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Imunização

 

O percentual da população brasileira que recebeu pelo menos a primeira dose de vacina contra a Covid-19 chegou a 23,01%, com 48.734.903 pessoas vacinadas, de acordo com o novo balanço do consórcio de veículos de imprensa, divulgado às 20h do último sábado (5).  Já a segunda dose foi aplicada em 22.896.108 pessoas, o que equivale a 10,81% da população.

Acompanhamento 

A informação é resultado de uma parceria do consórcio de veículos de imprensa, formado pelo Portal G1, “O Globo”, “Extra”, “O Estado de S.Paulo”, “Folha de S.Paulo” e UOL. Os dados de vacinação passaram a ser acompanhados a partir de 21 de janeiro.

Cágado 

O Acre, em comparação a outras unidades da Federação, continua ocupando a última posição em termos percentuais e quantitativos, quando o tópico analisado leva em conta o número das pessoas totalmente imunizadas, no caso aquelas que tomaram a 2ª dose. 

Responsabilidade 

Conforme diretrizes do Programa Nacional de Imunização, a disponibilização dos imunizantes fica a cargo do governo Federal e, eventualmente, dos governos estaduais, com a logística para vacinar a população ficando a cargo dos governos municipais. Neste caso, a demora da imunização de populares em nosso Estado, quando a comparação o remete ao cenário de outros centros, deve-se aos governantes dos municípios acreanos.   

Morosidade 

A propósito da vacina, o deputado estadual Jenilson Leite (PSB), que é médico infectologista, foi ao facebook ontem, domingo (6), fazer críticas ao governo Gladson Cameli (PP) conquanto ao atraso em aderir ao consórcio norte/nordeste para aquisição da vacina Sputnik V, produzida na Rússia.

Ação deletéria 

Segundo ele, o governo do Acre precisava se antecipar e negociar a aquisição direta da vacina, e em setembro de 2020, e, por sua iniciativa foi protocolado um Projeto de Lei que permitia ao governo do Estado do Acre fazer a aquisição do imunizante. “Nosso PL foi rejeitado pela Base do Governo, pois entenderam que era inconstitucional. Mas o que realmente estamos vendo, são as decisões tardias que se vêm tomando em relação ao combate ao novo coronavírus. Se lá atrás o Estado tivesse aderido ao Consórcio Norte/Nordeste, mais cedo, hoje poderíamos estar um pouco mais aliviados, pois saberíamos que mais doses estariam sendo entregues e mais acreanos estariam sendo imunizados”, argumentou.

Passando batido 

Jenilson faz alusão ao caso tendo presente que na última sexta feira (4)), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a importação da vacina Sputnik V em caráter excepcional pelo Brasil, mas como o Acre não se habilitou desde o início das tratativas de importação junto ao consorcio Norte/Nordeste, vez que só em março último assinou o contrato com a União Química para aquisição do imunizante, não sendo, portanto, contemplado com o imunizante russo.

Ad eternum

“Como não estamos nessa primeira etapa, vamos aguardando esse pinga-pinga do Governo Federal e esperando a nossa vez no Consórcio. Atualmente, o Acre tem apenas 6,49% da sua população vacinada (primeira e segunda dose). Se continuarmos nesse ritmo, iremos levar quase 3 anos para vacinar 100% da população acreana”, declarou. 

Lesa pátria 

Ainda sobre a vacina, o jornal Folha de São Paulo, edição de hoje, 07, revela que o governo Jair Bolsonaro recusou vacinas da Pfizer no ano passado à metade do preço pago por Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia. Consideradas caras em agosto de 2020 pelo então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, até 70 milhões de doses da Pfizer poderiam ter sido entregues a partir de dezembro por US$ 10 cada.

Contas

A vacinação antecipada teria evitado mortes e os prejuízos bilionários provocados pelo fechamento da economia. Com um PIB (Produto Interno Bruto) total de R$ 7,4 trilhões em 2020, os R$ 30 bilhões agora previstos pelo Ministério da Saúde para a vacinação brasileira correspondem a um dia e meio de um hipotético lockdown nacional —desconsiderando domingos e feriados. O valor equivale a 10% do auxílio emergencial pago em 2020 e é menos do que os R$ 44 bilhões previstos neste ano para compensar o fechamento da economia.

Comparativos

EUA e Reino Unido já imunizaram cerca de 40% da população com duas doses das várias vacinas adquiridas e têm economias funcionando quase livremente. Ambos pagaram cerca de US$ 20 pelas doses da Pfizer, o dobro do valor recusado pelo Brasil durante vários meses em 2020. Na União Europeia, as doses do laboratório norte-americano custaram US$ 18,60.

Letargia 

No Brasil, com o atraso nos contratos, as primeiras doses da Pfizer chegaram só em abril. Oito meses se passaram entre a primeira oferta e a entrega. O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), contabilizou 53 emails enviados pela Pfizer ao governo a partir de agosto cobrando resposta sobre a oferta dos 70 milhões de doses.

Álibi

À CPI, Pazuello qualificou a proposta da Pfizer como “agressiva”, apontou entraves em cláusulas do contrato e disse ter considerado muito elevado o preço de US$ 10 por dose —valor acatado meses depois ainda na gestão de Eduardo Pazuello. 


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Agilizando 

Deputados do PC do B vão apresentar nesta semana ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) – foto -, um pedido para que o projeto de lei que cria o modelo de federações partidárias entre em urgência e seja pautado. O texto foi aprovado no Senado e os parlamentares já conseguiram assinaturas suficientes de líderes de bancadas para fazer a solicitação. Lira disse que não atrapalhará a tramitação da proposta, mas a ideia enfrenta resistência do PP.

Pressa 

O pedido de urgência será apresentado em reunião de líderes marcada para a próxima terça-feira (8) para debater mudanças na lei eleitoral. Segundo Lira informou a deputados, no dia seguinte, quarta (9), ele terá encontro com os presidentes de partidos para discutir a legislação.

Novo modelo 

O modelo de federações prevê a possibilidade de união de partidos para disputar as eleições como uma grande sigla, com estatuto próprio, que deverá ficar unida em âmbito estadual e nacional por quatro anos. As legendas também compartilhariam o fundo eleitoral e partidário com distribuição definida pela federação.

Analogia

“A proposta existe em vários países do mundo. A própria Angela Merkel [chanceler da Alemanha] é fruto de uma federação. Elas [as siglas] se unem sem que você precise extinguir os partidos e respeita a história das instituições”, diz a deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ).

Sinalização 

O texto defendido pelo PC do B é um projeto de lei que já passou no Senado e portanto precisaria de maioria simples para ser aprovado na Câmara. Segundo Jandira, Lira afirmou que não criará dificuldades ao andamento do projeto. “Ele disse que se todos assinarem, ele vai por em pauta”, conta Jandira. Quatro líderes já deram apoio à proposta, entre eles Hugo Motta (Republicanos-PB), que lidera um bloco de 11 partidos.

Anseios 

O líder do PL, Wellington Roberto (PB), diz que o partido defenderá o que for melhor para a bancada de senadores e de deputados e que não tem nada contra a criação das federações. Ele afirma, porém, que vê um apoio maior à ideia de criar o “distritão”, modelo em que os parlamentares são eleitos por voto majoritário -- hoje deputados são eleitos pelo voto proporcional.

Jeitinho brasileiro 

“A maioria do nosso partido e pelo que vislumbrei nas últimas reuniões que tive [com outros partidos] é que o distritão está com o maior número de votos”, disse. “Não sou contra a federação, mas a gente tem que se submeter à decisão da maioria”, afirmou. Apesar dos apoios, a proposta de federação enfrenta resistência de um grande partido, o PP. O presidente da sigla, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), afirmou ao Painel não apoiar a ideia. “A criação da federação é uma forma de burlar a proibição das coligações”, disse Nogueira. O debate é relevante para o cenário eleitoral de 2022 porque pode impactar na migração de quadros do PC do B para o PSB.

Sinalização 

Caso a federação não passe, dirigentes de outros partidos de esquerda veem grandes chances de que Jandira e o governador Flávio Dino (PC do B-MA) migrem para o PSB e ficam receosos com essa possibilidade. A deputada, porém afirma que a migração nunca esteve no seu radar e que ela não tomará nenhuma atitude individual e seguirá no PC do B. O movimento gera temor no PDT, que vê o gesto como sinal de que o PSB acabará apoiando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e não Ciro Gomes na disputa pela presidência ano que vem.

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