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Jamaxi

Festa no interior

Na tarde de ontem, sábado, o governador Gladson Cameli assinou a ordem de serviço que garante o início dos trabalhos para a construção da Ponte da Sibéria. O empreendimento está orçado em mais de R$ 40 milhões, sendo R$ 15 milhões com recursos próprios e R$ 25 milhões frutos de emenda parlamentar do senador Márcio Bittar. Além da ponte, também foi assinada a ordem de serviço para a construção do cercamento do aeródromo do município, no valor de R$ 1,3 milhão.

Excuse me 

Durante  sua fala no ato, Gladson pediu desculpas aos presentes por ter apresentado o então deputado Wherles Rocha – à época filiado ao PSDB -, por conta de, há quatro anos atrás, ter apresentado o militar como seu vice. Fazia referência ao fato de Rocha hoje constituir-se em seu principal opositor na arena política. 

Defesa

Ao tomar conhecimento da fala de Cameli, Rocha postou um vídeo nas redes sociais, ilustrado com matérias sobre a Operação Ptolomeu, da Polícia Federal, cujo alvo é o governador e lembrou que ele não trabalha contra o governo de Gladson, tampouco engendrou a operação que apura corrupção no governo do cruzeirense e citou, também, que não compactua com a corrupção e foi Cameli quem sepultou a CPI da Educação na Assembleia Legislativa, proposta para apurar desvio na pasta.

Ipsis litteris

“Tenho vergonha de ter ajudado a eleger você. O Gladson tem que pedir desculpas por ele. Não sou eu, não é o vice que está sendo investigado pela Polícia Federal acusado ou apontado como líder de uma organização criminosa que desviou, segundo a Polícia Federal, R$ 828 milhões. Não é o vice que envolveu a família nesse mesmo esquema. Não é o vice que tem vários assessores afastados, alguns até foram presos, por conta dessas investigações. Não foi o vice que ocupou um generoso espaço na mídia nacional envergonhando nosso estado nesse esquema de corrupção”.

Me inclua fora dessa!

Rocha ainda questionou a postura do eventual vice de Gladson: “Quer dizer que o próximo vice tem que ser conivente, tem que aceitar a corrupção e tem que ficar calado? É isso que você acha que é um bom vice? Comigo, não, negão. Comigo não”. 


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Cupido

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que entrou na coordenação da pré-campanha de Lula, tem como meta reaproximar o ex-presidente de Marina Silva (Rede-AC). Ele pretende mediar uma conversa entre os dois nas próximas semanas.

Linha do tempo

O petista e Marina se afastaram depois que ela pediu demissão do Ministério do Meio Ambiente, no segundo governo Lula, e passou a fazer oposição ao governo. A ambientalista chegou a ser duas vezes candidata à Presidência da República contra Dilma Rousseff.

Em Rede

A Rede deve formar uma federação com o PSOL, e se juntar em uma coligação de apoio a Lula já no primeiro turno. Marina, no entanto, tem deixado claro que não pretende apoiar Lula já na primeira rodada das eleições. Mesmo assim, Randolfe acha importante que ela e o ex-presidente dialoguem.

Sonho

“A aproximação de Marina é um sonho acalentado por mim, pelo [ex-senador] Cristovam Buarque, pelo [ex-deputado federal] Maurício Rands, pelo [ambientalista] Pedro Ivo, pela [empresária] Rosângela Lyra, por todos”, diz Randolfe, citando os coordenadores do movimento “Lula no Primeiro Turno”.

Reforço

As tratativas para uma eventual reaproximação de Lula com Marina Silva têm agora um novo cupido: Fernando Haddad. O ex-ministro da Educação de Lula, ex-prefeito de São Paulo e ex-candidato à presidência da República em 2018 atua para a aproximação. O ex-presidente quer o reatamento; sua ex-ministra ainda refuta a ideia. 


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Largada

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já sedimentaram palanques na maioria absoluta dos estados, os seus principais concorrentes ainda patinam para conquistar candidatos a governador dispostos a lhes declarar apoio. Entre os nomes da terceira via, João Doria (PSDB) e Ciro Gomes (PDT) são os que têm as negociações mais avançadas Brasil afora — o tucano soma 12 alianças encaminhadas, e o pedetista, 11. Bolsonaro, por sua vez, já tem 26 acordos costurados, e Lula, 23.

Dever de casa

A rede de sustentação é importante para dar capilaridade aos candidatos, sobretudo nas unidades da Federação em que são menos conhecidos ou amargam índices de rejeição substanciais. Nesses casos, cabe aos aliados locais trabalhar com suas bases para conquistar votos para os postulantes ao Planalto de sua preferência. As chances de êxito aumentam quando tal papel é desempenhado por um candidato a governador, que costuma visitar mais pontos do estado e, na maioria das vezes, possui mais influência do que um político que disputará um cago no Legislativo, por exemplo.

Cenário 

Como ocupa a cadeira cobiçada pelos demais, Bolsonaro tem mais clareza sobre o leque de partidos que deverão estar com e contra ele, já que possui tanto uma base de apoio quanto uma oposição já estabelecida no Congresso. Hoje, o presidente contabiliza 12 palanques praticamente garantidos e mantém negociações avançadas para a formação de outros 14. Lula conta com o apoio de candidatos a governador em 19 estados, além de estar próximo de fechar com mais quatro. No caso do petista, uma questão partidária torna o cenário mais incerto do que o do seu principal adversário. O PT negocia a formação de uma federação com o PSB, o que pode alterar o tabuleiro das coligações nos estados.

Correndo atrás

Fora do quadrante em que se encontram Lula e Bolsonaro, respectivamente líder e segundo colocado nas pesquisas, os dois pré-candidatos mais bem posicionados, Doria e Ciro, têm menos da metade do número de alianças pavimentadas pelos dois favoritos na corrida pelo Palácio do Planalto. Atrás deles, estão Simone Tebet (MDB), com negociações sacramentadas ou bem encaminhadas com sete postulantes a governador, e Sergio Moro, com três. Em algumas situações, contudo, um mesmo candidato ao governo faz campanha para mais de um nome que disputa a Presidência da República — e vice-versa.

Compasso de espera

Lideranças de diferentes partidos que acompanham as tratativas pelo país ponderam que ainda é cedo para definir todas as alianças. Será preciso aguardar as novas filiações, a evolução das pesquisas de intenção de voto e também as convenções das respectivas legendas. No último caso, pode haver mudanças inclusive na decisão de lançar ou não candidatura própria à Presidência. Em alguns estados, também pode haver desistências por parte de pré-candidatos ao Executivo estadual. É o jogo começando!

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