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Postura

Postura

Tão logo o resultado final das eleições ocorridas ontem, 30, foram anunciados, o governador Gladson Cameli (PP) foi às redes sociais cumprimentar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), destacando, antes de tudo, o desempenho dos juízes eleitorais, mesários, fiscais e, principalmente, a ação cidadã dos eleitores acreanos pela votação pacífica e ordeira, em mais uma clara demonstração de respeito à democracia.

Vontade popular 

Arraigado aos ditames da democracia, Gladson salientou que, embora partidário da reeleição de Jair Bolsonaro (PL), aos representantes do povo, como é o seu caso, cabe a missão de compreender e respeitar a vontade popular. Por isso, em nome do povo acreano, cumprimentou Luiz Inácio Lula da Silva pela sua eleição ao cargo de presidente do Brasil a partir de 2023.

Causa maior 

Finalizando, disse estar pronto para trabalhar em harmonia com o governo federal buscando o entendimento e a superação dos vários desafios que o estado do Acre enfrenta. Dessa forma, renova o compromisso de trabalhar para o benefício das pessoas e acima dos interesses políticos.

Apoio 

A postura de Gladson rendeu-lhe comentários positivos, com alguns internautas frisando que se o presidente Bolsonaro tivesse o seu comportamento durante a pandemia, seria reeleito sem problemas e que essa é uma postura de um verdadeiro governante, vez que, independente do resultado, o maior interesse é a busca de melhorias para o povo.

Posição 

Ainda em relação ao pleito de ontem, 30, o senador eleito Alan Rick (UB) marcou sua posição sobre o plebiscito. Na campanha Alan já havia dito que seria oposição no caso de eleição do ex-presidente Lula (PT). Com a confirmação do resultado, o parlamentar reafirmou que estará no lado oposicionista no Senado da República a partir de fevereiro de 2023.

Verbalização

“Vivemos em uma democracia, a escolha do povo é soberana, mas eu serei oposição ao presidente eleito. Foi uma votação muito apertada nacionalmente e o Acre deixou claro que não compactua com a política esquerdista de Lula, dedicando mais de 70% dos votos válidos ao presidente Bolsonaro”,  disse Alan Rick. 

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Aprofundamento 

Eleito para um inédito terceiro mandato neste domingo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou durante a campanha à Presidência da República um plano econômico recheado de intenções, mas com poucos detalhes de como chegar aos seus objetivos. De decisões urgentes como a manutenção do pagamento do Auxílio Brasil — que deve voltar a se chamar Bolsa Família — de R$ 600 mensais ao prometido aumento real do salário mínimo, os desafios chegam a questões estruturantes, como a retomada dos investimentos públicos.

Tarefas

Muito criticado pela falta de detalhamento de seus planos econômicos, Lula não indicou quem será seu ministro da Fazenda e nem outros integrantes da equipe. Entre as medidas iniciais, o presidente fala num plano emergencial para os primeiros cem dias de governo, composto por ações como as de combate à fome. O ex-governador do Piauí Wellington Dias, um dos principais auxiliares do petista, afirma que a “missão” será reconstruir o país.

Missão 

Em seu primeiro discurso após a vitória, Lula sinalizou sobre o trabalho hercúleo que lhe espreita: “Será preciso pacificar o país, trabalhar pela estabilidade e previsibilidade com um projeto que terá medidas emergenciais, pela grave e ampla crise instalada, mas principalmente um plano estratégico baseado nos eixos pactuados com amplos setores da sociedade e apresentados ao país, com metas de curto, médio e longo prazo — afirma, acrescentando: — Isso para criar um ambiente de confiança, reatar laços com o mundo e permitir o mais rapidamente possível o equilíbrio das contas públicas e a retomada do crescimento econômico e social em bases seguras”.

Coalizão nacional 

Ontem, no discurso logo após a confirmação da vitória, Lula reafirmou que seu governo “não será um governo do PT”, mas sim um pacto com amplos setores da sociedade, como já indicava “a frente ampla pela democracia” que se montou na campanha do segundo turno: “Não faremos um governo do PT, faremos um governo do povo brasileiro”, disse o presidente eleito.

Salário mínimo 

Lula promete pagar além do valor fixado para o Auxílio Brasil de R$ 600,00, um adicional de R$ 150 por criança. O presidente também tem entre suas prioridades o reajuste real do salário mínimo, ou seja, acima da inflação. Pela regra avaliada pelo entorno do presidente eleito, o aumento seria de 1,3% acima do indicador. A inflação prevista para este ano é de 5,6%. Dessa forma, o salário subiria 6,9%, de R$ 1.212 para R$ 1.296.

Questões legais 

Mas antes mesmo da posse, será preciso negociar com Congresso Nacional, com objetivo de ampliar gastos a partir de 2023. A proposta já tem sido chamada de PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da “reconstrução nacional” e deve driblar o teto de gastos para ampliar as despesas.

Entendimento 

No que diz respeito ao reajuste do salário mínimo, Lula também precisará negociar esse valor com o Congresso Nacional, já que cada R$ 1 de aumento no mínimo representa R$ 380 milhões a mais de gastos públicos — já que o piso nacional é referência de milhões de aposentadorias, pensões e benefícios.

Tributos 

No campo das reformas, Lula desenha uma mudança tributária fatiada, na qual só há mais clareza sobre a proposta para o Imposto de Renda. A intenção petista é reajustar a tabela do IR, tributar lucros e dividendos e criar uma nova faixa. A ideia é ampliar a faixa de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil — hoje, são R$ 1.903,98. Lula ainda estuda uma reforma administrativa focada na digitalização de serviços e sistema de análise de desempenho de funcionários públicos.

Adequação 

Durante a campanha, Lula chegou a falar em “revogar” a reforma trabalhista aprovada em 2017, mas mudou de tom e passou a falar em mudanças mais pontuais. Uma dessas mudanças é sobre o tratamento a trabalhadores de aplicativos, como motoristas e entregadores.

Ação conjunta 

Em carta divulgada na quinta-feira, Lula fala num “amplo debate tripartite” (governo, empresários e trabalhadores) para construir uma nova legislação trabalhista “que assegure direitos mínimos”. A principal dúvida no momento recai sobre a nova regra para as contas públicas. Lula já falou diversas vezes que acabará com o teto de gastos, principal regra fiscal do país e que trava as despesas federais acima da inflação. O que o novo governo vai propor para substituir o teto, porém, ainda não foi definido.

Teto de gastos 

Hoje, duas propostas para substituir o teto são consideradas entre os economistas e políticos que assessoram Lula. Uma das alternativas é retomar a meta de superávit primário, diferença positiva entre receitas e despesas que precisa ser perseguida pelo governo.

Nova metodologia 

Uma novidade é que haveria não só um valor fixo para meta de superávit (ou déficit, dependendo do cenário econômico) como também bandas que permitam ajustar a regra de acordo com os ciclos da economia. Por esse modelo, haveria uma meta de resultado primário (receitas menos despesas, descontado o pagamento dos juros da dívida) e uma banda no qual o resultado poderia flutuar. 

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Feito 

A imprensa internacional destacou entre a noite deste domingo (30) e a manhã desta segunda-feira (31) a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que derrotou Jair Bolsonaro (PL) em segundo turno.

Repercussão 

As manchetes trataram a volta de Lula ao poder como “impressionante”. New York Times, dos Estados Unidos: “Brasil expulsa Bolsonaro e traz de volta o ex-líder de esquerda Lula”; The Guardian, do Reino Unido: “Eleições no Brasil: Lula triunfa sobre Bolsonaro em retorno impressionante”; Clarín, da Argentina: “Em uma disputa voto a voto, Lula volta à Presidência 12 anos depois”; Le Figaro, da França: “Lula, a vida extraordinária do incansável campeão da esquerda brasileira”; El País, da Espanha: “Lula após vencer eleições: ‘Tentaram me enterrar vivo e aqui estou”; Diário de Notícias, de Portugal: “Lula volta à Presidência do Brasil 12 anos depois, para um país dividido”; La Repubblica, da Itália: “O Brasil volta a escolher Lula: é a terceira vez”; Japan Times, do Japão: “Lula conquista por pouco a Presidência do Brasil em retorno impressionante”.

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