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Ordem unida

Para minimizar a propagação de teorias da conspiração e notícias fraudulentas, o Tribunal Superior Eleitoral decidiu que, nas Eleições de 2022, todos os estados da Federação observarão o horário de Brasília para fazer a votação.

Novas regras

“O Brasil impõe a uniformização das regras para que tenhamos processo eleitoral com maior tranquilidade possível”, disse Barroso.

A mudança foi aprovada na noite de terça-feira (14/12), quando a corte deliberou sobre nova resolução que vai definir as regra para o pleito do ano que vem. Até 2020, o horário de votação, conforme previsto em lei, era das 8h às 17h de acordo com o fuso de cada local de votação.

Fuso horário 

Com a unificação, eleitores de Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Roraima e parte do Pará irão às urnas uma hora mais cedo, das 7h às 16h. Já eleitores de Fernando de Noronha votarão em período de tempo uma hora mais tarde, das 9h às 18h.

Madrugando 

A maior diferença será sentida no Acre, onde as eleições acontecerão das 6h às 15h. Por conta do fuso-horário, é o estado que tradicionalmente envia os dados para totalização dos votos presidenciais por último, rotina que rende piadas e comentários preconceituosos nas redes.

Insurgência 

Diante da mudança, o senador Sérgio Petecão (PSD) demonstrou preocupação com relação ao horário da eleição do próximo ano no Estado. De acordo com o parlamentar acreano, a decisão tomada ontem (14) pelos ministros do TSE de unificar o horário de votação do Acre com o do resto do país será injusta com os eleitores acreanos e tende a ocasionar uma enorme abstenção nas urnas do Acre. 

Saída 

Em busca de solucionar o problema, Sérgio Petecão se reuniu na tarde de ontem com o ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin – juntamente com outros parlamentares da bancada do Acre –, com o intuito de sensibilizar o TSE quanto ao horário da votação no Acre. “Precisamos encontrar uma solução para que o Acre não seja prejudicado nas próximas eleições. Nosso Estado possui um horário diferenciado; é de bom senso que isto seja considerado no momento de qualquer decisão”, disse o senador.

Irracionalidade 

Durante a sessão do Senado Federal de ontem, Sérgio Petecão acenou ao plenário sobre o problema que o horário unificado causará nas eleições do Acre. “Existe a proposta de fazer uma mudança de horário a fim de equiparar o horário nacional, onde a eleição deverá ser iniciada às 8h. No Acre, em razão do fuso, esse horário compreende as 6 horas da manhã. É impossível começar uma eleição às seis da manhã! Os mesários terão que chegar no local às 4h da manhã. Isso vai trazer um prejuízo político irreparável para o nosso estado”, disse. 

Retificação 

Na noite de ontem, o Tribunal Superior Eleitoral reafirmou que os Estados terão que se adaptar ao horário único das eleições, desconsiderando o apelo da bancada acreana. O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Acre, Dr. Francisco Djalma, ao ser ouvido pela Suprema Corte Eleitoral, demonstrou preocupação por considerar que a atual decisão pode acarretar prejuízos irreparáveis às eleições.

Saída

Sérgio Petecão afirmou que apresentará um Projeto de Decreto Legislativo para sustar os efeitos do dispositivo que unifica o horário de votação das eleições em todo o país. Segundo ele, a iniciativa de apresentar o projeto é pensando unicamente no bem-estar do eleitor acreana, que certamente será sacrificado com a mudança do horário e também na organização do processo eleitoral do Estado como um todo. 


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Mudança de foco 

O presidente Jair Bolsonaro, que lutava para garantir vaga no segundo turno da eleição do ano que vem, com a esperança de derrotar Lula, agora, luta para evitar que Lula se eleja direto no primeiro turno.

Registro 

Desde que a reeleição foi introduzida no país, só um presidente venceu sem precisar disputar o segundo turno: Fernando Henrique Cardoso em 1994 e 1998, contra Lula. Outro dia, o ex-presidente Michel Temer comentou em conversa com amigos: “O voto do brasileiro pobre é de Lula e ninguém toma dele”. O Ipec, antigo Ibope, foi às ruas conferir, e os números apurados conferem razão o peemedebista Temer. 

Termômetro 

Se a eleição fosse hoje, Lula se elegeria no primeiro turno com 48% dos votos. Os demais candidatos, somados, teriam 38%. Dos que votaram em Bolsonaro, só 45% dizem que o fariam de novo. A rejeição de Bolsonaro é quase o dobro da rejeição a Lula – 55% a 28%. A de João Doria (PSDB) é de 23%; Sergio Moro (PODEMOS), 18%; e Ciro Gomes (PDT), 15%.

Novos tempos

A eleição de 2022 é sobre tirar Bolsonaro do poder, como a de 2018 foi sobre tirar o PT do poder. Até entre os evangélicos, Bolsonaro vai mal: 33% contra 34% de Lula. Quem diria… Entre fevereiro passado e agora, a fatia dos eleitores que consideravam o governo bom e ótimo caiu de 28% para 19%. Cresceu de 39% para 55% a dos que o consideram ruim e péssimo.

Leitura 

Para não dizer que a pesquisa só trouxe más notícias para Bolsonaro, eis uma boa: ele aparece em segundo lugar, com 21% dos votos. Moro, com 6%, não lhe faz cócegas; nem Ciro, com 5%. O candidato da chamada terceira via, portanto, ainda não pintou no pedaço, e talvez jamais pinte. Cuide-se Doria, que obteve 2%. O Cabo Daciolo (PMB), com 1%, ameaça ultrapassá-lo em breve. O Ipec entrevistou 2.002 eleitores presencialmente em 144 municípios de todas as regiões entre os dias 9 e 13 deste mês. 


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Capando o gato 

O senador Fernando Bezerra Coelhou (MDB-PE) entregou a liderança do governo Bolsonaro no Senado na manhã desta quarta-feira (15/12) alegando ter sido “traído” pelo Palácio do Planalto na disputa por uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU) que ocorreu na véspera, na Casa.

O ‘X” da questão 

A aliados, o emedebista ressaltou que um “movimento” do Planalto em especial o irritou bastante. Nos bastidores, Bezerra acusa o governo de ter trabalhado a favor do senador Antonio Anastasia (PSD-MG) de última hora, para tentar evitar a vitória da senadora Kátia Abreu (PP-TO).

Ação coordenada 

Até a semana passada, ministros do Planalto como Ciro Nogueira (Casa Civil), que comanda o partido de Kátia, trabalhavam para angariar votos para a senadora na disputa. A parlamentar chegou a pedir a benção diretamente ao presidente Jair Bolsonaro numa reunião em julho deste ano.

Reviravolta 

A estratégia, porém, mudou após a avaliação de que a vitória dela fortaleceria dois adversários de Bolsonaro: 1) o PT, que ganharia mais um senador, pois o suplente de Kátia é filiado à sigla; 2) o senador Renan Calheiros (MDB-AL), algoz do governo na CPI da Covid e um dos cabos eleitorais da parlamentar na disputa.

Foco errado 

Para Bezerra, o movimento do Planalto para evitar a vitória de Kátia Abreu deveria ter sido feito a favor do então líder do governo, e não de Anastasia. Isso porque, segundo aliados de Bezerra, até o início da manhã dessa terça-feira (14/12), dia da votação, o senador do MDB estaria “empatado” com Anastasia.

Rabeira 

No final das contas, Antonio Anastasia venceu a disputa com 52 votos. O placar foi maior do que a soma dos outros dois candidatos na disputa. Kátia Abreu ficou em segundo lugar, com 19 votos. Bezerra, por sua vez, ficou em terceiro, com míseros 7 votos.

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