça. O ex-ministro classificou a manifestação como “desproporcional e extremamente agressiva ao Senado da República”. “Foi uma ameaça. O Brasil está um barril de pólvora, com álcool, palha, gasolina, e o Bolsonaro está querendo fumar. Todo dia ele fala que não vai ter eleição, que a urna não presta, que é o meu Exército”, assinalou o ex-titular da Saúde.

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