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Jamaxi

Novo comandante 

O candidato dos Progressistas Tião Bocalom foi eleito prefeito de Rio Branco com 104.746 votos, totalizando 62,93% dos votos válidos. Socorro Neri (PSB), que disputava a reeleição, ficou com 61.702 votos (37,07% dos votos válidos).

Dados complementares 

Foram às urnas neste domingo, 174.249 eleitores. Deste total 166.448 votos válidos. Nulos 4.473 e Brancos 3.328 votos. Rio Branco tem 256.673 eleitores. Abstenções somou 82.424.

Descendência 

Tião Bocalom vai comandar a Prefeitura de Rio Branco a partir de janeiro de 2021 ao lado de Marfisa Galvão (PSD). Sebastião Bocalom Rodrigues é natural da cidade de Bela Vista do Paraíso (PR), e nasceu no dia 18 de maio de 1953. Graduado em matemática, Tião Bocalom começou sua carreira na vida política nos anos de 1980, quando se elegeu vereador em Nova Olímpia, também no Paraná.

Trajetória 

Bocalom chegou ao Acre em 1988, onde foi servidor público, elegendo-se, tempos depois, prefeito do município de Acrelândia, vizinho a Rio Branco, por três mandatos. Em dois dos mandatos, conseguiu ser prefeito sem ter sequer um dos vereadores fazendo oposição.

Persistência 

Tião Bocalom, filiado ao PSL, foi candidato a deputado federal em 2018, decolando na onda bolsonarista, mas apesar de ter sido o terceiro mais votado no pleito, não conseguiu ser eleito devido ao coeficiente eleitoral. Em 2019 assumiu o comando da Emater, convidado pelo governador Gladson Cameli, de quem seria, meses depois, colega de partido, ao se filiar ao Progressistas. Nas eleições deste ano, ele disputou o cargo de prefeito pela Coligação Produzir Para Empregar formada pelo Progressistas e o PSD. 


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Dever cumprido 

A prefeita Socorro Neri (PSB), derrotada nas eleições de ontem, 29, lançou nota de agradecimento nos termos a seguir: “Estou com a consciência tranquila. Lutamos o bom combate,  com coragem e honra! Fizemos uma campanha limpa e propositiva. Defendemos uma gestão séria,  planejada e a serviço do bem comum. Quero agradecer os 61. 702 votos dos eleitores de Rio Branco que confiaram nas propostas que apresentamos. Agradecer aos meus familiares, meus alicerces de vida, ao apoio do governador e amigo Gladson Cameli que muito me honrou, ao meu leal companheiro de chapa Eduardo Ribeiro, ao meu partido, o PSB, aos partidos da coligação que se mantiveram fiéis ao nosso projeto, a militância sempre aguerrida, aos  servidores da prefeitura de Rio Branco. E a toda a população da nossa cidade, que sempre nos recebeu com muito carinho e reconhecimento. Desejo sucesso ao prefeito eleito Tião Bocalon. E já nesta segunda-feira darei início aos preparativos para a transição, a ser feita da maneira mais republicana e transparente possível, como foi toda a minha administração. Este é o momento de expressar minha gratidão a toda a população e desejar o melhor para esta cidade que tanto amo”. Socorro Neri.

Democracia 

Por seu turno, o governador Gladson Cameli, tão logo encerrada a apuração, recorreu à sua conta no facebook para cumprimentar o vitorioso Tião Bocalom: “Registro os parabéns ao professor e candidato a prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, e a sua vice, Marfisa Galvão, eleitos neste domingo (29) com 104.746 mil votos válidos.

Que Deus abençoe sua gestão frente à administração municipal da capital acreana no quadriênio 2021-2024.

O Governo do Estado do Acre está à disposição para trabalharmos em parceira na busca por melhorias para a população de Rio Branco, assim como dos demais municípios acreanos, colocando sempre o Acre e as pessoas em primeiro lugar.

Certamente a fé e a perseverança são características de um homem que nunca desistiu de seus ideais. Que a mesma esperança de fazer o melhor pelas famílias riobranquenses permaneça em suas metas, guiado pela força e coragem que marcaram sua trajetória até os dias hoje.

Reitero essas palavras ditas ao telefone agora há pouco, e agradeço pelo mesmo respeito e cordialidade.

Com estima e consideração.

Gladson Cameli

Governador do Estado do Acre”

Tecla 

Ontem o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o voto impresso ‘para garantir a integridade e lisura’ do processo eleitoral brasileiro. “Você tem que ter uma forma mais confiável para votar e a apuração tem que ser pública; não pode ter meia dúzia de pessoas para contar os votos do Brasil todo’, pontuou o presidente.

Imaginário 

Eleito várias vezes deputado federal pelo sistema de urnas eletrônicas, Bolsonaro afirmou que em 2018, quando foi eleito presidente, houve suspeitas de irregularidades nas urnas e na apuração. Em março, o presidente disse que apresentaria em breve provas de irregularidades das eleições de dois anos atrás, mas até hoje não fez isso.

Rebate

Em contraponto ao presidente Bolsonaro, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu que é inconstitucional a adoção novamente do voto impresso no país e destacou que a iniciativa, se adotada, “representaria um risco real” para o sigilo do voto.

Sem chances 

“Objetivamente não existe hoje no Brasil a possibilidade do voto impresso”, disse Barroso em resposta a um questionamento feito em entrevista coletiva de balanço das eleições que citou defesa feita pelo presidente Jair Bolsonaro dessa forma de votação”.

Data vênia

Ainda: “Portanto, respeitando a opinião do presidente, o voto impresso traria grande tumulto ao processo eleitoral brasileiro porque todo candidato derrotado iria pedir recontagem, impugnações e judicialização do processo eleitoral”, acrescentou. 

Fatia 

Prefeitos do PSDB devem governar cerca de 17% dos eleitores do País a partir de 2021. O partido se manteve no primeiro lugar nesse ranking, mas perdeu poder desde a eleição anterior, quando sua fatia do eleitorado chegou a 24%.

Contabilidade 

Os tucanos também encolheram no número de prefeitos eleitos, de 805 há quatro anos para 533 agora. Mas mantiveram São Paulo, a prefeitura mais importante do País em população, orçamento e projeção política.

Ranking 

Em número de prefeitos vitoriosos, o MDB (antigo PMDB) ficou em primeiro lugar, com 803. Mas o partido segue em declínio, se o atual resultado for comparado com os de disputas anteriores. Em 2008, 2012 e 2016, a legenda ganhou em 1.204, 1.038 e 1.048 cidades, respectivamente. No mesmo período, a cota de eleitores governados de 22%, 16% e 15%. Agora, caiu novamente, para 13%.

Vitórias 

Apesar do recuo, o MDB conseguiu eleger prefeitos em cinco capitais neste ano: Porto Alegre, Goiânia, Boa Vista, Cuiabá e Teresina.

Estabilidade 

O PT, principal rival dos tucanos até recentemente, encolheu no número de prefeitos eleitos, mas conquistou cidades maiores e, com isso, manteve a parcela de eleitores que vai governar: 3%, o mesmo resultado obtido em 2016. 

Desempenho 

Petistas conquistaram quatro das cidades que fazem parte do “clube do segundo turno” – as que têm mais de 200 mil eleitores. Mas, ontem, foram derrotados em Vitória e Recife. Com isso, não governarão nenhuma capital.

Impacto 

É a segunda eleição municipal consecutiva em que petistas apresentam fraco desempenho. Em 2012, o partido chegou a ficar em primeiro lugar no ranking de eleitorado governado por prefeituras, com pouco mais de 19%. Na eleição seguinte, a primeira após o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), a fatia do eleitorado governado por petistas teve uma redução de quase 85%.

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