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Jamaxi

Obituário 

O ex-deputado estadual Sérgio Taboada, que ontem pela manhã foi internado em um hospital da capital paulista após sofrer um infarto, não resistiu e morreu no começo da noite. A informação foi confirmada pela família do ex-parlamentar.

Amor platônico 

Mesmo morando em São Paulo há um bom tempo, Taboada não se desligou do Acre. Sempre que podia, usava as redes sociais para interagir com internautas acreanos, rememorando sua ação política e cultural. 

Trajetória 

Funcionário do Banco do Brasil, Sergio Taboada foi deputado na Aleac pelo PCdoB por dois mandatos consecutivos (1991/1999). Foi autor da Lei estadual de Incentivo à Cultura. Também foi presidente do Sindicato dos Bancários do Acre no final dos anos 80 e início dos anos 90. Na atualidade residia em São Paulo, onde trabalhava na delegacia do Ministério do Trabalho naquela cidade. O Acre perde um personagem de grande estatura que passou pelo parlamento acreano.

Nova ordem 

Ontem foi anunciado que o governador Gladson Cameli irá exonerar o atual secretário de Agricultura e Pecuária do Estado (SEPA), Edivan Azevedo, e conduzir ao cargo o pecuarista e presidente do Sindicarnes Nenê Junqueira, numa ação que remeteria a reconciliação do governador Gladson Cameli com o MDB visando as eleições de 2022. O movimento político foi costurado pelo senador Márcio Bittar (MDB).

Balaio de gatos 

Após a discordância tornada pública de expressivas lideranças do emedebe - leia-se Flaviano Melo e Wagner Sales -, o senador Marcio Bittar disse ter chegado ao seu limite para tentar fazer a reconciliação do governador Gladson Cameli com o partido.

Lamento 

“O Acre é testemunha que mesmo antes da pandemia eu vinha defendendo e fazendo o que eu podia para que aquela aliança vencedora em 2018 cumprisse o seu papel, fizesse aquilo que o povo acreano nos confiou na urna. Mas eu não mando, as pessoas são livres, independentes tomam os seus caminhos”, desabafou Bittar ao site ContilNet na noite de ontem, quinta-feita.

Credenciamento 

O senador disse que há meses foi autorizado pelo MDB a conversar com o governador Gladson Cameli sobre uma possível reconciliação entre o governador e os membros do partido, já que a relação entre eles anda estremecida desde o início do seu governo.

Mediação 

“Conversei com o governador que também mostrou interesse em ter ao seu lado um dos maiores partidos do Brasil, e daí foi feito uma reconciliação com o governo garantindo ao MDB um espaço no governo. Vamos combinar que não é normal um partido do tamanho do MDB não ter espaço no governo. Mas agora vejo que pode ficar difícil de fazer essa união porque enquanto faço uma costura aqui, muitos ‘rasgam’ o combinado lá na frente”, explica Bittar.

Pilatos 

E continuou: “Eu fiz o que podia fazer. Se dessa vez não der certo, eu lavo as minhas mãos. O MDB toma o caminho dele, o governador toma o dele e eu tomo o meu, porque se isso não funcionar é porque as pessoas não querem e não vou ser eu que vai ficar teimando com uma coisa que os atores não querem. Só dá casamento quando ambos querem. Espero que aquilo que combinei com o governador aconteça. Que o MDB cumpra a sua parte e o governo também. Se não der certo vou lamentar, mas vou me conformar e não vou tentar mais. Ai cada um que siga o seu caminho”, encerrou Bittar.


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Obscurantismo

Em uma nova ofensiva contra governadores, o presidente Jair Bolsonaro acionou na noite de quarta-feira, 17, o Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar os decretos estaduais da Bahia, do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul, que determinaram ‘toques de recolher’ para conter o avanço da pandemia da covid-19. 

Negacionista 

O presidente considera que as medidas são ‘uma decisão política desproporcional’. Bolsonaro entrou com a ação no STF no momento em que o País passa pelo pior momento da pandemia do novo coronavírus, com recordes sucessivos no número de óbitos diários, que beiram a 3 mil vidas.

Contramão 

Na avaliação de Bolsonaro, os decretos afrontam as garantias estabelecidas na Declaração dos Direitos de Liberdade Econômica e ‘subtraíram parcela importante do direito fundamental das pessoas à locomoção, mesmo sem que houvessem sido exauridas outras alternativas menos gravosas de controle sanitário’.

Regras 

O presidente também quer que o STF estabeleça que medidas de fechamento de serviços não essenciais exigem a aprovação de leis locais, por parte do Poder Legislativo, não podendo ser determinadas unilateralmente por decretos de governadores.

Visão 

“Tendo em vista o caráter geral e incondicionado dessas restrições à locomoção nos espaços públicos, elas podem ser enquadradas no conceito de “toque de recolher”, geralmente associado à proibição de que pessoas permaneçam na rua em um determinado horário. Trata-se de medida que não conhece respaldo legal no âmbito do ordenamento jurídico brasileiro”, registra a ação assinada pelo próprio presidente.

Momento impróprio

Integrantes do governo admitem reservadamente que o ‘timing’ da ofensiva no Supremo não é favorável aos pedidos do presidente, em virtude do estágio atual da pandemia. A ação foi protocolada no mesmo dia em que foi anunciada a morte cerebral do senador Major Olímpio (PSL-SP) após complicações pela covid.

Conselheiro

Ontem (18) completou um ano do dia em que o conselheiro do presidente Jair Bolsonaro para assuntos sanitários, deputado Osmar Terra (RS), previu menos de duas mortes por dia no Brasil em consequência da pandemia do coronavírus. 

Lunático 

“A Gripe suína, H1N1, matou 2 pessoas a cada dia no Brasil em 2019. Este número, deve ser maior que as mortes que acontecerão pelo coronavírus aqui. E não se parou o país nem se destruiu a economia, como está acontecendo agora. É o fato e a versão do fato!”, afirmou Osmar Terra, no dia 18 de março de 2020. 

Alta rotatividade 

Naquele momento, o Ministério da Saúde era ocupado por Luiz Henrique Mandetta. Vinte e nove dias depois, Mandetta seria demitido e Nelson Teich assumiria, perdendo o cargo após um mês. Após, sobreveio o general Eduardo Pazuello com a ideia fixa do uso da cloroquina no combate ao vírus, mas sempre contra o lockdown. 

Retrato do caos 

Dez meses depois, o militar acabou fritado e “demitido” (o ato ainda não foi oficializado) para a indicação do cardiologista Marcelo Queiroga. E o novo ministro quer dar “continuidade” à gestão de Pazuello, quando 3 mil brasileiros morrem por dia.

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