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In loco

In loco

Uma comitiva composta pelos ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional e do Meio Ambiente, Waldez Goés e Marina Silva, chegou ao Acre na manhã de hoje, 4, para visitar as áreas atingidas pela cheia do rio Acre. Os senadores Sérgio Petecão (PSD) e Alan Rick (UB) também fazem parte do grupo.

Reconhecimento

O governador Gladson Cameli (PP), exaltando a presença das autoridades para vistoriar o impacto deixado pelas enchentes dos rios e mananciais do Acre, destacou que é de extrema importância a vinda da comitiva para ver in loco a situação nas cidades mais atingidas.

União

“Desde o início mantivemos as tratativas com o governo federal, no sentido de pedir apoio a todas as prefeituras e a vinda dessa comitiva é importante porque os ministros vão poder ver de perto o impacto dessa cheia, que já tem cota histórica em alguns municípios. Como eu sempre falo, o momento agora é de reunir forças, municípios, Estado e governo federal, para tentarmos reduzir os impactos causados por esse desastre natural”, disse.

Roteiro

Os ministros devem visitar os locais das cidades que mais foram castigadas pelo fenômeno fluvial e se reunir também com prefeitos dos municípios atingidos pela cheia. O Acre enfrenta uma de suas maiores enchentes, na qual 19 municípios foram afetados por inundações, seja de rios ou igarapés. E já alcançou cota histórica de transbordamento em alguns municípios como Brasileia e Jordão que tiveram, respectivamente, 75% e 80% da cidade atingida pelas águas.

Resenha

Com base nos dados de ocorrências disponibilizado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC) nas 13 cidades mais críticas, há 82 abrigos públicos atendendo 8.570 pessoas desabrigadas. Além disso, há 15.448 pessoas desalojadas, ou seja, que foram para casa de familiares ou amigos.

Emergência

A propósito das enchentes nos diversos municípios do estado, O governador Gladson Cameli declarou situação de emergência em mais duas cidades. Agora, o decreto nº 11.421 abrange Manoel Urbano e Rodrigues Alves. No dia 25 de fevereiro, dos 22 municípios acreanos, a emergência foi decretada em 17, e agora o número sobre para 19 . O decreto é válido por 180 dias e as localidades que estão em situação de emergência são Assis Brasil, Brasileia, Capixaba, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Feijó, Jordão, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Plácido de Castro, Porto Acre, Porto Walter, Rio Branco, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira, Tarauacá, Xapuri, Manoel Urbano e Rodrigues Alves.

Marca histórica

Durante a madrugada desta segunda-feira, 4, a capital acreana alcançou mais uma marca histórica. Rio Branco vive a segunda maior enchente das últimas décadas. Conforme a medição da Defesa Civil, o nível do Rio Acre às 6 horas desta segunda é de 17,75m, superando a cheia do ano passado, onde o manancial havia alcançado 17,72m. Ao longo dos últimos dias, a alagação já tinha feito o rio superar as outras três maiores cheias da história: 17,12m no ano de 1988, 17,64m em 2012 e 17,66m no ano de 1997.

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Luzes

O jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de São Paulo, o Estadão, revela em matéria veiculado pela centenária publicação paulista, que, em depoimento prestado à Polícia Federal, o ex-comandante do Exército general Marco Antônio Freire Gomes confirmou a participação em reuniões em que foram discutidos os detalhes da ‘minuta do golpe’.

Testemunha ocular

O militar foi ouvido por investigadores da Operação Tempus Veritatis, que apura uma suposta tentativa de golpe com possível participação do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ex-chefe do Exército não é investigado, mas foi chamado a depor por investigadores em razão de mensagens que o ex-ajudante da Presidência Mauro Cid – agora delator – lhe enviou citando a ‘minuta’.

Protagonismo

Marco Antônio Freire Gomes compareceu à PF na última sexta-feira, 1, e lá depôs por oito horas, tendo respondido todas as perguntas dos investigadores. São as mensagens enviadas por Mauro Cid a Freire Gomes que colocam o ex-presidente Jair Bolsonaro no centro da suposta trama golpista sob investigação da PF. O ex-ajudante de ordens afirmou ao general que o ex-chefe do Executivo ‘mexeu’ no decreto, ‘reduzindo’ o texto.

Figurinhas

De acordo com a PF, as mensagens foram trocadas após uma reunião de oficiais supostamente aliados ao plano golpista em Brasília, no final de novembro de 2022. Também com Mauro Cid - no computador do tenente coronel - a PF apreendeu imagens de reunião ocorrida em julho de 2022 na qual o ex-presidente estimula seus ministros e aliados a agirem para impedir a vitória ‘da esquerda’ nas eleições de outubro daquele ano.

Crivo

O inquérito narra que, inicialmente, o decreto sob análise da cúpula do governo Bolsonaro previa não só novas eleições, mas a prisão dos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Após o ajuste de Bolsonaro, o texto passou a prever somente a prisão de Moraes.

Engajamento

Freire Gomes fora chamado à reunião com Bolsonaro no Palácio do Planalto com os demais comandantes das Forças singulares: o almirante Almir Garnier (Marinha) e o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior (Força Aérea). De acordo com a delação de Cid, confirmada agora pelo general Freire Gomes, este e o comandante da FAB se opuseram à ruptura institucional. Garnier foi o único que se pôs à disposição dos planos do então presidente. Por isso, Freire Gomes se tornaria alvo das ações do grupo palaciano.

Destoando

Mensagens encontradas no celular do ex-major Ailton Barros – demitido do Exército por razões disciplinares – mostraram que em dezembro de 2022 o ex-candidato a vice na chapa de Bolsonaro, o general Walter Braga Netto, agiu contra Freire Gomes, a quem considerava “indeciso” e “cagão”. Braga Netto afirmava que a “culpa pelo que está acontecendo e acontecerá é do general Freire Gomes”. “Omissão e indecisão não cabem a um combatente”, acrescentou. “Oferece a cabeça dele. Cagão!”.

Deletério

Freie Gomes sentiu-se profundamente atingido pela revelação das mensagens ainda mais porque, na época, estava de luto pela morte de sua mãe, Maria Freire Gomes. O jornalista apurou que o teor dos diálogos de Braga Netto foi considerado “abjeto” por antigos colegas do Alto Comando do Exército (ACE).

Gabinete do ódio

Em outras mensagens, o general orienta também ataques ao brigadeiro Baptista Júnior e à família do oficial general, bem como ataca o atual comandante do Exército, general Tomás Paiva, vítima de uma campanha de difamação que procurava apresentá-lo como melancia – verde por fora e vermelho por dentro –, assim como ao futuro chefe do Estado-Maior do Exército, o general Richard Nunes. Nunes comandava então o Nordeste e Tomás, o Sudeste.

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