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Possesso

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O presidente Jair Bolsonaro questionou ontem, sexta-feira, 27, pesquisa Datafolha que apontou uma ampliação da vantagem de seu principal adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e considerou uma “canalhice” os dados que apontaram uma divisão do eleitorado evangélico entre os dois adversários.

Mais do mesmo 

Na live semanal realizada pelas redes sociais, Bolsonaro também voltou a carga de ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e acusou as medidas de combate às chamadas fake news de tentativas de levar os cidadãos a uma “prisão fora da cela”.

Mundo factual 

Bolsonaro insinuou que o Datafolha estaria atuando de forma parcial. “Será que o Datafolha está jogando, fazendo tabelinha com uma instituição por aí que diz que lá tudo é inexpugnável? O que está acontecendo?”, disse o presidente, sem entrar em detalhes.

A voz do dono 

Bolsonaro também citou dado do levantamento segundo o qual os eleitores evangélicos estariam divididos entre ele e Lula. “Isso aqui não é fake news, isso é uma canalhice”, disse o presidente.

O dono da voz 

Pesquisa Datafolha, que retrata a voz do povo, divulgada na quinta-feira apontou que Lula abriu 21 pontos de vantagem sobre Bolsonaro ao registrar 48% da preferência dos eleitores, ao passo em que o atual mandatário registra 27% de intenção de voto. Pelos números apresentados, o petista alcançaria vitória ainda no primeiro turno, com 54% dos votos válidos ante 30% do atual presidente.

Convicção 

Na espontânea, o petista também ampliou sua liderança e é o nome citado por 38%, enquanto Bolsonaro é lembrado por 22% dos entrevistados. Segundo o Datafolha, este é o melhor índice obtido pelo pré-candidato do PT desde o início da atual série histórica do instituto.

Pareamento 

No recorte entre os evangélicos, a pesquisa demonstrou uma divisão no eleitorado: 39% responderam que irão votar no atual presidente, enquanto 36% disseram preferir Lula. A margem de erro é de 4 pontos percentuais, se levado em conta apenas o recorte evangélico, segundo o Datafolha.

Impacto

A propósito da pesquisa Datafolha, os números divulgados na quinta feira surpreenderam os estrategistas de campanha de Jair Bolsonaro não pelo fato de Lula aparecer ganhando, mas pela diferença entre os dois e pela tendência de queda do presidente da República.

Números 

Segundo um ministro que participa do núcleo duro da campanha, as pesquisas internas dos bolsonaristas, feitas semanalmente, mostram que o presidente está 8 pontos atrás do petista – no Datafolha, a diferença de Lula para Bolsonaro no Datafolha é de 21 pontos.

Questionamentos 

De acordo com esse ministro, Bolsonaro vem subindo em três estados: São Paulo, Rio e Minas Gerais, os três maiores colégios eleitorais. Nos outros, estaria estável, sem alterações mesmo onde perde. “Em Minas o presidente estava mal e cresceu um pouco. No Rio a mesma coisa. Mas em São Paulo ele está bem e vem crescendo, por causa do Tarcísio (Freitas, candidato ao governo pelo Republicanos), por isso a pesquisa não bate em nada com o que temos.”

O ‘X’ da questão

Esse mesmo ministro, que não é do chamado núcleo ideológico da campanha mas é bem próximo a Bolsonaro, arrisca uma explicação curiosa para a diferença grande entre o Datafolha e as outras pesquisas: a de que uma parcela razoável dos eleitores de Bolsonaro simplesmente não tenha respondido aos pesquisadores do Datafolha, que fizeram as entrevistas de forma presencial em pontos de grande fluxo de pessoas nas cidades.

Teses

Segundo essa tese, o eleitor que não respondeu tanto poderia ser o que tem vergonha de votar em Bolsonaro, ou seria o bolsonarista radical, para quem o Datafolha é um instituto “inimigo”. 

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Clareamento 

Neste sábado, 28, o ex-senador Jorge Viana (PT) anunciará sua pré-candidatura a um cargo majoritário estas eleições de 2022. A expectativa é que a disputa seja ao Senado Federal. “Candidatura tem, mas devo disputar o Senado e não é impossível disputar o governo também”, afirmou Jorge Viana.

Ação 

A propósito do ex-governador petista, de acordo com informações repassadas à imprensa, no início d semana ele esteve no Alto Acre articulando seu grupo político para as eleições de outubro.  Durante uma reunião interna do PT de Brasiléia, restou decido sobre a necessidade da sigla apresentar postulantes do município para a Aleac. 

Mosaico 

Dentre os nomes, estão cotados o ex-prefeito de Brasiléia Alvanir Lopes; o ex-deputado federal Zico Bronzeado; ex-vereador Joãozinho; vereador Jorge da Laura e vereador Elenilson. Consta ainda que os mencionados ficaram encarregados de entrar em consenso e escolherem apenas um nome para ser o pré-candidato a deputado estadual pelo PT.

Realidade 

O isolamento de Ciro Gomes (PDT) na corrida presidencial vem crescendo em alguns estados, como no Maranhão, com o pré-candidato Weverton Rocha, e no Rio de Janeiro, com Rodrigo Neves e o fato traz como consequência a formação de palanques onde a fidelidade partidária fica comprometida. Na outra ponta, Ciro tem a esperança de contar com dissidências regionais do PSB, como o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, candidato à reeleição.

Liberou geral

O fato suscitou posicionamento do presidente da legenda, Carlos Lupi. “O PDT não punirá os infiéis que apoiem o ex-presidente Lula nos estados, assegurou o dirigente da sigla. Isso faz parte. Cada candidato quer olhar o eleitor local. O Lula, em alguns Estados, principalmente no Nordeste, é muito forte hoje”, disse ele ao jornal Estado de S. Paulo. 

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Será?

A terceira via poderá ganhar mais um nome na corrida ao Planalto este ano. Após a saída de Sergio Moro do Podemos e do páreo presidencial, o partido tem sondado o senador Alvaro Dias, que foi candidato à Presidência em 2018, para disputar o cargo novamente neste ano.

Potencializando 

Por isso, o Podemos decidiu dar protagonismo total ao senador, que vai estrelar inserções na televisão e no rádio nas próximas semanas. Dirigentes da sigla acreditam que a candidatura própria seria importante para marcar posição e dar mais visibilidade aos candidatos a deputado federal. Outro que receberia destaque nas propagandas é o general Santos Cruz (apontado como possível vice na chapa), que só não aparecerá por ter ficado doente durante o período de gravações.

Tempo ao tempo

O caminho de Dias, no entanto, é incerto. A aliados ele diz que só tomará sua decisão em julho. Avalia que lançar a candidatura com antecedência só fez prejudicar todos os nomes da terceira via. As outras duas alternativas são disputar a reeleição ao Senado, seu plano original antes da saída de Moro, ou concorrer ao governo do Paraná.

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