Como recompensa a um grande esforço liderado pelo governador Gladson Cameli, ontem (22/03) o Acre conseguiu ser incluído no Consórcio Nordeste para a compra da vacina russa Sputnik V. O Consórcio, como traduz o nome, vem a ser a união de governadores do Nordeste (NE) para a elaboração de políticas públicas comuns.
Iniciativa
Com a inércia do governo Jair Bolsonaro no tocante à aquisição de imunizantes ao Covid-19, este aglomerado pegou o vácuo da omissão do ente federal e passou a incorporar, também, unidades da federação localizadas ao Norte do país, como é o caso do Acre, para o desenvolvimento de práticas que busquem o combate ao Covid-19.
Ação
O Consórcio, no início do mês, conseguiu negociar 37 milhões de doses do imunizante desenvolvido pelo Instituto Gamaleya, da Rússia, que serão distribuídos em diversos estados do Brasil.
Formalização
Por ocasião da assinatura do contrato que prevê a concessão ao Acre de 700 mil doses, o governador Gladson Cameli estava exultante: “A assinatura desse contrato é a realização de um sonho e, também, de muita felicidade em minha vida. Sabemos que todos estão cansados, mas, ao mesmo tempo, muito determinados para vencer essa guerra de uma vez por todas”.
Pormenores
O imunizante tem chegada prevista ao estado até a segunda metade de abril. O lote único das doses assegura a imunização de 350 mil pessoas, contemplando todo o público com idade entre 20 e 59 anos. O investimento do governo do Acre na compra das vacinas será de, aproximadamente, R$ 40 milhões.
Metas
Segundo explicou a gerente local do Plano Nacional de Imunização (PNI), Renata Quiles, com as vacinas que chegam ao estado por meio da União somadas as doses da Sputnik V, o Acre poderá ter condições de alcançar todos os habitantes acima de 18 anos de idade aptos a receberem a vacina até o fim de 2021.
Quitação
Sobre o pagamento das vacinas ao governo russo, o procurador-geral do Estado disse que 25% do valor contratado serão repassados assim que as doses estiverem prontas. Já a quitação deverá ocorrer até o dia do embarque dos imunizantes. “As vacinas serão transportadas diretamente da Rússia até o Acre”, comentou.
Exemplar
O deputado socialista Janilson Leite colocou seu gabinete nas ruas de Rio Branco e está levando a cabo uma iniciativa louvável numa campanha intitulada “Máscaras Pela Vida”.
Largada
A ideia é conscientizar e distribuir máscaras em locais públicos da capital acreana. “Nosso primeiro local de intervenção foi no Terminal Urbano e na parada de ônibus das linhas do Bujari e Quinari”, explicou o parlamentar.
Conscientização
Jenilson também pede ajuda a toda a população do Acre para usarem máscaras em locais públicos. “Estamos perdendo muita gente e seguiremos perdendo se não houver adesão”, garante.
Estória
Por certo, o deputado está se espelhando na fábula do passarinho combatendo o fogo na floresta. Diz o conto que “certo dia, houve um grande incêndio na floresta, e todas as áreas foram cercadas por um fogo denso e destruidor. Os animais, atônitos, não sabiam o que fazer e nem para onde correr. E enquanto todos corriam com medo do fogo, de repente, todos pararam e viram que um beija-flor ia até a margem do rio, mergulhava, enchia seu bico com o máximo de gotas de água que podia, voava até o fogo e deixava as gotinhas caírem sobre as labaredas na tentativa de apagar o fogo. Sem perda de tempo, ele voltava ao rio e repetia sua tentativa incessantemente”.
Fazendo sua parte
E continua a narrativa: “Os demais animais silvestres acharam aquela atitude estranha, inútil, e até mesmo boba, pois o fogo continuava alastrando-se, em nada, nada mesmo, seu esforço influia no debelar das chamas. Foi então que o elefante, vendo aquilo, disse-lhe: – “Você está louco? Acredita que estas poucas gotas de água podem apagar um incêndio tão grande?”. Ao que o passarinho respondeu: – “Eu estou fazendo o que eu dou conta… estou fazendo a minha parte … e se todo mundo ajudar com o que puder com certeza conseguiremos alguma coisa”.
Fazendo sua parte
Ontem, segunda feira, 22, a Comissão Especial de Enfrentamento à COVID-19 da Assembleia Legislativa do Estado do e realizou reunião com o secretário municipal de saúde de Rio Branco, Frank Lima. O gestor da saúde da capital assegurou aos deputados que “desde o primeiro momento, a Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco tem cumprido fielmente com os protocolos do Ministério da Saúde, inclusive tivemos esse reconhecimento do Ministério Público”.
Toma que o filho é teu!
Questionado em relação à vacinação da estagiária da Policlínica da Polícia Militar Dayanna Menezes, esposa do coronel Ulysses Araújo, Frank Lima se posicionou em sentido contrário ao Cel. Wagner Estanislau de Araújo, que depôs dizendo à Comissão que o procedimento houvera sido autorizado pelo gestor da saúde do município: “A responsabilidade da lista das pessoas que são vacinadas é de responsabilidade do diretor do local”, registrou Lima.
Incongruências
Durante a reunião, Frank Lima disse, ainda, que é “humanamente difícil de acreditar” que presos sejam vacinados antes que os agentes da Segurança Pública. “Não consigo aceitar, como cidadão de bem, que se vacine presos antes dos agentes da segurança pública. Eu quero me juntar a vocês para gente lutar juntos. É humanamente difícil de acreditar que tem que vacinar preso primeiro, não dá para aceitar”, disse.
Quem avisa, amigo é!
Para o negacionistas, mais um alerta: a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) emitiu um comunicado nesta segunda-feira, 22, desaconselhando o uso de ivermectina no tratamento e na prevenção de covid-19. Ela concluiu que os dados que estão à disposição não confirmam a necessidade de utilização desse fármaco criado na década de 70 contra o coronavírus - ele é indicado para tratar infestações de parasitas como piolho e sarna.
Indicação
“Na União Europeia, os comprimidos de ivermectina são aprovados para o tratamento de algumas infestações de vermes parasitas, enquanto fórmulas preparadas com ivermectina são aprovadas para o tratamento de doenças de pele como a rosácea. A ivermectina também está autorizada para uso veterinário em uma ampla gama de espécies animais para parasitas internos e externos. Os medicamentos com ivermectina não estão autorizados para uso na covid-19 na União Europeia e a EMA não recebeu nenhum pedido para esse uso”, disse.
