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Festa no interior 

Cumprindo agenda pelo Alto Acre na dia de ontem, quarta-feira, 9, o governador Gladson Cameli anunciou R$ 21 milhões do Programa de Recuperação de Ramais nos municípios de Brasiléia e Epitaciolândia. Em Epitaciolândia serão 75 quilômetros de ramais recuperados num investimento de mais de R$ 18 milhões, enquanto em Brasileia a recuperação chegará a 11 quilômetros de ramais, com R$ 3 milhões em investimentos. A expectativa é que mais de 45 mil pessoas, direta e indiretamente, sejam beneficiadas nos dois municípios.

Ação social 

Na mesma agenda, o governo, por meio do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e o Complexo Industrial Florestal Xapuri, doou 25 metros cúbicos de madeira para a recuperação do piso de uma escola rural da região e reforma de 15 casas de famílias carentes pelo serviço de assistência social de Epitaciolândia.  O governador Gladson Cameli ressaltou o processo de superação da pandemia de Covid-19 e a série de investimentos que seu governo tem carreado para o Acre.

Estilo

“Eu não vim aqui dizer que sou o salvador da pátria, mas nós vamos fazer o que tiver de fazer para superar este momento e o que ainda não fizemos foi porque toda essa crise não permitiu. Vamos começar segunda a vacinação da população em geral do nosso estado, novos investimentos estão seguindo em frente e não vamos reclamar dos desafios, vamos agradecer e superar. Estamos fazendo tudo que pudemos em parceria com nossos prefeitos, nossa bancada federal e estadual e nosso presidente da República que tudo que pedimos, deu ao Acre. E fiquem tranquilos que virão notícias boas para a evolução do nosso estado”, contou Cameli.

União pela diferença

Os anúncios desta quarta foram acompanhados por uma grande comitiva do governo do Estado formada por instituições como Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa), Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), Departamento de Trânsito do Acre (Detran), além da deputada federal Wanda Milani (SD) e o deputado estadual Antônio Pedro (DEM). 


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Legislação 

Uma proposta de emenda constitucional (PEC) em elaboração pela deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) para proibir que militares da ativa das Forças Armadas ocupem cargos dentro do governo federal tem ganhado cada vez mais adesão dentro da Câmara. Das 171 assinaturas necessárias para que passe a tramitar na Casa, o documento já tem o apoio de pelo menos 118 deputados.

Impulso

O movimento para que a PEC passe a ser discutida no Congresso ganhou força após o recente episódio envolvendo o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. O general participou de uma manifestação de cunho político a favor do presidente Jair Bolsonaro no fim de maio, no Rio de Janeiro, transgredindo o Estatuto Militar e o Código Disciplinar do Exército, mas não foi punido pela Força.

Escudo 

Deputados que apoiam a restrição à presença de militares da ativa em funções no Executivo federal dizem que a medida é necessária para preservar a imagem das Forças Armadas diante da sociedade. Devido ao caso do ex-ministro da Saúde, muitos dizem que a credibilidade da instituição foi manchada e há dúvidas entre a população de qual é o verdadeiro papel de Exército, Marinha e Aeronáutica.

Regras 

Perpétua diz que mesmo militares, em especial do Exército, apoiam o debate da PEC no Parlamento. Pela proposta da deputada, quem tem menos de 10 anos de serviço deveria pedir afastamento para assumir algum posto no governo, enquanto militares com mais de uma década nas Forças seriam obrigados a entrar na reserva antes de aceitar o convite para integrar a administração pública federal.

Apoio

Já assinaram a PEC, por exemplo, o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o vice-presidente da Casa, Marcelo Ramos (PL-AM), que criticou, na semana passada, a falta de punição a Pazuello. Ramos afirma que acha “muito difícil” um projeto prosperar hoje na Câmara sem o apoio do governo, mas considera a iniciativa importante.

Autoproteção 

Vice-presidente do PT na Câmara, Enio Verri (PR) também manifestou apoio à PEC. Segundo ele, a visão que a sociedade tinha sobre a competência e capacidade técnica dos militares mudou completamente por conta dos que estiveram ou ainda estão no governo federal. Portanto, para o bem das Forças, seria melhor que seus integrantes se abstivessem de compor o Executivo.

Siga o dinheiro 

Ao trazer à luz o assessoramento paralelo que apresentava a Jair Bolsonaro dados negacionistas da pandemia e contrários à compra de vacinas para o acelerar combate à covid-19, a CPI da Covid quer avançar na direção de descobrir quem financiou e ajudou a difundir ideias e tratamentos ineficazes contra a doença — por meio do uso de hidroxicloroquina, cloroquina e ivermectina —, mas amplamente defendidos pelo presidente da República e outras pessoas ligadas ao governo. 

Oitivas 

Para seguir o caminho do dinheiro, o G7 (grupo de senadores de oposição e independentes) ouvirá representantes de empresas ligadas à produção dos medicamentos defendidos por Bolsonaro.

Explicações

Um dos convocados é Renato Spallicci, presidente da Apsen Farmacêutica, principal fabricante de hidroxicloroquina no Brasil, cujo requerimento para que compareça e deponha foi aprovado ontem. O senador Rogério Carvalho (PT-SE) afirma que a empresa aumentou de forma significativa o faturamento durante a pandemia.

Vantagens 

Apurar o enriquecimento de empresas produtoras de outros medicamentos também estão na mira. Por isso, também foi aprovado ontem o requerimento para a convocação do empresário José Alves Filho, representante de um laboratório que fabrica ivermectina. Os senadores querem, ainda, entender a relação de associações que atuaram na promoção do chamado “tratamento precoce” como solução e cura da covid-19, como é o caso do Médicos pela Vida.

Reunião no Planalto

Integrantes desse grupo se reuniram com Bolsonaro, no Palácio do Planalto, conforme registrado em vídeo e fotos do Flickr do Palácio do Planalto, de 8 de setembro do ano passado. Nele, discute-se o uso da cloroquina no combate à covid-19, com a presença do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), apontado como um dos cardeais do chamado “gabinete paralelo”. Nesta reunião, inclusive, o virologista Paolo Zanotto sugere a formação do grupo como se fosse um “shadow cabinet” (gabinete das sombras).

Na sessão de ontem da CPI da Covid, marcada por várias discussões acaloradas, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que integra a tropa de defesa do governo na comissão, questionou as convocações, incomodado: “Vocês não querem ver corrupção? Tudo bem”, disse. Foi rebatido pelo vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP): “Não, aqui na CPI tem também do Bolsonaro. Estamos encontrando, estamos encontrando. Tem umas histórias aí de cloroquina que vão vir aqui à tona. Calma!”

O senador Humberto Costa (PT-PE) defendeu mirar em páginas nas redes sociais de grupos que têm “um movimento negacionista que promoveu a desinformação”, como afirmou, à saída da sessão de ontem. “O que ganharam com isso? De quem saiu e para quem foi esse dinheiro empenhado?”, questionou.

No depoimento que prestou ontem à CPI, Elcio Franco, ex-secretario-executivo do Ministério da Saúde na gestão do general Eduardo Pazuello, negou saber da existência desse gabinete paraleo. “Eu não sei o que o gabinete, esse gabinete paralelo tratava. Isso não chegava ao ministério”. Elcio negou, ainda, que Pazuello tenha solicitado a “aquisição de cloroquina para o ano de 2020 para o combate à covid-19”.

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