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Jamaxi

Mais problemas

Ontem o governador Gladson Cameli, que está cumprindo agenda em São Paulo se mostrou preocupado com a chegada ao Acre de pacientes infectados com a covid-19, oriundos do Estado do Amazonas, sem que o ingresso dos enfermos tenha sido combinado com a Secretaria de Saúde do Acre.

Revelia 

“Inicialmente, ativamos 10 leitos para tratamento de Covid-19, se preocupando em não comprometer a nossa estrutura para atender os acreanos, mas de uns dias para cá começou a chegar pacientes de todos os lugares do Amazonas de avião sem ao menos a Sesacre ser notificada. Isso tá errado”, externou Cameli. 

Prioridade 

E segue: “Eu tenho que ter compromisso com a nossa população. Eu sei que a situação lá está complicada, mas do jeito que estão fazendo, está chegando o momento de seu ser deselegante. O Amazonas está enviando doentes com Covid-19 sem combinar com a gente e isso está errado”, revelou o governador em entrevista à imprensa local. 

Alerta 

A propósito, o ex-governador Tião Viana, na semana passada, já houvera levantado questionamentos, via twitter, a respeito da transferência de pacientes com covid-19 de Manaus para outras cidades brasileiras, inclusive Rio Branco e Cruzeiro do Sul.

Simples assim!

Tião Viana, que é médico infectologista e atua na linha de frente de combate ao novo coronavírus no nosso estado, disse que era mais prudente, ao invés de transferir pacientes, transportar oxigênio de outros localidade para Manaus.

Temor fundado 

Viana externou temor - como está a ocorrer-, que a transferência traga consigo a nova variante do SARS CoV 2. “Nova variante genética do SARS CoV 2 do Amazonas já está presente em 42% dos pacientes lá testados...então, pergunta que não quer calar: teria sido mais seguro, mais ágil ter decidido, imediatamente, levar oxigênio de todos os estados para lá  - via TAM, LATAM,BOEING -  e, até, equipes?”, observou Tião. A propósito, em matéria publicada pelo site UOL, pesquisadores apontam que a nova variante do covid-19 é mais grave que o vírus da primeira onda.

Alerta geral 

O deputado federal petista Léo de Brito ontem foi às redes sociais manifestar preocupação com informações divulgadas pela imprensa local e confirmadas por profissionais da saúde que estão na linha de frente do combate à Covid-19, que dão conta que na tarde desta terça-feira, 26, Rio Branco praticamente atingiu a ocupação máxima de leitos de UTI nas unidades hospitalares das redes pública e particular. 

Ações emergenciais 

“A situação é extremamente grave. Eu, como deputado federal solicito ao governo do Estado a adoção de providências imediatas para que a necessidade dos pacientes que neste momento aguardam vagas em leitos em UTI, sejam atendidas, assim como a adoção de medidas concretas com relação ao agravamento da pandemia. É preciso evitar o colapso na saúde pública, como o que está acontecendo nos estados de Rondônia, Amazonas e Pará”, externou Brito. 

Adjunto 

Na postagem, Léo de Brito informou que também estou comunicando a situação acreana ao Ministro da Saúde Eduardo Pazuello, para que o governo federal apoie o estado nesse momento. 

Precaução 

“Minha intenção não é causar pânico, mas alertar a população, e cobrar das autoridades a adoção de medidas urgentes, uma vez que segundo os parâmetros da Organização Mundial da Saúde, ao se atingir 85% de ocupação de leitos de UTI, é necessária a decretação de medidas duras de distanciamento social, e isso nesse momento não está sendo feito no nosso estado, o que pode indicar que em poucos dias que a situação pode se agravar ainda mais. Mais do que nunca precisamos manter os cuidados para salvarmos nossas vidas e das pessoas que amamos”, resume o petista.

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Estrelato 

Na cena política nacional, o leite condensado ganhou destaque como protagonista do peculiar café da manhã do presidente Jair Bolsonaro. Desde a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro difunde o gosto matinal pela combinação do pão francês com a mistura cremosa formada por leite e açúcar. 

Glicose altíssima

O produto se tornou um dos temas mais comentados do Twitter ontem, terça feira, 26, após o site Metrópoles mostrar que a administração federal – o que inclui de ministérios a autarquias – gastou mais de R$ 15 milhões em recursos públicos para comprar o doce em 2020. 

Comparativos 

O valor é, por exemplo, cinco vezes superior a tudo que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) recebeu para fazer o monitoramento por satélite de toda a Amazônia, Pantanal e demais regiões do País – R$ 3,2 milhões no mesmo período, segundo dados levantados pela consultoria Rubrica.

Antagonismos 

Nos últimos dois anos, o Inpe – principal órgão federal responsável pelas pesquisas espaciais e monitoramento –, o Ibama e o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) tiveram seus orçamentos reduzidos, o que comprometeu a capacidade de o governo realizar ações estruturais de proteção, fiscalização e combate do desmatamento nas florestas nacionais – a Amazônia registrou volume recorde de queimadas no ano passado.

Tiro ao alvo 

Ainda na tarde de ontem,  terça-feira, 26, parlamentares do PSOL protocolaram ação pedindo que o Procurador Geral da República, Augusto Aras, investigue o gasto de R$ 1,8 bilhão do governo Federal em alimentos e bebidas em 2020. Segundo o portal Metrópole, estes foram alguns dos gastos que o governo Bolsonaro teve com alimentos:

  • R$ 15 milhões com leite condensado;
  • R$ 7,1 milhões com bacon defumado;
  • R$ 5 milhões com fruta desidratada;
  • R$ 2 milhões com goma de mascar;
  • R$ 32,7 milhões com pizza e refrigerante.

Desfrute

Segundo os deputados, só com chicletes, vinhos e frutos do mar os gastos chegam a quase R$11 milhões. “Escandaloso!”, disseram. Ainda segundo o site Metrópoles, o gasto global do Executivo federal com alimentos e bebidas registrou um aumento de 20% em relação a 2019. 

Estrelato 

No ranking de memes que circulavam ontem na internet, nenhum superou a aquisição de leite condensado. O doce também era o mais buscado no serviço que contabiliza as pesquisas diárias feitas no Google.

‘Supérfluo’

Em documento protocolado no TCU, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e os deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES) argumentam que o aumento das despesas fere o princípio da moralidade administrativa. “Em meio a uma grave crise econômica e sanitária, o aumento de gastos é absolutamente preocupante, tanto pelo acréscimo de despesas como pelo caráter supérfluo de muitos dos gêneros alimentícios mencionados”, diz um trecho da representação.

Encalço 

Representantes do PSOL, o deputado David Miranda (RJ) e as deputadas Fernanda Melchionna (RS), Sâmia Bomfim (SP) e Vivi Reis (PA) protocolaram uma ação para que o procurador-geral da República, Augusto Aras, abra investigação sobre os gastos de R$ 1,8 bilhão.

Lambadas 

Nas redes sociais, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) escreveu: “O leite condensado do @jairbolsonaro. É a versão atual da Fiat Elba do Collor. Impeachment nele!”, em uma referência ao caso do veículo Elba, pivô do processo de impedimento do ex-presidente. Procurado pela reportagem e questionado sobre os gastos com alimentos, o governo federal não havia se manifestado até o final do dia de ontem.

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